sábado, 28 de agosto de 2021

Leitura- A palavra que resta

 


Muito bom este romance de Stênio . Vamos esperar os próximos esperando que não seja  o escritor de único romance como tantos outros.

Resenha: Neste primoroso romance de estreia, acompanhamos a trajetória de Raimundo, homem analfabeto que na juventude teve seu amor secreto brutalmente interrompido e que por cinquenta anos guardou consigo uma carta que nunca pôde ler.
Aos 71 anos, Raimundo decide aprender a ler e a escrever. Nascido e criado na roça, não foi à escola, pois cedo precisou ajudar o pai na lida diária. Mas há muito deixou a família e a vida no sertão para trás. Desse tempo, Raimundo guarda apenas a carta que recebeu de Cícero, há mais de cinquenta anos, quando o amor escondido entre os dois foi descoberto. Cícero partiu sem deixar pistas, a não ser aquela carta que Raimundo não sabe ler — ao menos até agora.
Com uma narrativa sensível e magnética, o escritor cearense Stênio Gardel nos leva pelo passado de Raimundo, permeado de conflitos familiares e da dor do ocultamento de sua sexualidade, mas também das novas relações que estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, ressignificando seu destino mais de uma vez.
“A magnitude deste romance está, primeiro, na invenção de um enredo poderoso sobre a dor da exclusão — a exclusão da miséria, do analfabetismo, da solidão, do preconceito. E se completa com a força da linguagem que molda a história, palavra a palavra, na tradição dos grandes narradores brasileiros.”

— Socorro Acioli, autora de A cabeça do santo

Leitura-= Nós , Uma antologia de literatura indígena


Recomendado por roteiristas do Grupo Globo esta Antologia é para crianças.  Eh bem feita , mas bem simples e superficial , apesar de trazer informações sobre os povos e os escritores ou contadores de cada estória. Em sua maioria são indígenas formados em universidades e com mestrado ou Doutorado. Não tem contos transmitidos por antigos pajés ou anciões o que traz claramente um viés na adaptação das estórias .Existem melhores antologias de contos indígenas.


Resenha: Nesta belíssima antologia ilustrada, o leitor vai conhecer dez histórias contadas ou recontadas por escritores de diferentes nações indígenas. A menina Yacy-May era tão especial que fez com que o sol se apaixonasse por ela, deixando a lua enciumada. O peixe-boi surgiu a partir da união de Guaporé, filho do grande chefe dos peixes, com Panãby’piã, filha do governante dos Maraguá, e sinalizou a paz entre os humanos e os peixes. A velha misteriosa Pelenosamo tem um dia a casa invadida por uma garota curiosa, que resolve investigar o que ela fazia com os galhos secos que sempre levava recolhia e não dividia com ninguém. Essas são algumas prévias das histórias reunidas nesta antologia, contadas ou recontadas por escritores das nações indígenas Mebengôkre Kayapó, Saterê-Mawé, Maraguá, Pirá-Tapuya Waíkhana, Balatiponé Umutina, Desana, Guarani Mbyá, Krenak e Kurâ Bakairi.Tratando dos mais diversos temas — dos mitos de origem às histórias de amor impossível —, as narrativas conduzem o leitor por situações e desenlaces muito próprios, sempre acompanhadas por um glossário e um texto informativo sobre o povo indígena de origem de cada autor. Esta é uma chance preciosa para todos aqueles que desejam entrar em contato com as raízes mais profundas de nossa cultura, ainda pouco valorizadas e respeitadas, por puro desconhecimento.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Leitura- Arrancados da Terra

 

Excelente este 1o livro que leio de Lira Neto. A diáspora dos Judeus portugueses de Lisboa a Amsterdam, Recife e New Island eh fantasticamente bem documentada e descrita .Excelente trabalho de pesquisa que conta sob outra ótica esta época de domínio Holandês no Brasil. De tabela realça a crueza da Inquisição , uma zona negra da estória do cristianismo. Altamente recomendado Resenha: 

A grande travessia dos pioneiros que formaram a primeira comunidade judaica das Américas, no Recife, e ajudaram a construir Nova York, contada por um dos maiores biógrafos da atualidade.
Em setembro de 1654, um grupo de 23 refugiados desembarcou em Nova Amsterdam, colônia holandesa na costa oriental da América do Norte. Eram homens e mulheres, adultos e crianças, possivelmente sobreviventes de uma odisseia iniciada meses antes nas praias de Pernambuco. Exaustos, esfarrapados e sem dinheiro, fugiam da Inquisição, reavivada nas capitanias do Nordeste depois da vitória luso-brasileira na guerra contra a ocupação holandesa.
Os primeiros judeus da ilha de Manhattan, assim como seus parentes e antepassados sefarditas ibéricos, enfrentaram uma sucessão dramática de dificuldades e privações até encontrar a terra prometida no Novo Mundo. Seguindo a trilha de religiosos e intelectuais ilustres, mas também de lavradores e mascates quase anônimos, Lira Neto conta sua incrível saga de fé, resistência e esplendor cultural, e faz assim também uma história narrativa e colorida da ocupação holandesa do Nordeste. Com prosa fluida e rigor histórico, o autor da trilogia Getúlio entrelaça as biografias desses judeus pioneiros à crônica de grandes acontecimentos que ajudaram a moldar o Brasil e a América.

“Uma narrativa fluente e erudita que resgata da ignorância de quase todos e do esquecimento de uns poucos a saga seiscentista do grupo de judeus de origem portuguesa que singrou de Amsterdam ao Recife e de lá à futura Nova York, abraçando os dois Atlânticos.” — Evaldo Cabral de Mello

domingo, 15 de agosto de 2021

Leitura - Maome

 





Mais uma leitura e um excelente livro de Karen Armstrong . Apesar de um pequenino viés religioso-como seria natural mas condescendente com as religiões -exceto talvez com a católica- Karen nos apresenta uma detalhada biografia de Maomé e da construção de sua religião. Uma construção político- religiosa de uma solução para integração dos povos árabes.

 Resenha : Dante Alighieri colocou Maomé no Inferno e Voltaire dizia que o Corão era "o pesadelo da razão". Esses autores encarnam dois momentos de uma longa história de incompreensão entre as maiores tradições culturais da humanidade. Ocidente e Oriente viveram inúmeros momentos de hostilidade recíproca - que não raro se agudizaram até o limite do confronto -, mas Jesus sempre foi considerado parte integrante da religião islâmica, na qualidade de profeta precursor da revelação final.
No século XX, a situação de desconhecimento do Ocidente em relação à religião muçulmana começou a mudar, com o surgimento de biografias como as de Montgomery Watt, Martin Lings e, especialmente, com o estudo de Maxime Rodinson, que destaca a liderança política e militar do Profeta.
Em Maomé - uma biografia do Profeta, Karen Armstrong procura ir além dos autores que a precederam. Ela lembra que, de um ponto de vista histórico, o Profeta do Islão é o mais conhecido dos fundadores das grandes fés e que o estudo da sua vida nos permite compreender melhor a natureza do fenômeno religioso. A experiência espiritual de Maomé, numa caverna do monte Hira, por exemplo, é comparada às visões e aos êxtases de santa Teresa de Ávila.
Armstrong demonstra também que um conhecimento aprofundado dos personagens envolvidos na eclosão da fé muçulmana é essencial para o estabelecimento de relações mais tolerantes e fraternas entre civilizações que, há séculos, vêm se defrontando num conflito interminável.
Esta minuciosa e erudita biografia aborda questões centrais para as decisivas - e às vezes acaloradas - discussões contemporâneas acerca do cenário geopolítico internacional, como a polêmica dos chamados "versículos satânicos" e as diferentes interpretações da jihad. Com esta obra, traduzida inclusive para o árabe, Karen Armstrong dá uma importante contribuição para o reconhecimento de formas mais harmoniosas de convívio entre civilizações - condição que se apresenta imperiosa para o futuro da humanidade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Leitura- 451 No 48

                                                  




Esta 451 afora os artigos não tem boas resenhas. A exceção fica por conta de : A mulher da Dunas de Kobo Abe , Sergio Sant`anna : O Conto não existe Danna Haraway , O Manifesto das Espécies companheiras

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Leitura - Inteligência Artificial

 

Razoável este livro .Não eh o que esperava .Excesso de propaganda estatal para variar . Difícil acreditar na Ditatura chinesa . Temos que dar desconto .A maioria eh discurso programado com base na técnica americana de gestão .Palavras e expressões motivadora .O termo " Gladiadores " chega a ser cômico. Só Chinês e americanos creêm nisto


Resenha: Kai-Fu Lee, um dos criadores da Inteligência Artificial como a conhecemos hoje, é ex-presidente da Google China e considerado um dos maiores especialistas em inovação tecnológica no mundo. Em Inteligência artificial, ele explica tanto para leitores leigos quanto para aqueles que já dominam o assunto, como o desenvolvimento sem precedentes da IA já está alterando as nossas vidas e expõe quais são as mudanças que podemos esperar nos próximos anos.

De forma emocionante, Kai-Fu Lee conta como o diagnóstico de um câncer em estágio avançado fez com que ele repensasse sua relação com o trabalho, seu legado e os próprios rumos da inteligência artificial.

Apesar de muitos especialistas afirmarem que a IA irá acabar com muitas das profissões que existem hoje, o autor argumenta que, assim como outras grandes revoluções ocorridas na história da humanidade, a IA apenas mudará a forma como trabalhamos, fazendo com que as pessoas tenham cada vez mais tempo para se dedicarem ao lazer e a atividades ligadas às artes e ao entretenimento.


Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...