domingo, 30 de agosto de 2009

Leitura -Opera maldita


Comecarei um novo Camileri: Opera Maldita







SINOPSE
O romance A ópera maldita, do italiano Andrea Camilleri, não é apenas mais um lançamento assinado pelo homem que criou o famoso comissário de polícia Salvo Montalbano e se tornou responsável por diversos best sellers em todo o mundo. O livro foi aclamado como a sua obra-prima e elevou o autor ao patamar dos grandes literatas de seu país. Através de um texto riquíssimo, Camilleri narra uma fábula política tingida por tons farsescos em que o representante do Estado decide apresentar a ópera Il birraio di Preston, de Luigi Ricci, na noite de inauguração do teatro de uma pequena cidade. Enxergando essa escolha como uma imposição, os habitantes se revoltam e dão origem a atos de vandalismo que acabam por transformar a história do povoado.
Camilleri ambienta a trama (assim como a maior parte de seus trabalhos) na cidade fictícia de Vigàta - que representa a terra natal do autor, Porto Empedocle. "Vigàta é uma cidade imaginária, de fronteiras variáveis e extensas que compreendem toda a Sicília", diz o escritor. "Tenho a ilusão de poder adivinhar os pensamentos de seus habitantes. Erro em 99% dos casos, mas com o 1% que resta crio personagens plausíveis. Se ambientasse meus romances em Milão ou Roma os personagens pareceriam falsos."
A característica mais marcante do romance está, entretanto, na linguagem. Com sua tradicional ironia, Camilleri brinca com os diferentes dialetos italianos (o romano, o milanês, o piamontês, o toscano) e chega a dar à luz uma espécie de língua particular. Com isso, cada personagem do livro pode ser reconhecido através de uma peculiar maneira de se expressar. A situação cultural, o nível social e as características psicológicas de cada um - dos mafiosos aos homens do governo, passando por artistas e operários -podem ser notados através dos diálogos.
Em A ópera maldita o modo de escrever de Camilleri, definido por ele mesmo como "anárquico", fica bem evidente. Os capítulos não são numerados e tampouco seguem qualquer tipo de ordem definida, o que torna possível que cada leitor estabeleça a sua própria seqüência e monte a história da maneira que bem entender. Outra curiosidade é que todos os 24 capítulos têm origem em surpreendentes referências literárias, onde o autor joga com frases de outros clássicos da literatura - como Moby Dick (Herman Melville), Os demônios (Dostoiévski) e Manifesto do partido comunista (Karl Marx).
Baseado em um inquérito parlamentar sobre a expulsão dos Bourbons da Sicília em 1860, A ópera maldita é uma ótima oportunidade para quem se acostumou com as tramas policiais de Andrea Camilleri conhecer uma outra faceta do autor - a do inventivo romancista histórico. São palavras suas: "Nos livros históricos consigo refletir melhor a atual realidade italiana do que nos policiais - que, apesar de contemporâneos, vivem na herança da minha memória". Como em uma verdadeira ópera, Camilleri se apropria de uma tragédia para transformá-la em uma estilizada e excêntrica comédia.

DADOS DO PRODUTO


TÍTULO: A OPERA MALDITA
ISBN: 8528608727
IDIOMA: Português.
ENCADERNAÇÃO: Brochura | Formato: 14 x 21 | 240 págs.
ANO EDIÇÃO: 2004
AUTOR: Andrea Camilleri
TRADUTOR: Maria Helena Kuhner | Giuseppe Angelo


Leituras- Como falar dos Livros que não lemos


Também conclui esta leitura.

Assisti a entrevista de Pierre Bayard no Futura em "UMAS PALAVRAS" onde ele comenta as criticas que recebeu da academia por posição tão clara e ousada como professor de literatura. Como falar em publico de livros que não lemos.
Seu livro é de uma sagacidade impressionante e faz nos ver as varias facetas de um livro lido ou não.
Como disse um escritor ( creio que o Tezza) , depois que escrevemos um livro ele é do mundo e não mais nos pertence . É esta a imagem que nos passa Pierre.
Mas o comentário sobre livros que não lemos é de Oscar Wilde que ele coloca na abertura do livro da bem a imagem do livro: Jamais leio o livro do qual tenha que escrever uma critica: nos deixamos influenciar muito facilmente

Leitura - No Caminho de Swan



Concluída a leitura da 1a parte do Tempo Redescoberto ficam muitas impressões boas .
Porém a mais significativa seria a do prazer que é ler Proust.
São tantos aprendizados numa simples leitura e uma delas é que acabamos ficando a espera de nossas memorias involutarias que nos trazem o prazer de tempos vividos que já estavam pagados em nossa lembrança . Aprendemos a gostar de uma simples chuva que molha nosso corpo , uma ventania uma pessoa sentada no metro como experiências inesqueciveis. .Proust além de filosofo era um esteta da vida cotidiana

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Leitura - Temporada de Caça



SINOPSE

Em 'Temporada de Caça', a descrição do ambiente provinciano, a sensação que aí provoca qualquer fato novo, as intrigas e maledicências que entretêm conversas e reuniões, a caracterização de figuras singulares completam-se com algo maior e mais profundo - a necessidade de compensar, com a fantasia, a estreiteza de limites da realidade e sua rotina - algo universalmente característico de todas as províncias -, mas que é também típico do temperamento italiano, que nesse jogo acaba por teatralizar a própria vida e dela fazer, ora uma comédia, ora um drama ou até uma tragédia", afirmam os tradutores Giuseppe D'Angelo e Maria Helena Kühner. Na trama entre cruzam-se situações absolutamente imprevisíveis, em cenas cômicas e inusitadas nas quais se misturam amores e ódios. 'Temporada de Caça' um divertido instantâneo da Itália provinciana, com uma narrativa de ritmo inquieto e vivo.

DADOS DO PRODUTO


TÍTULO: TEMPORADA DE CAÇA
TÍTULO ORIGINAL: STAGIONE DELLA CACCIA, LA
ISBN: 8528611620
IDIOMA: Português.
ENCADERNAÇÃO: Brochura | Formato: 13 x 21 | 160 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 1992
ANO EDIÇÃO: 2005
AUTOR: Andrea Camilleri
TRADUTOR: Maria Helena Kuhner | Giuseppe D'Angelo

Conclui mais este romance de Camilleri . Mais uma leitura com muito prazer deste italiano que escreve com raro espírito critico e cômico.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...