quinta-feira, 27 de março de 2025

Leitura- Vozes de Batalha - Marina Colasanti





Me pareceu excessivamente pueril. Escrito como se fosse uma sobrinha adolescente de família extremanente rica e sofisticada escrevendo um livro sobre Titia. Deslumbrada com o trafego nos ambientes da alta burguesia. Pesquisa profissional sobre familiar mas pouco criativa e parecendo mais trabalho encomendado de empresa . Trabalho mais jornalístico que literário. Rui Castro mostra como fazer este tipo de trabalho.


Resenha:  Em Vozes de batalha, Marina Colasanti traz um delicioso retrato da sociedade carioca das décadas de 1920-40, tendo como ponto focal a intimidade do casal Henrique Lage e Gabriella Besanzoni. Ele, brasileiro e um dos maiores magnatas de nossa história, grande empreendedor e responsável por avanços significativos na infraestrutura do país em seu tempo. Ela, italiana e cantora lírica, contralto de enorme sucesso na Europa e na América Latina. Juntos, moldaram o círculo social e cultural da então capital do Brasil, vivendo naquele que hoje é um dos cartões postais mais emblemáticos do Rio de Janeiro: o Parque Lage, à época Quinta Gabriella, palacete construído por Henrique para sua amada. Marina, sobrinha-neta de Gabriella, mudou-se para o Brasil – e para o palacete – em 1948. Considera este livro “o cumprimento de uma promessa nunca feita”, seu “testemunho de gratidão” a essa impressionante mulher que foi Gabriella Besanzoni.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Leitura- O Colibri -Sandro Veronesi

 





LIVRO VENCEDOR DO PRÊMIO STREGA 2020
Apenas dois autores ganharam duas vezes o Prêmio Strega, Sandro Veronesi é um deles.

Ambientado em Florença e em outras pequenas cidades italianas, O colibri é a história de quatro gerações da família Carrera. O ponto de vista é o de Marco, filho médico do casal Letizia e Probo, irmão de Irene e Giacomo, pai de Adele e avô de Miraijin.

Marco Carrera é o colibri, um homem com uma habilidade quase sobrenatural de pairar, permanecer firme, sem perder o ânimo em meio ao caos de um mundo em constante transformação, de uma vida com alegrias, mas também coincidências fatais, perdas atrozes e amores absolutos.

Sandro Veronesi constrói, de modo não linear, a saga familiar dos Carrera. A história, contada por meio de diversos gêneros - cartas, documentos, e-mails, chamadas telefônicas, conversas de WhatsApp -, transita por memórias que vão dos anos 1970 aos dias atuais, aventurando-se até a audaciosa projeção de uma década.

Permeado por traições, incomunicabilidades, questões geracionais e de saúde mental, resiliência, superações, doenças, morte e amor, este é um romance emocionante sobre a necessidade de olhar para o futuro com esperança; um retrato da existência humana, das vicissitudes e dos caprichos que nos impulsionam e, em última instância, nos definem.

“O colibri é um romance magistral, um mosaico de amor e tragédia, brilhantemente concebido. [...] É um gabinete de curiosidades e delícias, repleto de pequenas maravilhas, estranhas e repentinas reviravoltas, insights equilibrados e pontos de referência cultural incomuns.”
Ian McEwan

“Amo O colibri. Uma verdadeira obra-prima. Um livro engraçado, comovente e profundo que me fez chorar como uma criança na última página.”
Leïla Slimani

“O colibri é um feito memorável, um verdadeiro presente para o mundo.”
Michael Cunningham

“Há algum tempo sei que Sandro Veronesi é um dos mais habilidosos e profundos contadores de histórias italianos dos últimos trinta anos. Mas O colibri é a prova decisiva de sua sensibilidade, de sua extraordinária força como escritor.”
Domenico Starnone

quarta-feira, 19 de março de 2025

Leitura- 451 N# 91

 


Indice: 

Mulheres que correm o mundo • Bernardine Evaristo fala sobre sua “fusion fiction” e seu interesse pela diáspora africana em entrevista a Adriana Ferreira Silva; Tamara Klink compartilha trechos inéditos do seu diário de bordo da invernagem no Ártico; Miranda July percorre a estrada da perimenopausa, por Branca Vianna; e Sónia Serrano reúne biografias de viajantes ao longo da história, por Paula Carvalho.

Jutta Bauer • Thomas Bernhard • Angélica Freitas • Lilia Guerra • Lira Neto • Martha Nowill • Hiroko Oyamada • Sophia Rosenfeld • Gonçalo M. Tavares • Sol Undurraga

Mais: uma coluna de Paulo Roberto Pires, que percorreu 9 mil km para visitar o castelo onde Michel de Montaigne inventou o ensaio; os relatos de quem habitou o complexo psiquiátrico do Juquery; e uma crônica de Stênio Gardel sobre a livraria da sua infância em Limoeiro que não existe mais.

Colagem da capa: Isadora Bertholdo

quarta-feira, 12 de março de 2025

Leitura- A outra Guerra de Troia -Dictys e Dares





Uma outra visão da mesma guerra por quem acompanhou de perto os eventos .  

Resenha :Os relatos de Dictys e Dares sobre a Guerra de Troia, da qual falamos há 3 milênios, trazem novos elementos que não se encontram em Homero. A Ilíada de Homero termina com o funeral de Heitor, mas este livro vai além. Dois relatos militares, sem a presença dos deuses, da guerra mundial que marcou o real nascimento da identidade grega. Dictys, que lutou do lado dos gregos, relata a luta pelo controle do exército por Palamedes (que sequer é mencionado em Homero) e por Aquiles contra Agamemnon. Além disso, esclarece por que Odisseu levou 10 anos para voltar para a ilha de Ítaca. Dares, que lutou para defender Troia, descreve a primeira destruição de Troia por Jasão e Hércules, o rapto de Helena, as articulações diplomáticas entre troianos e gregos, bem como a razão pela qual Agamemnon expulsa Eneias de Troia.

domingo, 9 de março de 2025

Leitura- Congresso de Literatura -Cesar Aira

 




Resenha :César é um tradutor que vive no aperto devido à crise econômica global. Ele também é escritor e um cientista maluco empenhado em dominar o mundo. Ao passear pela praia, este protagonista resolve intuitivamente o antigo enigma do Fio de Macuto, encontrando um tesouro pirata e se tornando um homem muito rico. Mesmo assim, sua tentativa de dominar o mundo vem em primeiro lugar e, por isso, ele segue para um congresso de literatura em Mérida, na Venezuela. Lá, ele pretende se aproximar do homem que, ao ser clonado milhares de vezes, formará o seu exército da vitória: o escritor mexicano de renome mundial, Carlos Fuentes. Uma fantasia cômica de ficção científica de primeira ordem, esta novelinha é o veículo perfeito para César Aira assumir o controle da literatura no século 21.

A edição conta ainda com um posfácio inédito da escritora e pesquisadora Ieda Magri.


sábado, 8 de março de 2025

Leitura- De Onde eles vem - Jeferson Tenório

 

Jeferson eh um dos grandes escritores contemporâneos do Brasil. Escrita fluente apesar de altamente critica e profunda. Clarifica exatamente o título no romance. 


Resenha : Após episódios de censura e duzentas mil cópias vendidas de O avesso da pele, o novo romance do autor vencedor do prêmio Jabuti. Com a lei de cotas raciais como tema, uma história sobre preconceito e luta, exclusão e sonho.

De onde eles vêm tem como pano de fundo o ingresso dos primeiros cotistas na universidade brasileira. Na história, que se passa em Porto Alegre, por volta dos anos 2000, acompanhamos o despertar racial do narrador, Joaquim, em meio a um ambiente hostil.
Órfão, tendo que cuidar da avó doente, desempregado e sem dinheiro, Joaquim busca a todo custo manter seu amor pelos livros e pela literatura. Romance de formação de um leitor, este é o retrato de uma jornada feita de obstáculos num momento em que políticas para amenizar desigualdades eram vistas como problema, não como possibilidade de solução.

“Uma obra fundamental para entender o Brasil contemporâneo e, principalmente, para a compreensão do que é ser negro neste desenho de país em que as questões étnico-raciais eclodem como marcadores nas relações interpessoais e com o Estado. A Lei de Cotas, tão atacada por um debate público por vezes raso e permeado por todos os ranços de uma nação fundada em bases excludentes, ganha corpo e rosto na trama. Quem sabe a ficção, mais uma vez, venha em socorro do exercício de empatia tão difícil entre nós.” — Eliana Alves Cruz

“Numa prosa enxuta e despojada, ao jeito de uma confidência, Jeferson Tenório entrecruza vidas de gente marcada pela pobreza, pelo preconceito e pela exclusão. Os personagens que entretecem esta narrativa são tão reais que parecem escapar de todo e qualquer exercício ficcional. Mas é exatamente essa a arte invulgar do autor: nas frestas do muro ele encontra o fulgor de uma luz. É nessa fugaz e improvável revelação que estas pessoas tão cotidianas descobrem a resposta à pergunta do título deste livro: de onde eles vêm? Onde nascem esses extraordinários momentos em que se revela a humanidade e a vida que nos habitam?” — Mia Couto

Leitura- Vozes de Batalha - Marina Colasanti

Me pareceu excessivamente pueril. Escrito como se fosse uma sobrinha adolescente de família extremanente rica e sofisticada escrevendo um li...