domingo, 22 de novembro de 2009

Leitura - Aventuras provisorias

Este livro do Tezza considerado seu melhor trabalho mergulha na insegurança de um personagem e nos sonhos ideais de outro .

Um Livro que li em um dia ,de prosa simples e vigorosa.È meu segundo livro do Cristovao Tezza ( o outro o Filho Eterno cuja resenha se encontra neste blog) .





Resenha:

inesperado reencontro com um amigo de infância, saído dos porões da tortura do regime militar, induz um jovem 'semi-executivo' a percorrer um difícil e tortuoso caminho em busca da auto-realização.
Cristovão Tezza (1952, Lages, Santa Catarina) é escritor, professor da Universidade Federal do Paraná e colaborador da Folha de S.Paulo e da revista Veja. Em 2007 publicou O filho eterno, romance baseado na relação com um de seus filhos, que tem síndrome de Down. O livro recebeu os prêmios Portugal Telecom, Bravo! e Jabuti de 2008, foi publicado na Itália e será traduzido para inglês, francês e espanhol. Há mais de trinta anos em Curitiba, o escritor elegeu a cidade como pano de fundo de seus romances, caso de Trapo (1988), seu livro de estreia, e de O fotógrafo (2004). Este livro, que conta as histórias interligadas de cinco personagens durante um único dia, venceu o Bravo! e o prêmio da Academia Brasileira de Letras.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Leituras - Monte Verita

Li esta recomendação de leitura no Caderno Fanzine do oglobo.Apesar de ser caderno de adolescentes eu Leio regularmente.

É um Livro idealista e um tanto pueril típico para adolescentes.Esperava algo mais.Não recomendo.






Resenha:

Garçom do hotel suíço Monte Verità e poliglota – para espanto dos hóspedes –, um negro moçambicano, fugitivo de guerra, cria, em seu quarto, sua história, vingança e redenção – e também a do mundo, se assim o compreenderem e apreenderem suas “intervenções”. Anunciadas uma a cada domingo, em todas as mídias possíveis, com drásticas imposições para a humanidade, seis mensagens bombásticas são um convite para o homem olhar o nosso planeta, repensar seu papel nele e sua relação com ele. Este é o mote de Monte Verità, segundo livro da Trilogia da Utopia, assinada pelo escritor, professor, crítico e ensaísta Gustavo Bernardo. Atualizando os imperativos do filósofo Immanuel Kant para a realidade de hoje, o autor instiga o jovem leitor à reflexão com uma trama tão fluida quanto contundente, criticando o racismo, o etnocentrismo, o especismo, a violência e a depredação ambiental.

Leituras - O natimorto

Lourenço Morarelli tem uma literatura desconcertante.Seus personagens são seres estranhos , angustiados e numa eterna briga interna.

Dialogos curtos e uma total estranheza nas siutuações marcam suas estorias .





Resenha:

Em O Natimorto, publicado originalmente em 2004, a narrativa em primeira pessoa, entremeada por diálogos que lembram uma peça de teatro, atira o leitor no abismo da consciência de um homem em crise, que interpreta as fotografias antifumo dos maços de cigarros como se fossem cartas de tarô.

Um casamento infeliz, a impotência sexual e a obsessão por pureza levam oprotagonista a buscar uma mudança de vida radical. A oportunidade surge quando ele encontra uma cantora cuja voz é tão pura que ninguém escuta e inicia com
ela um relacionamento feito de carinho e incerteza, sedução e dependência. Ele está disposto a se trancar para sempre num quarto de hotel com a mulher que ele mal conhece; mas ela ainda aspira a seguir uma carreira no mundo impuro ao qual ele decidiu renunciar.

O livro O Natimorto acaba de ser adaptado para o cinema por Paulo Machline e deve estrear em breve, com Mutarelli e Simone Spoladore no papel do casal protagonista.

Leituras - Cenas da Vida na Aldeia

Amós Oz é uma excelente surpresa. Ao retratar uma aldeia em Israel nos faz viajar pelas vidas de seus moradores com uma prosa suave .Coloca sempre um insólito no ar como que a mostrar o sopro de Deus ou aquele pingo de poeira que muda ou nos apega ao cotidiano.












Resenha:

Em uma aldeia centenária — o que em Israel significa quase pré-histórica —, entre o fim do verão e o início do inverno, histórias diferentes se desenrolam paralelas, enquanto seus protagonistas se cruzam transversalmente como figurantes em histórias alheias.

No cenário, recorrentes ciprestes esguios e escuros, a beleza campestre de uma Toscana israelense, o tórrido calor
das tardes de verão, as primeiras chuvas e tempestades do inverno, chacais e cães em duelo orfeônico nas noites, as mesmas ruas, as mesmas praças, os mesmos pontos de referência, plácidos em sua imobilidade de guardiães de rotinas cotidianas, de doces e amargas reminiscências, do amor e do desespero, de mistérios, de personagens surpreendentes e efêmeros que surgem do nada e nele desaparecem, ou de pessoas com raízes firmes que somem sem deixar rastro. O trivial e o insólito se cruzam tal como os personagens, eles mesmos testemunhas da aventura do viver.





Amos Oz, nascido Amos Klausner, (Jerusalém, 4 de Maio de 1939) é um escritor israelense e co-fundador do movimento pacifista Paz Agora (Shalom Akhshav).

Os seus pais fugiram em 1917 de Odessa para Vilnius e daí para a Palestina em 1933. Em 1954 Oz entrou para o Kibbutz Hulda e tomou então o seu nome actual. Durante o seu estudo de Literatura e Filosofia na Universidade Hebraica de Jerusalém entre 1960 e 1963 publicou seus primeiros contos curtos. Oz participou na Guerra dos Seis Dias e na Guerra do Yom-Kippur e fundou nos anos 1970, juntamente com outros, o movimento pacifista israelita Schalom Achschaw (Peace Now).

Fundador e principal representante do movimento israelense Paz Agora, é o escritor mais influente de seu país. Poucos autores escrevem com tanta compaixão e clareza sobre as agruras presentes e passadas de Israel. Em romances como Meu Michel (2002), Conhecer uma mulher (1992) ou Pantera no porão (1999) explora a persistência do amor durante a guerra.

Em 1991 foi eleito membro da Academia de Letras Hebraicas; Em 1992, recebeu o Prémio de Frankfurt pela Paz, e ganhou o Prémio Israel de Literatura, o mais prestigioso do país. Em 1998 (50º ano da Independência de Israel), recebeu o Prémio Femina em França e foi indicado para o Prémio Nobel de Literatura em 2002. Em 2004 recebeu o Prémio Internacional Catalunya, junto com o pacifista palestino Sari Nusseibeh, e também Prémio de Literatura do jornal alemão Die Welt, por "Uma História de Amor e Escuridão". Publicou cerca de duas dezenas de livros em hebraico, e mais de 450 artigos e ensaios em revistas e jornais de Israel e internacionais (muitos dos quais para o jornal do Partido Trabalhista "Davar" e, desde o encerramento deste na década de 1990, para o "Yediot Achronot"). Tem livros e artigos seus traduzidos por todo o mundo e quase toda a sua obra se encontra traduzida em português.

Em 2007 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias de letras.

sábado, 7 de novembro de 2009

Leituras -Caim


Li pela 1a vez Saramago e tive uma agradável surpresa. Diferente da imagem de ranzinza Saramago é muito engraçado , critico , sardonico e gozador.

Os diálogos de Caim com Deus são impagáveis e adicionam uma critica saudável as religiões.


Resenha:
Se, em O Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste Caim ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.

Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de O Evangelho, o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar.

A volta aos temas religiosos serve, também, para destacar o que há de moderno e surpreendente na prosa de Saramago: aqui, a capacidade de tornar nova uma história que conhecemos de cabo a rabo, revelando com mordacidade o que se esconde nas frestas dessas antigas lendas. Munido de ferina veia humorística, Saramago narra uma estranha guerra entre o homem e o senhor. Mais que isso, investiga a fundo as possibilidades narrativas da Bíblia, demonstrando novamente que, ao recontar o mito e confrontar a tradição, o bom autor volta à superfície com uma história tão atual e relevante quanto se pode ser.


José Saramago nasceu em 1922, na província do Ribatejo, em Portugal. Devido a dificuldades econômicas foi obrigado a interromper os estudos secundários, tendo a partir de então exercido diversas atividades profissionais: serralheiro mecânico, desenhista, funcionário público, editor, jornalista, entre outras. Seu primeiro livro foi publicado em 1947. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura

Leituras - Estive em Lisboa e me lembrei de voce

Mais um de Luiz Ruffato para o rol de minhas leituras.
Junto com "Eles eram muito cavalos" e a Trilogia - Inferno Provisório este novo livro coloca Ruffato entre os grandes escritores atuais - Milton Hatoum é um deles.
Apesar de ser um livro curto a linguagem e alma do interior de Minas são transformados na mais pura literatura.


Resenha:




Na primeira parte da história, transcorrida no Brasil, vemos Serginho chafurdando nas pequenezas da vida interiorana mineira, entre as quais se inclui um malfadado casamento com uma
moça de “ideia fraca” na sequência de uma gravidez
indesejada. A partir daí a vida de Serginho desanda sem apelação: casamento, emprego e a própria vontade de viver entram em perigoso colapso.

Até que alguém saca a panaceia redentora: Portugal. Lá, corre a lenda, é possível um trabalhador denodado recompor a vida e fazer um belo pé de meia antes de retornar à terra natal. É hora, pois, de Serginho dar as costas à sua Cataguases, cortada pelo rio Pomba, em cujas águas o autor parece ter se inspirado para construir uma prosa de fluxo forte intercalado por rápidos e iluminadores flashbacks.

Em Portugal, o passar dos anos será demarcado com extrema sutileza pelo afloramento de uma plêiade de idiomatismos lusos na prosa interiorana de Serginho, revelando a mão segura e inventiva de um dos mais bem-sucedidos autores brasileiros contemporâneos.




Eles eram muito cavalos

Resenha:

São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 2000. Durante um único dia, o autor percorre a cidade tentando desvendá-la. Não apenas os engarrafamentos, parques ou dinheiro correndo por entre os conglomerados econômicos. Ele decifra cada dia, minuto e segundo da metrópole marcada pela diversidade humana – mosaico composto por gente de todo o Brasil.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Leitura - Granta 4

Mais uma Granta com excelentes escritores. " Um Homem de família" e "O homem de duas cabeças" são dois contos/narrativas excelentes de Annie Proulx e Elena Lappin

Resenha:


Uma revista em forma de livro (...) que sempre traz o melhor do melhor entre os melhores. Granta é a qualidade absoluta.” – Ignácio de Loyola Brandã, Vogue Brasil

"A Granta é, simplesmente, a revista literária mais marcante de seu tempo." – Daily Telegraph

A súplica incessante das crianças em casa, nas ruas, ao longo dos tempos – Eu quero! Eu quero! – parece a nossa, adultos que querem tudo: amor, dinheiro, sexo, poder. Nem mudou a ambição nem mudamos nós – continuamos querendo, talvez mais e mais, sem parar, e tem que ser agora. Mas e se conseguimos o que queremos? E se não?

Um suíço se passa por sobrevivente do Holocausto para se tornar mundialmente famoso. Uma mulher trama a morte do homem que a rejeitou. Um editor frustrado descobre um manuscrito intrigante que pode salvar sua vida. Verdade ou mentira, ficção ou memória de uma época em que a ambição foi uma força – poderosa, criativa, vulcânica –, essa é a matéria desta Granta em português.

Em sua quarta edição brasileira, Granta reúne textos de Haruki Murakami, Luis Fernando Verissimo, Joyce Carol Oates, Sérgio SantAnna, George Steiner, Miguel Sanches Neto, Annie Proulx, Elena Lappin, Edward Platt, Kathleen Jamie, João Wainer, Milton Hatoum, Eucanaã Ferraz, Adriana Lisboa e João Paulo Cuenca.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...