domingo, 26 de junho de 2011

Leitura-O Engate

Este é o 1o livro de Nadine Gordimer que leio. Com o selo de ser ganhadora do Nobel fiz minha escolha.

Talvez não seja o melhor livro de Nadime.Não empolgou  e me pareceu a partir de uma boa história que o assunto de amor não "cola" direito. Ela tentou mas não foi feliz. No fim vira um livro de contrastes de diferentes culturas .Só isto .Mas não o suficiente para ser um romance de uma grande escritora.


Resenha:
O romance O engate desloca uma jovem branca e rica da África do Sul pós-apartheid para a desolação de uma aldeia miserável às margens do deserto, num país árabe de sociedade paternalista e regime ditatorial.
Julie Summers, filha de um banqueiro de Johannesburgo, conhece Abdu, um mecânico de pele escura, e por ele se apaixona. Trabalhando de forma ilegal na África do Sul, Abdu foi obrigado a ocultar seu verdadeiro nome, Ibrahim, a fim de permanecer clandestinamente no país. Julie optou por um estilo de vida alternativo, em companhia de um grupo de amigos boêmios.
Os dois se conhecem na oficina onde ele trabalha e a atração que sentem é imediata, não apenas no plano sexual, mas também pelas possibilidades de transformação que representam um para o outro. Abdu sonha com sua inserção definitiva no mundo ocidental. Para Julie, a reinvenção de sua própria vida pode estar na descoberta do universo islâmico.
Por problemas burocráticos, Abdu é extraditado e volta à sua terra natal. Julie foge com ele e procura adaptar-se às tradições da pequena e empobrecida terra natal de Abdu. Ele, porém, alimenta sonhos de tentar a vida nos Estados Unidos.
O conflito entre perspectivas de vida e anseios tão díspares move a trama dessa narrativa feita de intensos choques culturais e afetivos. Nadine Gordimer, prêmio Nobel de 1991, concilia o tom reflexivo de seu estilo com o tratamento realista do enredo, numa história que nasce da interioridade dos personagens para revelar questões complexas e fascinantes do mundo contemporâneo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Leitura - A Casa do Canal- Simenon

1o livro que leio de Simenom.E este me surpreendeu , positivamente. Não é policial tradicional mas sim sobre a vida nas Irrigações da Holanda. Excelente retrato da vida de uma família de agricultores numa pequena vila. O interessante é o retrato opressivo do pais com as chuvas , neblina e neve misturadas com a pobreza.
Nada como um pais tropical!!



Na multidão de viajantes que escoava em ondas rumo à saída, ela era a única a não se apressar. Com a mala na mão e a cabeça erguida sob o véu de luto, esperou sua vez de entregar a passagem ao funcionário da estação, então deu alguns passos. Quando tomaram o trem, em Bruxelas, eram seis horas da manhã e uma chuva densa e gelada caía na escuridão. O compartimento de terceira classe também estava molhado, molhando o piso sob os pés embarrados, paredes molhadas por uma umidade viscosa e os vidros molhados, por dentro e por fora. Pessoas de roupas molhadas cohilavam."

Assim inicia o romance policial A casa do canal, escrito em 1933 por Georges Simenon e até então inédito no Brasil. Edmée, uma jovem órfã, é enviada para viver com seus tio e primos em uma pequena vila na Bélgica, próxima à fronteira com a Holanda. Ao chegar, descobre que o tio acaba de morrer acidentalmente, deixando a viúva e seis filhos, com idades entre 21 e cinco anos. Na nova família, tudo parece muito estranho para a garota. Sem contar que outras mortes e trágicos acidentes se sucedem em “A casa do Canal”. O livro traz ainda a particularidade de estar ambientado na cidade em que nasceu a mãe de Simenon, o vilarejo de Neeroeterem.

Leitura - O Colecionador de Mundos

Este romance de Ilija Trojanow sobre a vida de Sir Richard Francis Burton poderia ser melhor escrito e dar uma visão mais detalhada de uma das mais ricas e interessantes pessoas que jamais existiu.

Quem viu o filme as Montanhas da Lua vislumbrou apenas uma fatia das aventuras e experiências deste agente inglês no século XIX.


Como li sua biografia  e vi o filme me interessei por este romance para ver se acrescentava algo ao que já conhecia mas pouco me ajudou exceto para relembrar estórias de sua vida




Veja a resenha abaixo pois  trata-se de livro fascinante sob um pessoa ímpar.Não da para expressar em poucas palavras o que este inglês realizou ao longo de sua vida .Só lendo sua história para crer.na resenha um breve resumo do que fez








Resenha:


Oficial do Exército britânico, orientalista e etnólogo, além de tradutor para o inglês de clássicos como As mil e uma noites e o Kama Sutra, Richard Francis Burton (1821-90) foi sem dúvida uma das grandes personalidades do século XIX. Não por acaso, sua vida, repleta de aventuras por quatro continentes, já foi objeto de numerosas biografias, dentre elas a de Edward Rice, publicada pela Companhia das Letras.

Desse incrível repertório de aventuras, o premiado escritor búlgaro Ilija Trojanow escolheu três, a partir das quais dá forma a uma brilhante mescla de biografia ficcional e perspicaz estudo psicológico de uma personalidade que, pouco a pouco, revela-se tão fascinante quanto misteriosa. O colecionador de mundos, que Günter Grass, prêmio Nobel de literatura, comparou ao Moby Dick de Herman Melville, tem por cenários principais a Índia em que Burton atuou como oficial e coletor de informações, a peregrinação sagrada de Meca a Medina, de que ele tomou parte disfarçado de muçulmano, e a expedição ao coração da África que acabaria por conduzir à descoberta da nascente do rio Nilo. Nessa narrativa das muitas aventuras e desventuras de um homem notável, Trojanow costura uma polifonia de raro talento literário, dando voz a universos culturais contrastantes.

















Erudito e cientista, soldado e agente secreto, explorador e aventureiro, tradutor e escritor, Burton falava 29 línguas, além de inúmeros dialetos. Quando necessário, passava por nativo de diversas regiões do Oriente — por afegão, ao fazer a peregrinação a Meca; por peão cigano, entre os trabalhadores dos canais do rio Indo;por mascate e por dervixe,quando explorou como agente secreto o Sind, o Baluchistão e o Pundjab. Burton, contudo, não foi apenas um homem de ação. Escreveu mais de três dezenas de livros e, além das Mil e uma noites, verteu para o inglês dois clássicos do erotismo indiano,o Kama Sutra e o Ananga Ranga, bem como Os lusíadas e a lírica de Camões.



O escritor Edward Rice, ao longo de dezoito anos, refez a maior parte da trajetória do capitão Burton, realizando uma minuciosa pesquisa que faz desta biografia a obra definitiva sobre a vida de um homem excepcional.


Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...