quinta-feira, 8 de outubro de 2009

leitura -Granta 2 Longe daqui

Conclui a leitura de Granta 2 Longe daqui.

Esta revista de literatura nos ajuda a conhecer escritores de prestigio -magníficos para que possamos aprofundarmos na leitura de romances daqueles que mais nos tocaram.

Rec
omendo Mutareli, Ignacio de Loyola, Edmund White , Paul Theroux e James Fenton que dão um grande prazer com suas histórias e escrita.





Resenha:
O fascínio exercido pelo outro lugar, não o nosso neste instante, se expressa nos textos de Granta em português – Longe daqui em duas poderosas vertentes: memória e imaginação. Algumas das viagens descritas nesta edição da revista foram rigorosamente inventadas, até onde afirmam os autores – e neles podemos acreditar, talhados que são pelo dom de iludir. Outras narrativas transitam ambíguas, entre o fato e a ficção, o autor se transformando em personagem de um relato verídico mas suspeito. Por fim, também ligados pelo desejo de conhecer – outro país, outra cultura, o avesso do avesso – estão os relatos em que o escritor se compromete a descrever o que viu, onde e como, mas sem abrir mão do calor narrativo. Os textos que abrem e encerram este volume são exemplares no género que se convencionou chamar de jornalismo literário.

Clássico do jornalismo de guerra, para o qual a Granta inglesa dedicou um número especial, “A queda de Saigon”, de James Fenton, é um relato eletrizante dos últimos dias da cidade antes da chegada dos norte-vietnamitas. Inacreditavelmente inédito no Brasil, esse documento precioso foi escrito em 1975, enquanto o jornalista inglês acompanhava, mais de perto impossível, a deterioração da cidade vietnamita no final da guerra. Fenton, admirador dos norte-vietnamitas, viajou determinado a conhecer uma vitória comunista e ao seu projeto se entregou, saindo às ruas e literalmente subindo nos tanques que tomaram o poder local. O medo da morte, ele confessa, pulsava em cada instante – mas o jovem repórter tinha fome de conhecimento, coragem e persistência admiráveis, além de um tremendo talento para narrar a história fervilhando, de dentro do caldeirão.

O presente – e o que não pudemos fazer com ele, embora tenhamos ardorosamente tentado – é a memória que move Carlos Diegues a nos contar uma inesquecível viagem a Sintra – quando seguiu com o propósito de trazer o amigo Glauber Rocha de volta ao Brasil. Com os escritores João Ubaldo e Jorge Amado, que também participaram do complô para convencer Glauber a se tratar num hospital brasileiro, Carlos revive o sonho que durou mais do que os dias em que estiveram juntos – os últimos em que ainda desfrutaria do amigo vivo e consciente.

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