domingo, 26 de janeiro de 2020

Leitura -Marron e Amarelo

1o livro que leio de Paulo Scott. Li pelos elogios e por  ser considerado um dos melhores de 2020 . Paulo eh um excelente escritor e constrói uma trama social sobre o racismo .A abordagem  busca mostrar todos os pontos da questão daqueles  que sofrem do mal na própria carne. Gostei muito do livro e li de uma só tacada

Resenha:
Um romance impactante, sem paralelos na literatura contemporânea, sobre dois irmãos marcados pela discriminação racial no Brasil.
Os irmãos Federico e Lourenço são muito diferentes. Federico, um ano mais velho, é grande, calado e carrega uma raiva latente. Lourenço é bonito, joga basquete e é “muito gente boa”. Federico é claro, “de cabelo lambido”. Lourenço é preto. Filhos de pai preto, célebre diretor-geral do instituto de perícia do Rio Grande do Sul, eles crescem sob a pressão da discriminação racial. Lourenço tenta enfrentá-la com naturalidade, e Federico se torna um incansável ativista das questões raciais.
Federico, o narrador desta história, foi moldado na violência dos subúrbios de Porto Alegre. Carrega uma dor que vem da incompletude nas relações amorosas e, sobretudo, dos enfrentamentos raciais em que não conseguiu se posicionar como achava que deveria.
Agora, com 49 anos, é chamado para uma comissão em Brasília, instituída pelo novo governo, para discutir o preenchimento das cotas raciais nas universidades. Em meio a debates tensos e burocracias absurdas, ele se recorda de eventos traumáticos da infância e da juventude. E as lembranças, agora, voltam para acossá-lo.
Marrom e amarelo é um livro que retrata diferentes aspectos de um Brasil distópico, conflagrado, da inércia do comando político à crônica tensão racial de toda a sociedade. É um romance preciso, que nos faz mergulhar nos abismos expostos do país."

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Leitura-Torto Arado


Um dos melhores livros da literatura nacional que li nos últimos anos. O livro tem uma falha que o tornaria quase perfeito:  o narrador não usa a linguagem que deveria ser daquelas pessoas simples do interior , mas sim usa uma linguagem mais rebuscada. Porém esta pequena falha não interfere na estoria de nosso povo mais simples :sempre explorado e escravizado ate os dias de hoje

Resenha:
Um texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social. Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas - a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Leitura- Memorias da Plantação

Este livro , considerando as novas formas de abordagem do racismo , eh um verdadeiro soco naqueles que não são negros. Mostra todos os tipos de discurso raciais e de gênero  e suas formas sutis que foram incorporadas na cultura e na linguagem .Leitura oportuna e importante. 


Resenha:
Memórias da Plantação é uma compilação de episódios cotidianos de racismo, escritos sob a forma de pequenas histórias psicanalíticas. Das políticas de espaço e exclusão às políticas do corpo e do cabelo, passando pelos insultos raciais, Grada Kilomba desmonta, de modo incisivo, a normalidade do racismo, expondo a violência e o trauma de se ser colocada/o como Outra/o. Publicado originalmente em inglês, em 2008, Memórias da Plantação tornou-se uma importante contribuição para o discurso acadêmico internacional. Obra interdisciplinar, que combina teoria pós-colonial, estudos da branquitude, psicanálise, estudos de gênero, feminismo negro e narrativa poética, esta é uma reflexão essencial e inovadora para as práticas descoloniais.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Leitura- Engenheiros do Caos

Excelente livro que explica como funciona o mundo das fakenews. Explorando Big Data, Estatísticas , Redes Sociais e Marketing estes engenheiros manipulam a Democracia a seu favor explorando as técnicas dos meios acima para direcionar as pessoas para suas ideias. Na verdade estão matando a Democracia , pois exploram as deficiências das pessoas que se usam das Redes Sociais para seu interesse particular como se vendessem produtos usando métodos sofisticados e direcionados para pessoas e grupos específicos singularizando as informações




Resenha:
“Uma mentira pode dar a volta ao mundo no mesmo tempo que a verdade leva para calçar seus sapatos.”
Mark Twain
Aos olhos dos seus eleitores, as *deficiências* dos líderes populistas se transformam em qualidades, sua inexperiência demonstra que não pertencem ao círculo da “velha política”, e sua incompetência é uma garantia da sua autenticidade. As tensões que causam em nível internacional são vistas como mostras de sua independência, e as fakeNews, marca inequívoca de sua propaganda, evidenciam sua liberdade de pensamento.
No mundo de Donald Trump, Boris Johnson, Matteo Salvini e Jair Bolsonaro, cada dia traz sua própria gafe, sua própria polêmica, seu próprio golpe brilhante. No entanto, por trás das manifestações desenfreadas do carnaval populista, está o trabalho árduo de ideólogos e, cada vez mais, de cientistas e especialistas do Big Data, sem os quais esses líderes nunca teriam chegado ao poder.
É o retrato desses engenheiros do caos que Giuliano da Empoli nos apresenta, através de uma investigação ampla e contundente que vai muito além do caso Cambridge Analytica e remonta ao início dos anos 2000, quando o movimento populista global, hoje em pleno curso, dava seus primeiros passos na Itália.
O resultado é uma galeria de personagens variados, quase todos desconhecidos do público em geral, mas que vêm mudando as regras do jogo político e a face das nossas sociedades.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Leitura- Idéias para adiar o fim do mundo

Um livro para repensar a vida. Aílton pergunta que  Terra  queremos entregar para nossos filhos netos e bisnetos. Chama a atenção para a Terra construída  pelos colonizadores  no século XV .Que terra eh esta hoje ? Uma terra onde o homem caminha para sua extinção .Um Mundo construído com bases completamente desprovidas de respeito pela Natureza e pela exploração do Homem pelo Homem
Um excelente livrinho

Resenha:

Uma parábola sobre os tempos atuais, por um de nossos maiores pensadores indígenas.
Aílton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”.
Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.
“Nosso tempo é especialista em produzir ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência da vida. Isso gera uma intolerância muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar vivo, de dançar e de cantar. E está cheio de pequenas constelações de gente espalhada pelo mundo que dança, canta e faz chover. [...] Minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história.”
Desde seu inesquecível discurso na Assembleia Constituinte, em 1987, quando pintou o rosto com a tinta preta do jenipapo para protestar contra o retrocesso na luta pelos direitos indígenas, Krenak se destaca como um dos mais originais e importantes pensadores brasileiros. Ouvi-lo é mais urgente do que nunca.
Ideias para adiar o fim do mundo é uma adaptação de duas conferências e uma entrevista realizadas em Portugal, entre 2017 e 2019.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Leitura- A Literatura Nazista na América


Com Bolano não tem erro. A meu ver o maior escritor da Literatura Latino Americana dos últimos 100 anos. Sua construção literária eh impecável construindo com maestria personagens e estorias maravilhosas. quem nos fazem viajar na sua escrita
Resenha:
Este livro é, nas palavras do autor, “uma antologia vagamente enciclopédica da literatura nazista produzida na América entre 1930 e 2010”. Com a publicação desta coletânea de escritores fictícios e infames, Roberto Bolano chamou pela primeira vez a atenção da crítica, que o saudou por sua “originalidade e imaginação brilhante”.
Organizada como uma antologia de escritores simpáticos ao horror, esta engenhosa obra compila perfis dedicados à vida e aos livros de autores de um cânone fictício e delirante. Ao antecipar todas as temáticas que viriam a ser recorrentes na obra do autor, A literatura nazista na América é um livro-chave e cada vez mais atual na sua reflexão sobre o mal e a violência. As vidas imaginárias perfiladas neste livro — que pode ser lido como um volume de contos, mas, principalmente, como um romance, como queria seu autor — irão se converter numa paródia sombria (e atual) da história real da literatura e da política do continente.
“Neste livro, Bolano radicaliza seu projeto de tirar a literatura do pedestal e mostrar como ela é também cúmplice da barbárie. O nazifascismo não morreu: sua ideologia persiste difusa em toda cultura.” — Antônio Xerxenesky
“O autor chileno escancara a debilidade e hipocrisia de nossas sociedades letradas quando se trata de sua relação com o poder.” — Edmundo Paz Soldán
“Na obra de Bolano, a literatura é uma compulsão indigna e não particularmente agradável, como fumar.” — N+1
“Sua maneira de construir textos ao mesmo tempo desconcertantes, brilhantes e infinitamente próximos é uma forma de resistir ao mal, à adversidade, à mediocridade.” — Le Monde

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Leitura- Sobre os ossos dos mortos


Excelente esta história policial de Olga Tokarczuk. Aborda a novela policial  de forma pouco convencional trazendo uma nova forma de abordagem. Quase como um romance convencional. 

Resenha: 
A aclamada autora mistura thriller e humor nesta reflexão sobre a condição humana e a natureza.
Vencedor do NOBEL DE LITERATURA.
Vencedor do MAN BOOKER INTERNATIONAL PRIZE 2018.
Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. “Uma das grandes vozes humanistas da Europa”, segundo o jornal The Guardian, Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...