Concluído mais este livro de Mussa - é o 4o que leio: O Enigma de Qaf , Trono da Rainha Jinga e Meu destino é ser onça - e Mussa não nos decepciona. Excelente escritor que mistura História , Literatura policial e comedia com muita criatividade e uma escrita fácil. Recomendo a leitura deste e dos demais livros de um dos melhores escritores brasileiros.
Resenha:
Rio de Janeiro, 1913. O secretário da Presidência da República é
assassinado numa das dependências da antiga casa da Marquesa de Santos,
aqui conhecida como a Casa das Trocas — prostíbulo sofisticado e local
secreto para encontro entre casais — que funcionava sob a fachada de uma
clínica médica, comandada por um cientista obcecado pelo estudo das
fantasias sexuais femininas. Durante a investigação criminal, um perito
da polícia científica, freqüentador da Casa, depara-se com um malandro
do Cais do Porto, possivelmente envolvido no crime, e começa a travar
com ele um duelo para saber quem, entre os dois, é o maior sedutor.
Em O SENHOR DO LADO ESQUERDO, estas e outras
situações se entrecruzam como num passeio pela história e pela geografia
do Rio de Janeiro, para instituir uma mitologia erótica da cidade e
investigar, fundamentalmente, os subterrâneos da sexualidade humana.
Alberto Mussa reúne mitologia, realidade e ficção, e vale-se das
inúmeras possibilidades do ensaio e do gênero policial para se enveredar
pelo território das disputas e dos prazeres do sexo. Com tamanha
riqueza de detalhes, tanto na fábula quanto no relato baseado em dados e
fontes oficiais, há uma conseqüente – e proposital – mistura entre
real e ficcional. Onde termina o ensaio e começa a ficção?
Menino que cresceu entre os livros da extensa biblioteca do pai,
Alberto Mussa teve sua estreia literária como contista, em 1997, com
Elegbara. Em seguida, vieram O trono da rainha Jinga, O enigma de Qaf, O
movimento pendular e Meu destino é ser onça — obras que habitam uma
zona fronteiriça e original entre o romance e o ensaio. Seus livros são
traduzidos em sete idiomas e vem recebendo críticas elogiosas da
imprensa estrangeira. A prestigiosa revista francesa Le Magazine
Litteraire afirmou que Alberto Mussa inscreve-se na linhagem dos
escritores que reinventam a historia da literatura, e é comparado a
Jorge Luis Borges. Para a revista Telerama, que o chamou de gênio,
Mussa é um escritor que “reinventa a escrita e a narrativa”. Para o Le
Monde, O Enigma de Qaf é “um cruzamento de influencias de Borges, de
Cortázar e As mil e uma noites”.
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