segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Leitura- Habibi - Craig Thompson

Depois de Retalhos li esta excelente graphic novel. 



Resenha: Uma história de amor pode tomar muitas formas. Em Retalhos, premiada graphic novel que colocou Craig Thompson entre os grandes nomes do quadrinho mundial, foi a história de um jovem que se viu preso entre valores religiosos e a força da primeira paixão. Em Habibi, é a saga de dois escravos fugitivos, unidos e separados pelo destino, vivendo no limite que separa a tradição da descoberta.

Dodola, uma garota perspicaz e independente, foge de seus captores levando consigo um bebê. Eles crescem juntos no deserto, sozinhos em um navio naufragado na areia. Em meio a sentimentos cada vez mais conflitantes, os dois passam o tempo contando histórias. Assim, somos apresentados também à origem do islamismo e de suas tradições, conforme as narrativas se combinam numa trama de aventura, romance, filosofia e tragédia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Leitura- Em Louvor da Sombra - Junichiro Tanizaki

 



O povo japonês tem uma rica cultura : Tudo na vida se reverte em arte e estética: tomar chá , fazer um arranjo de flores , arrumar uma jardim, ir ao banheiro , embelezar a casa e por ai. Ademais todas as profissões seguem regras rígidas de conduta. Neste ensaio brilhante Tanizaki evoca a beleza de sua cultura versus a ocidental ressaltando as diferenças e aspectos que devem ser preservados para não ser totalmente dominado pela cultura ocidental.  


Resenha : Neste breve ensaio sobre estética escrito em 1933, Junichiro Tanizaki analisa a arquitetura, o teatro, a comida, o vestuário, o papel e até o tom de pele para refletir sobre um elemento central da cultura japonesa: o contraste entre a penumbra e a claridade.
Se os ocidentais têm por hábito polir a prata para que ela tenha um aspecto sempre brilhante e renovado, a tradição nipônica valoriza justamente o contrário. A gordura das mãos e a ferrugem acumuladas sobre os objetos mostram a passagem do tempo e representam, portanto, as histórias ali contidas.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Leitura- Pássaros na Boca - Samanta Schweblin

 




Resenha : É famosa a afirmação de Júlio Cortázar de que no “embate que se trava entre um texto apaixonante e o leitor, o romance ganha sempre por pontos, enquanto o conto deve vencer por nocaute”. Herdeira direta de uma distinta linhagem de nocauteadores, da qual fazem parte Adolfo Bioy Casares e o próprio Cortázar, Samanta Schweblin, que já afirmou se identificar como autora de contos, mais do que de romances, está à frente de uma geração de escritores que renovam os votos de afinidade entre a forma breve e a ficção latino-americana. A autora recupera também a tradição do conto fantástico novecentista europeu, que encontra na Argentina solo fértil para o florescimento de um novo insólito, calcado nas particularidades do país. Esta reunião de dois volumes de contos da autora, o cultuado Pássaros na boca (2009), em tradução revisada de Joca Reiners Terron, e Sete casas vazias (2015), inédito no Brasil, apresenta uma miríade de personagens incomuns, narrativas fantásticas, elementos sobrenaturais, sanguinolentos e grotescos que fizeram de Schweblin um destaque internacional da literatura contemporânea. Pássaros na boca é título homônimo de um conto em que uma menina passa a se alimentar de pássaros vivos, para desespero de seus pais. Se isso não parece verossímil, tampouco o são os demais personagens: uma esposa assassinada em uma mala torna-se obra de arte, um herdeiro milionário age como criança na loja de brinquedos, um rapaz passa por uma prova inusitada a fim de se tornar um assassino de aluguel, entre outros. Sete casas vazias, por sua vez, explora o espaço doméstico como palco de um terror que, por ser cotidiano, não é menos inquietante. Aqui, o metrô, o trânsito, os mercadinhos de bairro e apartamentos pequenos são cenários de divórcios, suicídios, doenças e dos não ditos que preenchem cômodos e ilustram com nitidez o estranho familiar [Unheimlich] descrito por Freud. Medos se combinam à intimidade das famílias e ao caos que pode reinar entre um cigarro e uma xícara de café, ou numa simples ida à farmácia. Em ambos os livros, Schweblin oferece uma exímia contística e flerta com o lado sombrio e com o horror ao mesmo tempo em que reconhece a graciosidade e a inocência dos deslocados, mostrando que seu lado melancólico pode ocasionar tanto o riso quanto a reflexão.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Leitura- Os perigos do Imperador- Ruy Castro

 

Novo livro de Ruy Castro e como os demais não tem erro. Pesquisa , ficção e prosa ligeira garantem um excelente livro

Resenha: Combinando o melhor da ficção com a reconstituição histórica, Ruy Castro cria uma trama de tirar o fôlego que faz do imperador d. Pedro II o alvo de uma conspiração antimonarquista.Em 1876, d. Pedro II embarcou num vapor rumo aos Estados Unidos para as comemorações do Centenário da Independência americana e passou três meses conhecendo o país. Em Os perigos do imperador, Ruy Castro parte desse episódio verídico e constrói um romance eletrizante, que imagina um atentado fatal contra o monarca orquestrado por republicanos brasileiros.Fazem parte dessa trama o poeta Sousândrade, que à época vivia em Nova York; James O’Kelly, repórter do New York Herald; Deoclecio de Freitas, dono de um virulento periódico antimonarquista; e Leopoldo Ferrão, a peça-chave para a execução do plano. Além, é claro, do grande elenco da corte imperial.Presente no livro está toda a versatilidade de Ruy Castro como escritor. Com a experiência de biógrafo, reconstitui habilmente a atmosfera do Brasil e dos Estados Unidos do século XIX; como romancista, tece uma narrativa intrigante que intercala a voz do narrador com diários, cartas, reportagens e editoriais, fazendo o leitor se questionar sobre o que de fato aconteceu.


sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Leitura- 451 No# 60

 






quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Leitura-Crônica dos Leais Guerreiros Satsuma -Vol 1

 




Resenha :
A maior e mais consagrada obra do grande mestre dos mangás de samurai, Hiroshi Hirata, chega ao Brasil numa coleção de três volumes. Se você já gostou de O Preço da Desonra: Kubidai Hikiukenin, saiba que foi em Satsuma Gishiden que Hirata encontrou seu auge como artista, entregando uma trama épica, com arte arrebatadora. A época dos samurais é repleta de histórias de grandes proezas em batalha e sistemas profundamente arraigados na honra e disciplina, mas, por trás desse rígido código de conduta havia uma sociedade se despedaçando. Com o longo período de paz trazido pelo resultado da Batalha de Sekigahara, em 1600, conflitos nos sistemas de classes e a necessidade de uma nação unida acabaram com os velhos modos de combater dos samurais, que perderam seu propósito de vida de uma hora para outra. Agora, eles diariamente se digladiam com o severo código de honra que norteia suas vidas, enquanto tentam se adequar aos novos tempos. E nenhuma província tinha mais samurais treinados para a guerra do que Satsuma, o que faz dela a região mais temida pelo Xogunato. Lá, o clima de apreensão ganha ares de rebelião quando uma ordem expressa do governo demanda a realização de uma obra quase impossível de ser executada, o que só pode significar que as autoridades buscam a derrocada do clã. O acirramento dos ânimos desses homens levará a desdobramentos que poderão tanto glorificá-los pela eternidade como decretar sua desgraça de uma vez por todas. Satsuma Gishiden é um clássico gekigá (mangá de temática realista) sobre o começo do fim da era dos samurais. Publicado originalmente no Japão de 1979 a 1982, ele agora é apresentado aos leitores brasileiros em uma coleção fechada de três volumes, com sobrecapa com verniz localizado de alto relevo, papel de alta gramatura, miolo colado e costurado para o melhor manuseio na leitura, e um marcador de páginas diferente em cada edição.

Leitura- Os Amnésicos- Geraldine Schwarz



Excelente livro que aborda a questão daqueles que simplesmente passam quanto nos deparamos com situações importantes na vida .Enfoca a questão da adesão e não tomada de posição a favor dos judeus antes de durante a 2a guerra e como os europeus se posicionaram quanto aos julgamentos de nazistas e adesistas.




 Resenha :Agora que as testemunhas já morreram, tanto as vítimas como os algozes, resta a lembrança de suas palavras e de seu rosto, os monumentos e os livros. Eu quis tecer os fios da grande história com os da pequena, até que emergisse um quadro do mundo de outrora, com suas porções de sombra e de luz, com suas vidas destruídas pela megalomania dos homens, com a vida de Lydia e Karl Schwarz, que tiveram a infelicidade de nascer no limiar de um século maldito.» Na descoberta das conciliações de seu avô alemão com o regime nazista, Géraldine Schwarz revela a responsabilidade dos Mitläufer em uma ditadura: aqueles, tão numerosos, que «se deixam levar pela corrente». Acompanhando três gerações de sua família, ela reconstitui o trabalho de memória empreendido na Alemanha e que é a força de sua democracia. Ao compará-lo com as lacunas memoriais na França e em outras partes da Europa, ela suscita uma questão crucial: fazer dos cidadãos vítimas da História em vez de responsabilizá-los não teria aberto caminho para o populismo e fragilizado as nossas democracias?

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Leitura - A Luta Inglória do Padre Antônio Vieira - Anita Novinsky

 


Pretendia comprar uma biografia do Padre Antônio Vieira , Não um libelo forçado quase transformando o Padre num judeu. Ignorando todas as questões politicas e econômicas da época constrói uma tese pouco consistente não entendendo o papel diplomático de Vieira para Portugal. 

Junto com esta tese defende Raposo Tavaves como um grande brasileiro , se esquecendo também das questões econômicas e politicas da éoca ignorando sua natureza cruel e seus motivos pessoais .Fato que na ajudou o Brasil a crescer suas fronteiras porém foi responsável por genocídio de índios e de uma crueldade atroz. Que hoje entendemos como uma natureza de grande parte do povo brasileiro

Resenha :
Não há diferença alguma entre a dinamitação dos Budas de Bamiyan pelos Talibãs, da destruição do museu de Mosul e de Palmira pelo Estado Islâmico, e a onda de vandalismo e terrorismo cultural que parece ter agora chegado a Portugal pela mão covarde de uma certa extrema-esquerda que não dá a cara”, disse o político português Francisco Rodrigues dos Santos diante da vandalização de monumentos históricos como a estátua do padre Antônio Vieira, em Lisboa. E em nome de que? Da descolonização. O leva a perguntar: o quão merecedor deste tratamento o padre Vieira foi? Qual foi o seu papel histórico? Quem era ele? Fugindo do anacronismo evidente nessas ações, para nos ajudar a entender esta personagem histórica, uma das maiores historiadoras brasileiras Anita Novinsky traz uma nova interpretação sobre a mentalidade de um dos mais influentes políticos do seu tempo: o jesuíta padre Antônio Vieira. Não conhecemos a origem do padre Vieira. Há notícias de que era descendente de negros e talvez por isso que as questões de miscigenação o interessavam tanto. Há apenas suspeitas de que era cristão novo. Não temos elementos de prova, mas o judaísmo e a questão judaica foram centro de suas preocupações, inspirando os seus escritos. No seu novo e último livro, A Luta Inglória do Padre Antônio Vieira, Anita pretende desvendar esse jesuíta que lutou contra a sua inclinação pelo judaísmo e com ideias que levaram o próprio Vieira a ver o mundo de maneira bem diferente dos velhos cristãos.




terça-feira, 2 de agosto de 2022

Leitura- Angola Janga - Marcelo D'salete

 


Excelente Quadrinho. Ótimo estudo sobre Quilombos em particular a reconstrução da Saga de Criação de Palmares e seus Mocambos no entorno. O estudo final com Mapas m dicionário e um resumo da evolução histórica eh muito bem feito .Deveria ser usado nas escolas por é parte da reescrita de nossa História do Brasil e de seus verdadeiros heróis 

Resenha :Angola Janga, “pequena Angola” ou, como dizem os livros de história, Palmares. Por mais de cem anos, foi como um reino africano dentro da América do Sul. E, apesar do nome, não tão pequeno: Macaco, a capital de Angola Janga, tinha uma população equivalente a das maiores cidades brasileiras da época. Formada no fim do século XVI, em Pernambuco, a partir dos mocambos criados por fugitivos da escravidão, Angola Janga cresceu, organizou-se e resistiu aos ataques dos militares holandeses e das forças coloniais portuguesas. Tornou-se o grande alvo do ódio dos colonizadores e um símbolo de liberdade para os escravizados. Seu maior líder, Zumbi, virou lenda e inspirou a criação do Dia da Consciência Negra. Durante onze anos, Marcelo D’Salete, autor de Encruzilhada e do sucesso internacional Cumbe, pesquisou e preparou-se para contar a história dessa rebelião que tornou-se nação, referência maior da luta contra a opressão e o racismo no Brasil. O resultado é um épico no qual o destino do país é decidido em batalhas sangrentas, mas que demonstra a delicada flexibilidade da resistência às derrotas. Um grandioso romance histórico em quadrinhos que fala de Zumbi, e de vários outros personagens complexos como Ganga Zumba, Domingos Jorge Velho, Ganga Zona e diversos homens e mulheres que compõe o retrato de um momento definidor do Brasil.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...