segunda-feira, 30 de julho de 2018

Leitura- Caderno de Memorias Coloniais

Fui a Flip e li o livro da visitante Isabela. O livro eh muito bem escrito mas acho uma exagero chama-lo de obra-prima> tem a capacidade psicanalítica de colocar em desnudo as visões de uma criança e pré- adolescente sobre a vida na colonia. O sucesso eh porque Portugal como o Brasil acha que não eh um povo racista nem preconceituoso .Pegamos este sutil jeito português de sermos ambos e nos livrarmos da culpa por nossas mazelas sociais tanto quanto eles de seu período colonial que afinal durou ate a década de 70.
Mas inegavelmente eh um excelente livro e agradável leitura 

Resenha:
Caderno de memórias coloniais foi publicado em 2009 em Portugal. Sucesso de público, foi saudado como uma obra-prima.

E é de fato um genial acerto de contas da autora com o passado colonial de Portugal e com seu pai, um eletricista português radicado em Moçambique. O pai parece personificar Portugal: despreza e explora os nativos. O “melhor” de Moçambique ficava com os brancos: as boas praias, os bares, a vida cultural e social, as melhores oportunidades. Tudo isso é visto pelos olhos de Isabela, que lá nasceu em 1963 e teve que se mudar para Portugal nos anos 1970, durante o contexto da descolonização.

O livro é uma espécie de Carta ao pai (de Kafka), um acerto de contas num texto que mescla memória, ensaio, observação pessoal e ficção. O livro tem origem num blog da autora, canal pioneiro para tentar trazer mais realidade à narrativa edulcorada do Portugal africano. Até então, havia uma enxurrada de memórias cor de rosa e piedosas de brancos que nasceram e cresceram nas colônias portuguesas e que nunca tratavam das questões reais e duras do passado: a exclusão da população local (negra), os trabalhos subalternos e mal-remunerados destinados aos locais, o racismo.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Leitura- A Vida Assombrada

Ultimo lançamento de Kerouac o livro prometia bastante como "livro de formação ". Porem depois de ler Pigia fica uma impressão de um livro de deveria ser ainda muito mais trabalhado mas que tinha tudo para se tornar uma outra excelente obra de Kerouac. Vale também por seus comentários e cartas de deu pai .



Resenha: 
Jack Kerouac saltou para a fama em 1957, com a publicação do icônico On the Road. Anteriormente, publicara Cidade pequena, cidade grande (1950), seu romance de es­treia. Mas a década de 1940 já fora de gran­des projetos e intensa produção. Um dos textos então escritos, e que permaneceu inédito até há pouco, é A vida assombrada, um romance de formação que mostra o es­tudante universitário Peter Martin passan­do férias na sua pequena cidade natal. Numa prosa realista, tributária dos grandes nomes da literatura norte-ame­ricana da década de 1930 como Thomas Wolfe, vemos um rapaz em meio às tribu­lações americanas pós-New Deal e às vés­peras da entrada dos Estados Unidos na Se­gunda Guerra Mundial. Há uma vibração revolucionária no ar. Tendo, de um lado, o idealismo da juventude (seus amigos cogi­tam largar a faculdade para se alistar), e, do outro, o conservadorismo xenófobo do pai, Joe Martin, Peter tenta entender qual seu lugar nessa sociedade em transformação. Pelos planos de Kerouac, o romance teria três partes: “Casa” (aqui publicada), “Guerra” e “Mudança”. Ele iniciou a reda­ção em maio de 1944, terminando “Casa” no verão. As duas últimas partes não che­garam a ser escritas, e Kerouac julgava ter perdido o manuscrito num táxi (foi encon­trado décadas depois no armário do seu dormitório da Universidade de Columbia). O presente volume traz, juntamente com o texto ficcional (que se lê como uma obra integral), esboços, trechos de cartas e ou­tros documentos nos quais o autor faz re­ferências à escrita de A vida assombrada, e também correspondência entre ele e seu pai, Leo Kerouac – cuja personalidade serviu de inspiração para o intolerante Joe Martin –, além de outros materiais sobre sua vida e o início de sua carreira. Os fãs encontrarão aqui um Kerouac meticuloso, comprometido com um projeto artístico pessoal, muito diferente do beatnik hedonista evocado pelo imaginário da “prosa  espontânea”. Eis um retrato da formação literária do autor, mas também uma home­nagem a seus amigos tombados em combate e à própria juventude – um dos grandes temas kerouaquianos. 

terça-feira, 3 de julho de 2018

Leitura- O Crime do Cais do Valongo


Razoável este livro da premiada Eliane Alves Cruz. Li por conta de me manter atualizado com escritores afro descentes e por conta das recomendações ao livro. Mas sinceramente não fazem jus. Para quem leu um defeito de Cor este do Crime  ,fica a léguas de distancia


Resenha:
Um corpo amanhece em um beco, envolto em uma manta e com pequenas partes cortadas. O crime do cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, é um romance histórico-policial que começa em Moçambique e vem parar no Rio de Janeiro, mais exatamente no Cais do Valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2017. A história acontece no início do século 19 e é contada por dois narradores — Muana e Nuno — que conviveram com a vítima: o comerciante Bernardo Vianna

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...