![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYp7yZ-kkNz-Rl5WoQaEKIczt1bKuIilOQRvht1uid4rZMq3sQF4KS0TIn8NADo2OyDJBNM9vTDMnom5tnvbT0FodHzYEKC1WRGN2EVXvcvp3WW34zpK-c5GvT0yC46DvsMAWFlZH9P2E/s1600/8b0629a0-0981-4a62-a9cc-7e78ad616c3c.jpg)
Resenha:
“Literatura é liberdade”, afirmou Susan Sontag pouco mais de um ano antes de sua morte, em 2004. A frase hoje soa como justificativa para toda uma vida de compromisso com o amor à literatura e um ferrenho ativismo político. Ao mesmo tempo reúne os últimos textos da ensaísta e romancista que nunca aceitou separar a estética da ética.O turbulento início do século XXI ajudou a autora a se manter fiel até o fim ao espírito de contestação que ela manifestou ao se tornar conhecida, nos anos 1960. Nas páginas de Ao mesmo tempo, os ensaios literários são obrigados a conviver com textos de intervenção pública escritos no calor dos acontecimentos.Destaca-se a lucidez de Sontag diante dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e da prática de tortura na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Mas essa incessante vigilância política nada tinha de antiamericanista.Ao contrário, ela manifesta o amplo cosmopolitismo que a autora declara ter aprendido com a literatura. Para Sontag, seu modo crítico de ser uma cidadã americana lhe assegurava também a cidadania plena na sua almejada “república internacional das letras”.