terça-feira, 26 de novembro de 2019

Leitura- Minha querida Konbini


Muito elogiado ele livro da Murata quando foi lançado . Todos nos estamos de uma forma ou de outra dentro de nossas konbinis. Esta sensação de inadaptação ao mundo vez ou outra nos envolve. Um livro cativante e merecedor dos elogios.

Resenha: 
Irasshaimasê! Observando as konbinis japonesas (abreviação do termo em inglês para loja de conveniência) Sayaka Murata identificou o cenário perfeito para seu romance. As onipresentes cadeias de minimercados são parte fundamental da vida urbana no Japão: refeições prontas, revistas, artigos de higiene pessoal, peças de roupa, serviços como entregas ou pagamentos de contas, tudo isso é oferecido, 24 horas por dia, 365 dias por ano.
A protagonista e narradora de Querida konbini é Keiko Furukura. Aos 36 anos, Keiko nunca se envolveu romanticamente e, desde os 18, trabalha numa konbini – todos insistem que ela arranje um trabalho sério ou, pior ainda, um marido. Keiko, no entanto, está satisfeita consigo mesma. Deslocada desde a infância, é na loja, com regras estritas para os funcionários e dinâmica precisa de funcionamento, que ela consegue pela primeira vez se sentir uma peça no mecanismo do mundo.
Para que as pessoas normais finalmente parem de se meter em sua vida, ela inicia um relacionamento de fachada com Shiraha, ex-colega de trabalho misógino e sociopata. Apesar de o pretendente e a situação estarem bem longe de oferecer a Keiko qualquer melhora em seu cotidiano, família e amigos respiram aliviados pelo fato de ela se aproximar um pouco mais da normalidade.
Pelo olhar único de sua protagonista, Murata cria um retrato realista e absurdo da vida contemporânea, satirizando nossas obsessões e abordando temas essenciais: normalidade e estranheza, relações de trabalho e de gênero, e a forma como as pessoas (em particular as mulheres) são pressionadas para atender às expectativas alheias. Questões complexas como a repulsa ao sexo e os hikikomori, pessoas que se isolam do convívio social, também estão presentes. Ao escancarar os pequenos rituais, fingimentos e meandros da busca por um lugar ao sol na sociedade, a autora nos coloca frente a frente com a pergunta: o que é, afinal, ser normal?

sábado, 23 de novembro de 2019

Leitura- Tristessa


Neste Livro Kerouac mergulha no mundo dos viciados e na mais completa degradação humana . Na viagem ainda encontra espaço para o amor e compaixão . Curioso o nome da viciada real: Esperança

Resenha:
Tristessa é uma junkie decaída, viciada em morfina, que vive na Cidade do México, e por ela se apaixona Jack, o protagonista deste romance, um poeta norte-americano. Publicado pela primeira vez em 1960 e baseado em fatos autobiográficos (em 1955 Kerouac apaixonou-se por uma prostituta índia chamada Esperanza), 'Tristessa' é um belo exemplo da prosa poética do autor. O narrador do livro é todo compaixão ao descrever a sórdida vida de Tristessa, sua inocência corrompida e a peregrinação dos dois e de seus amigos (entre eles Allen Ginsberg) pelo submundo da capital mexicana. Um romance triste, de linguagem pulsante, cheio de ensinamentos budistas e repleto de compaixão pelo sofrimento humano.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Leitura - A Máquina de Fazer Espanhóis


O 3o livro que leio de VHM . Seu lirismo e delicadeza movem sua literatura. Tema importante principalmente para nós o velhos. 

Resenha:A potência afetiva misturada ao grande trabalho de linguagem das obras do escritor português agora fazem parte do catálogo da Biblioteca Azul. Definido por José Saramago como um “tsunami linguístico”, o escritor Valter Hugo Mãe já levou o Prêmio Portugal Telecom, com a máquina de fazer espanhóis, e o Prêmio Literário José Saramago, por O remorso de Baltazar Serapião.

sábado, 16 de novembro de 2019

Leitura- O Corpo Encantado das Ruas


Sempre achei a história oficial falsa ou melhor meia -história .A outra a história dos excluídos esta sendo escrita aos poucos e tomando seu lugar na Historia do Brasil. Resgatando seus verdadeiros heróis : Cunhambebe ,Zumbi ,Tia Ciata , Zélio Fernandino e vários outros .  Simas faz parte da construção deste resgate que tem além de rico valor Cultural e que efetivamente eh o caldo em que se construiu a Nação Brasileira 

Resenha :

As ruas, como vistas por Luiz Antônio Simas, incorporam o movimento. São terreiro de encontros improváveis, território de Exu, que se manifesta na alteridade da fala e na afluência das encruzilhadas. Do Centro ao subúrbio, as tramas das ruas cariocas confundem-se com sua escrita.

Se João do Rio foi o cronista da alma encantada carioca do início do século XX, Luiz Antônio Simas aparece, cem anos depois, como o historiador do corpo do Rio de Janeiro atravessado pelas flechas do capital cultural e financeiro global. Por isso, contra a barbárie civilizatória, surgem suspiros e mariolas nas sacolinhas de São Cosme e Damião, a simpatia de São Brás para não engasgar, as conversas na feira, o cotidiano da quitanda e o boteco da esquina.

O corpo encantado das ruas reivindica a riqueza dos saberes, práticas, modos de vida, visões de mundo das culturas que não podem ser domados pelo padrão canônico. Dá um olé na historiografia oficial. Aqui, tambor e livro são tecnologias contíguas. O Parque Shanghai é tão importante quanto o Cristo Redentor. Bach é um gênio como Pixinguinha. O Museu Nacional, um território sagrado, que acumulava o axé proporcionado pelos ancestrais à comunidade.

Não é um livro sobre resistir. É sobre reexistir. Reinventar afetos, aprender a gramática dos tambores, sacudir a vida para que surjam frestas. Para que corpos amorosos, corpos de festa e de luta se lancem ao movimento e jamais deixem de ocupar a rua.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Leitura- A Vida de vernon Subutex

Despentes  me pareceu um Balzac do submundo de Paris  .Seus personagens emanam encantos e nos seduzem . A Vida de Subutex não podia nos ser mostrada por quem não viveu estas estorias .Muito bom livro
Resenha:
Uma lenda urbana que é também uma engrenagem da cidade, Vernon Subutex é um espelho de todos nós, e sua narrativa é uma crítica pungente à sociedade moderna. Retratando uma geração que se entregou à contracultura, Despentes consegue trabalhar como poucos a linguagem das ruas e da modernidade.
Vernon Subutex faz parte de uma espécie em vias de extinção: dono de uma loja de vinis, aproveitou tudo o que os anos anteriores tinham a oferecer — sexo, drogas e rock ‘n’ roll estão no seu sangue. Mas agora, nos inóspitos anos 2000, ele precisa enfrentar um novo mundo: sua loja já não vende mais o suficiente para que ele consiga sobreviver, a maioria dos seus amigos já morreu e Alex Bleach — músico de sucesso que sempre o ajudou em suas crises — acaba de ser vitimado por uma overdose.
Sem emprego, sem casa e sem amigos, Vernon passa a viver nas ruas de Paris. Ele já não consegue mais pagar um plano de internet, e por isso não sabe que, graças a um comentário deixado no Facebook, todos estão à sua procura.
Com a sorte prestes a mudar, Vernon se vê enredado numa trama de estrelas pornô, fãs enlouquecidos e magnatas da indústria fonográfica. Todos tentam sobreviver na selva da cidade grande, enquanto mantêm um pouco de seu coração intacto — nem que seja através de um pouco de loucura.

domingo, 3 de novembro de 2019

Leitura- O Balneario


O melhor livro do manuel Montalban que li. Neste livro se percebe claramente a influencia que ele teve sobre Leonardo Padura. Livro cômico , com estorias criativas sobre a motivação , ambientação e de  uma construção literária perfeita para cenário de crimes 

Resenha;
Os triglicérides são uma desgraça. Mais ainda se o mau colesterol e a glicose também resolvem fazer das suas. É o que conclui o detetive Pepe Carvalho ao se instalar por quinze dias num balneário, famoso no passado pelos banhos de lama e hoje pelas dietas minimalistas de folhas e gelatina. O veredicto do médico-chefe é implacável: Carvalho é uma bomba-relógio ambulante e precisa urgentemente purificar seu organismo. Logo ele, um gourmet de grande estilo, tem de se submeter às mesmices do regime vegetariano. Carvalho já sonha com o roteiro gastronômico que cumprirá ao sair, e que inclui, é claro, uma escala no El Bulli de Ferran Adrià.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...