quarta-feira, 30 de junho de 2021

Leitura-Dragão Negro


Mais uma HQ premiada . Esta de Chris Claremont peca por ter os desenhos do mal de forma pouco criativa e fora do contexto gaélico apesar de demoníacos . Se trata da luta do cristianismo contra o poder das fadas e magos .e uma mundo em decadência com outro em ascenção.

Resenha: O ano é 1193 da Era Cristã. James Dunreith, exilado pelo seu senhor e rei, Henrique, voltou para reivindicar a terra que é sua por direito de nascença. Acusado de feitiçaria, Dunreith é pressionado pela rainha Leonor da Aquitânia e incumbido de uma missão: encontrar uma pessoa que vem se rebelando contra a coroa e resolver a questão a qualquer custo; o problema é que essa pessoa já foi o seu melhor amigo. Ainda mais perigosa do que qualquer ameaça política é a conspiração para dominar os poderes ocultos ancestrais advindos daquela região, que podem desencadear o mal supremo. Será que o coração valente do herói e o poder das rainhas das fadas e do mundo terreno serão capazes de salvar a Inglaterra da voracidade do Dragão Negro? Publicada pelo selo Epic Illustraded, da Marvel Comics, Dragão Negro é uma incrível história de fantasia situada na Inglaterra medieval. Combinando contos de fadas com figuras histórias, a graphic novel reúne os criadores Chris Claremont e John Bolton, a mesma dupla responsável pelo sucesso Marada, a Mulher-Lobo. Com 204 páginas, esta edição de luxo traz a história na íntegra, uma galeria de esboços e todas as capas originais em cores. Um clássico da fantasia medieval em quadrinhos que merece estar na coleção de todos os fãs.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Leitura - Bulldogma

 


Eventualmente compro um HQ para contrabalançar com os livros e busco autores premiados ou recomendados. Esta de Wagner Willian eh muita boa com um ótimo roteiro boas imagens e tirinhas que ajudam a compor uma boa estória 

 Resenha: 

Misturando ficção científica, games, álcool, sexo e um clima de Nouvelle Vague, Bulldogma é o retrato de uma geração e da efervescente cena artística alternativa das grandes cidades brasileiras. Botecos, casas noturnas, cafés e festinhas de apartamento são os cenários desta aventura sci-fi, protagonizada por Deisy Mantovani e seu buldogue Lino.
Deisy é uma ilustradora de embalagens, livros infantis e histórias em quadrinhos. Ela acaba de se mudar para um apartamento em um bairro cujo solo é rico em silício, o que atrai naves intergalácticas para reabastecimento e levanta a preocupante suspeita de abduções alienígenas.
Mas Deisy não se deixa levar por boatos. Ela tem mais com que se preocupar: acaba de sair de um relacionamento complicado e o trabalho está cada vez mais difícil. A única saída talvez seja ser abduzida por um disco voador.

Leitura- Classificados da Corte

 


Muito boa esta pesquisa com base na Gazeta do Rio sobre os hábitos da sociedade do Rio de Janeiro. Trabalho criativo e que mostra com base nos anúncios da Gazeta como funcionava o Rio no período Joanino


Resenha : 

“Classificados da Corte” investiga os hábitos comerciais e os costumes da sociedade do Rio de Janeiro entre os anos de 1808 e 1821, revisitando os “avisos” publicados na “Gazeta do Rio de Janeiro”, primeiro jornal da história impresso no Brasil. A partir de uma análise cuidadosa de mais de nove mil anúncios publicados em 1610 edições do periódico, o autor propõe uma visão geral da sociedade carioca durante os 13 anos que correspondem ao reinado americano de Dom João VI.

Passados 200 anos do regresso do rei para Portugal, a pesquisa desvenda um mercado imobiliário com procura e preços ascendentes e um comércio de livros voltado à elite e aos cursos superiores recém-criados. Além disso, detalha uma série de questões relacionadas ao cotidiano dos indivíduos escravizados, desde suas origens, passando por obstáculos linguísticos e espaços de sociabilidade, até as suas estratégias de fuga. Também descreve, em linhas gerais, as características educacionais da sociedade, os espaços de sociabilidade dos habitantes e a transição médica observada no período.

As páginas da “Gazeta” evidenciam os contrastes da sociedade carioca durante o chamado período joanino. Os anúncios que são exibidos, estudados e criticados neste livro representam o primeiro rascunho desse momento histórico, às vésperas da emancipação do Brasil.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Leitura -Diomedes A trilogia do acidente

 


li todos os livros de Mutarelli . Seus quadrinhos são excelentes e engraçados .Grande escritor 

Resenha: Em 1999, quando foi lançado O dobro de cinco, primeiro álbum da “trilogia em quatro partes” protagonizada pelo detetive Diomedes, Lourenço Mutarelli já era um quadrinista conhecido, seguido de perto por um círculo de leitores fascinados por suas belas histórias de caráter pessoal e intimista, com personagens atormentados pela solidão e pela morte. Para muitos, portanto, deve ter sido uma surpresa sua guinada para um gênero popular como o quadrinho policial, em geral narrado com um traço mais contido e disciplinado, a serviço de uma história de investigação esquemática e roteiro bem definido. Mas esta é uma história policial de Mutarelli. Seu protagonista não é um tipo durão, envolvido com perigosas intrigas e belas mulheres. É um delegado aposentado, gordo e sedentário, em busca de uns trocados para completar o orçamento. Nunca resolveu um caso, e passa a maior parte do tempo bebendo e fumando em seu escritório imundo. No entanto, ao partir no encalço do há muito desaparecido mágico Enigmo, seu cotidiano ordinário fica para trás. Em busca da sorte grande e metido em circunstâncias cada vez mais desfavoráveis em seu caminho repleto de figuras bizarras, Diomedes será obrigado a usar todo o talento que jamais imaginou possuir para desvendar o “Enigma de Enigmo”. A nova edição reúne em volume único a trilogia formada por quatro álbuns, alguns deles esgotados há anos e vendidos a preço de ouro. Os desenhos originais foram reescaneados e a fonte redesenhada para amplificar a experiência gráfica do leitor. A edição também inclui esboços inéditos e tiras que não constavam na edição original.

sábado, 19 de junho de 2021

Leitura- As mulheres de Tijucopapo

 


Para se perceber a força deste livro temos que mergulhar no fluxo narrativo sem amarras. Um livro que mostra o raiva e força incontida de anos de injustiças e preconceitos em nosso Brasil. A raiva ímplícita e explícita da personagem mostra como tratamos nossos negros e pobres e como se sentem verdadeiramente no fundo da alma . Um livro para ser lido e discutido nas escolas .Afora isto a Literatura é em sua forma brasileira : pura , rude , singela , de explosão e verdade .Uma verdadeira literatura nacional.

Resenha: Vou ter que ver por que minha mãe nasceu lá em Tijucopapo. E, caso haja uma guerra, a culpa é dela." A potência da linguagem da escritora e tradutora Marilene Felinto se mostra mais atual do que nunca. Romance emblemático da autora, As mulheres de Tijucopapo ganha nova edição, com prefácio inédito da escritora Beatriz Bracher, posfácio da pesquisadora Leila Lehnen e fortuna crítica com ensaios e resenhas de Ana Cristina Cesar, João Camillo Penna, José Miguel Wisnik, Marilena Chaui e Viviana Bosi.

Escrito em 1982, quando a autora tinha 22 anos, o livro narra a viagem de retorno da narradora Rísia a Tijucopapo, localidade fictícia onde sua mãe nasceu, que evoca a história real de Tejucupapo, no Pernambuco. No século XVII, a cidade foi palco de uma batalha entre mulheres da região e holandeses interessados em saquear o estado. Nas entrelinhas de As mulheres de Tijucopapo, conta-se a história das mulheres guerreiras de Tejucupapo.

O livro se constrói como um fluxo de consciência literário cujo teor histórico, feminista e antirracista se evidencia no trajeto que a narradora faz de volta a essa terra mítica, iluminando as contradições inerentes à sociedade e à cultura multirracial brasileira. Nas palavras da poeta Ana Cristina Cesar, a narrativa autobiográfica é "traçada em ziguezague, construída toda em desníveis, numa dicção muito oral, atravessada de balbucios, repetições, interrupções, associações súbitas".

Em trajeto reflexivo, a personagem vai em busca das origens, para assimilar as experiências da infância e a dor da diferença vivida na capital paulista. Quanto mais ela se aproxima de Tijucopapo, mais perto chega de se tornar, ela própria, uma mulher de Tijucopapo. A força das guerreiras pernambucanas é a imagem invertida da fraqueza de Rísia, menina pobre de muitos irmãos, que se refugia na gagueira por impossibilidade de exprimir seu ódio.

A obra rompe com definições normativas, ocupando um espaço novo entre a narrativa ficcional, o depoimento pessoal e o discurso poético. De acordo com Caio Fernando Abreu, "com voz inconfundível, sensibilidade, talento e precisão, a autora demarca um território novo na literatura brasileira".

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Leitura-451 No 46

 

Mais um 451 Pensar sem Corrimão da Hannah Arendt ,Robert Walser e Memórias de um doente de nervos foram as resenhas que gostei

Leitura- A polícia da memória

                                               

Na década de 70 fui um leitor voraz de ficção científica lendo praticamente todos os livros da Coleção Argonauta portuguesa e todos os grandes escritores .Hoje não encontro muita motivação para novas leituras. O último foi China Miéville com As cidades e as Cidades , excelente . Este de Yoko Ogawa também é uma boa ficção científica - hoje mais conhecido como romance distópico que como a Yoga muda de som apenas para vender algo que sempre existiu ,como os velhos programas de Calouros do rádio hoje com nomes pomposos .The Voice etc.- uma estória bem tramada que remonta a 1984 , Farenheit e outras  , mas bastante criativa e com a delicadeza japonesa . Nada como cultivar a memória

Resenha: A polícia da memória, finalista do International Booker Prize 2020 e do National Book Awards 2019, foi traduzido em diversos idiomas e, mais uma vez, marca o talento da escritora contemporânea Yoko Ogawa.

Neste romance que chega agora ao Brasil, pela Estação Liberdade, em prosa ao mesmo tempo insólita e sensível, o leitor é conduzido ao mundo das memórias perdidas. Uma ilha é vigiada pela “polícia secreta”, que busca e elimina vestígios de lembranças. Objetos, espécies e até famílias inteiras somem sem deixar traços, sem que as pessoas sequer se atentem, ou percebam os desaparecimentos, pois as recordações furtivamente também já se foram.

Na trama, uma escritora tenta manter intactos resquícios de histórias, de algo que possa permanecer. Não é fácil, já que tudo ao redor desaparece, e ela não pode contar sequer com a própria memória.

O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças e percorre uma jornada de recordações que também gostaria de preservar. Algo que tem se tornado familiar na atualidade, e a todos que têm criado um novo mundo, já que o anterior, pré-pandemia, não mais existe, e nunca será como antes.

Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. E ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória?

domingo, 13 de junho de 2021

Leitura -O Essencial da década de 80 -CFA

                                                      


Ótimo escritor mas muito depressivo para meu gosto. Alguns contos muito bons e livros como Morangos Mofados mas não se trata de alguém fora da curva. Principalmente se comparado com outros escritores gaúchos.  

Resenha: Nos anos 1980, o leitor depara com um Caio F. literariamente mais maduro. Seus textos são permeados por uma narrativa mais coesa, embora os questionamentos existenciais, a angústia e a paixão continuem a ser os traços característicos de sua obra.


sexta-feira, 4 de junho de 2021

Leitura- Mano a noite esta velha

 

Wilson Bueno eh um grande escritor .Autobiografia ou confissões não importa ,porém um relato pungente de uma vida que se esvai em sua própria tristeza 

Resenha:
Em uma edição póstuma, depois de dois anos de silêncio, Wilson Bueno escreve o que parece ser sua obra maior. Ele faz um acerto de conta com todos e com tudo.
O livro, de características autobiográficas, é narrado como se o personagem falasse com o irmão morto. Relembra coisas da família, coisas da vida, incidentes que destruíram as relações, outros que estreitaram.

Aborda assuntos como morte, sexualidade e relação com os pais de uma maneira intensa e muito tocante.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Leitura-Apocalipse DH Lawrence

 

Interessante para quem nao conhece o Apocalipse da Bíblia .Uma analise minuciosa das origens do Livro da Bíblia . Mas meio chato. 

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Leitura- O óbvio Ululante

 


Nelson além de ótimo teatrólogo eh um brilhante cronista . Sua língua ferina e sua escrita ácida destrói com todos ao redor . Mas de uma lucidez de uma cabra vadia . Por estas crônicas entendemos porque ficou tanto isolado no fim da vida como nos conta em livro Jose Costello : Inventário das Sombras  


Resenha : O óbvio ululante traz uma seleção, feita pelo próprio Nelson Rodrigues, das “Confissões” que ele publicava em O Globo entre dezembro de 1967 e junho de 1968.Nessa coluna, além de deixar entrever parte de sua vida, analisava personagens de sua época, as mudanças de comportamento e os debates políticos pelos quais passava o país. Encontramos em cada crônica os tipos criados por Nelson, como a “estagiária do JB” e a “grã-fina de nariz de cadáver”, e os amigos — e inimigos — que o autor transformava em personagens: Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, Antonio Callado, Alceu Amoroso Lima, D. Hélder Câmara, entre outros.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...