segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Leitura-O Romance Luminoso

 Sensacional este romance de Mario Levrero. Com certeza um dos maiores escritores latino-americanos. Lembre demais a escrita de Roberto Bolano .Com a mesma criatividade e maestria na escrita nos faz querer

mais e mais de sua escrita maravilhosa. Altamente recomendado

Resenha:No ano 2000, Mario Levrero recebeu uma bolsa da Fundação Guggenheim para terminar de escrever O romance luminoso. O livro tinha sido iniciado em 1984, na mesma época em que o autor, endividado, se mudou de Montevidéu para Buenos Aires à procura de trabalho. Com a bolsa, em vez de se dedicar ao romance, no entanto, Levrero se lançou à escrita febril de um diário da escrita do romance, diário este que se tornaria, ele mesmo, o seu magistral O romance luminoso. O livro narra em detalhes as confusões cotidianas de um homem de sessenta anos. Estão aqui todos os tiques de um narrador obsessivo tomado por fobias e superstições. Para o autor uruguaio, a possível transcendência só poderia surgir da repetição de manias que atribui à vida real sua condição de permanente adiamento. Assim, a procrastinação e a busca deste livro “luminoso” são a própria matéria de que são feitas as horas, e a aventura literária se insinua através de idas e vindas da espera simbolizada pelos relatórios irônicos do andamento do projeto ao “Sr. Guggenheim”, por visitas amorosas, madrugadas insones em frente ao computador, a busca pelo significado dos sonhos, passeios pelas ruas de Montevidéu e advertências, prefácios, prólogos e epílogos.

“Um dia enfim abri O romance luminoso e fui com ele até a derrota final, incapaz de deixar de lado esse tão fascinante herói da escrita.” — Enrique Vila-Matas

“Enquanto seus contemporâneos continuavam publicando versões rotineiras do grande romance latino-americano, Levrero construía uma literatura nova; uma obra que via com ceticismo os caminhos do boom e que se opunha a toda pressão normalizadora. Ele não queria fundar ou confirmar ou refutar mitologias: queria escrever, somente, solitariamente.” — Alejandro Zambra

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