quinta-feira, 24 de abril de 2014

Leitura - Mil Tsurus

Este  romance de Kawabata nos parece um pouco com aqueles da época Vitoriana porem com acento japonês. Uma prosa muito suave que fala de uma forma de relacionamento pessoal que já se perdeu no tempo.
Nos transmite também como se perdem as tradições e costumes de um povo que vãi  se adaptando aos novos tempos , A nova geração por força de contestação rompe com o passado numa forma de se criar novos padroes de comportamento.


Resenha:

Publicado originalmente em capítulos por revistas japonesas, este romance foi escrito entre os anos 1949 e 1951, período de reconstrução de um Japão devastado pela Segunda Guerra. Nesse contexto em que a sociedade japonesa se reestruturava e também se defrontava com valores culturais vindos do Ocidente, Kawabata resgata valores tradicionais de seu país, fazendo da cerimônia do chá o pano de fundo para a história de 'Mil tsurus'. Kikuji Mitani é um jovem que, durante uma cerimônia do chá, reencontra duas antigas amantes de seu falecido pai, Chikako Kurimoto e a viúva Ota, e de repente se vê profundamente envolvido com elas. Enquanto Chikako tenta arranjar um casamento para Kikuji, este inicia um inesperado romance com a senhora Ota, que por sua vez tem uma filha chamada Fumiko, de quem Kikuji também irá se aproximar. Mas há ainda Yukiko, a delicada jovem pretendente a se casar com Kikuji, personagem que representa serenidade num ambiente repleto de ressentimentos e intrigas. Não é por acaso que a moça é descrita usando um lenço de seda ilustrado com tsurus, ave que simboliza nobreza e felicidade na tradição japonesa. Nessa história em que o passado, através da figura do pai do protagonista, desperta sentimentos em conflito, Kawabata demonstra seu profundo conhecimento da antiga cultura de seu país e enaltece a importância da arte oriental, representada nas cerâmicas seculares do ritual do chá. Ao mesmo tempo em que discorre sobre a permanência da arte no decorrer dos séculos, sobrevivendo a gerações, o autor nos mostra o lado efêmero da vida e das relações humanas.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Leitura _ Uma Questao Pessoal


Este eh o 2o livro que leio de Kenzaburo. Um tema similar ao 1o sobre seu filho excepcional. 
O 1o livro "jovens de um novo tempo Despertai" eh excelente e me levou a aprofundar a leitura de Willian Blake  cuja frase neste livro da bem a dimensão de para onde nos quer levar Kenzaburo: 

Sooner murder an infant in its cradle than nurse unacted desires.Where man is not, nature is barren.Truth can never be told so as to be understood, and not be believ'd.Enough! or Too much.

Este 2o livro  também nos provoca  questionamentos como os que assolam Byrd.

Resenha:

Em 1964, o romancista japonês Kenzaburo Oe recebia a notícia de que seu primeiro filho nascera com uma anomalia cerebral. É a mesma situação enfrentada pelo protagonista de Uma questão pessoal, o professor Bird. Aos 27 anos, ele leva uma vida mediana, bebendo pelos bares de Tóquio e sonhando com aventuras no distante continente africano.
A gravidez da mulher acrescenta angústia ao cotidiano de Bird. A idéia de que será pai e chefe de família faz com que se sinta condenado à vida cotidiana. Para piorar, depois do parto, os pais descobrem que uma anomalia cerebral fará o menino ter uma vida vegetativa. 
Bird não suporta a possibilidade de se ver atrelado para sempre a um filho anormal. Passa, então, a desejar a morte da criança. Aos poucos, porém, Bird se dá conta de que a crise era uma oportunidade para percorrer um caminho de conquista da realidade, enfrentando os desafios de amadurecimento da vida adulta.

sábado, 19 de abril de 2014

Leitura- Pulp Head

Muito recomendado este livro de Sullivan eh excelente. Cada estoria nos mostra muito da cultura americana pois explora de forma criativa e aberta uma parte da alma americana. Seus ensaios nos permitem entender um pouco mais este povo .
Além disto como Foster eh um dos melhores escritores americanos.





Pulphead é a primeira coletânea de ensaios de John Jeremiah Sullivan. Comparado a Tom Wolfe e David Foster Wallace, tem sido considerado um dos renovadores da prosa de não ficção americana.
Os temas de seu livro, como indica o subtítulo “O outro lado da América”, falam dos Estados Unidos: do furacão Katrina a Michael Jackson, de um escritor esquecido do Tennessee à experiência de quase-morte do irmão do autor, seus textos são pequenos espelhos do caleidoscópio que forma a identidade americana. 
A abordagem, contudo, é capaz de revelar sempre o lado menos explorado dos assuntos que trata. A atenção ao detalhe, a apuração rigorosa, o tino analítico, o olhar de ficcionista e a mistura com suas memórias pessoais fazem do gênero que ele pratica um formato único.
Sullivan não busca o bizarro dessas experiências: em vez de se julgar superior, iguala-se a elas. É capaz de confessar sua admiração pela banda Guns N’ Roses, pela MTV e até mesmo pelos reality shows
No primeiro ensaio do livro, por exemplo, passa alguns dias num festival cristão de rock, onde conhece um grupo de rapazes da Virgínia Ocidental que poderiam ser facilmente descritos como broncos e bizarros. Mas o autor não só evita a condescendência como admira os novos amigos.
Poucos ensaístas escrevem com ritmo perfeito. O formato privilegia clareza e precisão, atributos em que Sullivan parece não ter rivais em sua geração. Abra seu livro e verá catorze ensaios que descem redondo como a melhor ficção.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...