sábado, 3 de janeiro de 2015

Leitura - Estas Estorias

Ler Guimarães Rosa eh viajar na linguagem , nas imagens e no interior do Brasil com seus costumes e expressões. 3 contos destes Livro em particular são primorosos : O Burrinho do Comandante , Meu Tio o Iauarete e Entremeio com Vaqueiro Luciano onde percebemos a  fonte de onde o poeta Manoel de Barros veio beber :são as palavras inventadas pelo caboclos do interior, em sua maioria ignorantes , para descrever o que viam e percebiam, fantástico .


Resenha :
Quando João Guimarães Rosa faleceu, deixou alguns esboços para o sumário de Estas estórias, que deveria compreender nove textos longos, encontrados entre os papéis do escritor: oito novelas e uma entrevista-retrato, “Com o vaqueiro Mariano”. Desses textos, cinco já haviam sido publicados: quatro novelas e a entrevista. Os outros quatro permaneciam inéditos, mas já em forma praticamente definitiva: faltava-lhes apenas a última revisão do autor. Ao preparar a primeira edição de Estas estórias, Paulo Rónai disse: “Resolvemos incluir no presente volume as quatro obras que dele deviam fazer parte. (...) Pareceu-nos que, omitindo-as, privaríamos os fiéis de João Guimarães Rosa não só do conhecimento de muitas de suas páginas mais poderosas, como também da visão panorâmica de um livro cuja estrutura com tanto carinho preparara. De mais a mais, temos realmente a impressão de que muito pouco faltava, ou quase nada, para arrematar a construção.”A propósito de Estas estórias, assim se manifestou o crítico Leo Gilson Ribeiro: “São um caleidoscópio do Grande Sertão que o escritor mineiro desvendou para a literatura brasileira e para o mundo: um caleidoscópio que mostra várias de suas fascinantes veredas. Em Com o vaqueiro Mariano, a captação épica, viril, da natureza selvagem do Pantanal mato-grossense, aliada à compreensão profunda dos seus heróis anônimos, os vaqueiros que encontram em Mariano o seu arquétipo definitivo. Em Os chapéus transeuntes, a criação matizada, risonha e filosófica de figuras que lembram uma commedia dellarte mineira, como Vovô Barão e Ratapulgo. Em Meu tio o Iauaretê, a pesquisa estilística realizada no monólogo do índio semiagregado à civilização tecnológica que encerra, de forma inquietante, este esplêndido mural.”O crítico lembra ainda que “este livro só é póstumo quanto à casca, à localização histórica. Mas o miolo, o essencial, permanece, como predissera o mestre em sua última frase pública: as pessoas não morrem, ficam encantadas.


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