quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Leitura- Autobiografia de um polvo- Vinciane Despret

 

Um livro no mínimo inusitado. Criatividade em excesso .Exercício acadêmico sobre ciências que , quem sabe . no futuro poderão se tornar realidade


Resenha :
Aranhas que declamam poesia (panfletária); vombates que constroem muros (com suas fezes) e polvos que escrevem (com sua tinta). A therolinguística é o ramo da ciência que se dedica ao “estudo e à tradução das produções escritas por animais (e, posteriormente, pelas plantas), seja sob a forma literária do romance, da poesia, da epopeia, do panfleto ou ainda dos arquivos”, nos esclarece a autora de Autobiografia de um polvo no glossário da obra. Mas, espera: os animais se comunicam através de formas literárias e artísticas e são capazes de narrar um mundo que os humanos ainda não tiveram acesso? Essa é a proposta do livro da filósofa Vinciane Despret, que escreveu a obra inspirada na ficção científica de Ursula K. Le Guin, que “inventou” a therolinguística.


Despret apresenta um livro único em sua combinação de filosofia, ciência e literatura. Cada um de seus três capítulos traz estudos diferentes sobre a comunicação e a poética de diferentes animais. Neles, a autora não só imagina mundos nos quais podemos entender o que nos dizem os animais, como inventa também a própria narradora, sendo três as “autoras”, uma por capítulo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Leitura- Silvestre- Wagner Willian -




2a Graphic Novell que leio do Wagner . A estória pouco convencional misto de ficção e realidade com BullGogma eh muito boa . Os desenhos extremamente belo e viscerais . Um livro que mexe com as forças da natureza ,




Resenha : Em 1845 o escritor norte-americano Henry David Thoreau retirou-se para a floresta, onde ergueu, com as próprias mãos, sua nova casa e a mobília, com o intuito de viver com o mínimo necessário e em total contato com a natureza. O que o moveu foi a necessidade de procurar entender as mudanças pela qual a sociedade da época passava, bem como investigar as necessidades essenciais da vida.

Não se isolou, porém, da sociedade. Recebia visitas enquanto passava dois anos em contato absoluto com a natureza e seus livros, refletindo sobre a liberdade e a existência, que começava a assumir um ritmo acelerado nas cidades com a industrialização e urbanização crescentes. O resultado desta experiência social e espiritual a partir da autossuficiência tornou-se público com Walden, ou A Vida nos Bosques, manifesto poético que o autor publicou em 1854.

Em 2019, Wagner Willian, premiado autor de obras magistrais como Bulldogma, Martírio de Joana Dark Side e O Maestro, o Cuco e a Lenda deixou a casa de Thoreau com novas considerações. Entrando para o time de grandes autores da DarkSide® Books, o quadrinista brasileiro entrega aos leitores uma obra de arte imersiva e reflexiva, ao mesmo tempo orgânica e visceral.

Em Silvestre, acompanhamos a jornada de um velho caçador que atravessa e dialoga com lendas sobre divindades extintas, mergulhando na relação entre o homem e a natureza, e o respeito sobre o que a terra pode nos dar e o que somos capazes de oferecer. No isolamento de sua cabana, ele assa uma torta. Seu aroma cruza a memória, as paredes, a floresta, atraindo animais silvestres e criaturas fantásticas em um grande resgate ao convívio humano, digno de uma celebração selvagem e ritualística.

“Quando voltei a seguir este raro animal, a maneira como o concebia havia mudado, o mundo a minha volta também. Foi preciso encarar sua narrativa como um caderno de viagens ou sketchbook para gravar seu rastro e a animalidade em volta sem perdê-los de vista, usando do lápis, do nanquim, do óleo, do óxido de ferro, o diabo que fosse, para tentar compreender sua forma”, explica Willian.

Silvestre, lançamento da DarkSide® Books em seu selo DarkSide® Graphic Novel — inteiramente dedicado ao melhor da arte sequencial —, chega para os leitores em dezembro com quase duzentas páginas em capa dura, luva e aquele acabamento especial que os amantes da nona arte já conhecem e admiram.

A DarkSide® Graphic Novel é uma expansão do universo fantástico e sombrio da editora, lar de Danilo Beyruth, autor de Samurai Shirô, Wesley Rodrigues, criador de Imaginário Coletivo, Pablo Auladell, Dave McKean, Loputyn, Emily Carroll, Charles Burns, entre outros. Se você é apaixonado por histórias em quadrinhos, prepare-se para se surpreender novamente — quem aposta no escuro com a DarkSide® costuma virar fã.




sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Leitura- O fim da Noite-Rafael Calça e Diox

 




Boa a Graphic Novell. Mas muito curta. Podia ser melhor explorada .Por outro lado sintetiza com poucas folhas e completa opressão e uma escravidão disfarçada


Resenha : Uma história sensível e necessária sobre as batalhas de três gerações de mulheres negras Conduzidas pela força e luta da avó, Aurora, que trabalha como empregada doméstica desde os dez anos de idade, três gerações de mulheres negras lutam pela sobrevivência, por direitos básicos, e por melhorias nas suas vidas e de suas famílias. Este é o enredo de O Fim da Noite graphic novel inspirada nas jornadas pessoais das avós, mães e tias do premiado quadrinista Rafael Calça – coautor de Jeremias – Pele e Jeremias – Alma – e do ilustrador Diox, ambos de São Paulo, que apresenta as vidas e as histórias dessas mulheres que se dedicaram arduamente para que os filhos pudessem estudar e construir uma vida melhor. Vencedora na categoria Quadrinhos da primeira edição do Prêmio Machado DarkSide, em 2020 ? projeto abraçado pelos criadores brasileiros, com mais de 5 mil projetos inscritos – a aguardada graphic novel escrita por Calça e ilustrada por Diox, agora integra a marca DarkSide® Graphic Novel. Os dois autores mereceram todo o esforço, e atualmente estão entre os principais nomes dos quadrinhos brasileiros contemporâneos. Em um dos posfácios do livro, Diox – que atualmente trabalha para o mercado editorial, ilustrando livros infantis e materiais didáticos, além de contribuir com o universo dos games – ressalta a importância das mulheres como as retratadas no livro para a causa negra: “Foram as mulheres pretas que, devido a permissão de circular entre a casa-grande, a senzala e as ruas, possibilitaram o trânsito de ideias e informações que se mostrou fundamental para a sobrevivência do nosso povo, pois foi a partir dessas mulheres que fugas foram planejadas e os quilombos foram sendo constituídos”.Já o roteirista Rafael Calça possui ampla experiência na área. Em 2013, publicou a HQ independente Dueto. Além disso, participou de projetos envolvendo a Turma da Mônica e publicou, em parceria com Jefferson Costa, Jeremias – Pele (2018), obra vencedora dos prêmios Angelo Agostini, HQ MIX e Jabuti, e Jeremias – Alma (2020). Calça, em outro posfácio para O Fim da Noite, nos lembra que “a noite sempre esteve associada ao mistério, ao lugar dos perigos. Remete até a morte, para onde talvez viajemos além do véu que nos separa do mundo físico. E é inegável o quanto o medo do escuro foi normalizado àqueles habituados ao desconhecido, às ameaças (diretas ou veladas) e ao luto do corpo e da própria história”.O Fim da Noite é uma obra contundente, cuja narrativa nos ajuda a compreender o funcionamento do racismo estrutural no Brasil, e como as injustiças sociais se perpetuam ao longo das gerações. Mas acima de tudo, é uma história robusta, de composição sublime, feita de sorrisos, dores e dramas que transformarão os leitores para sempre.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Leitura- O exercício da Incerteza - Dráuzio Varella

 



Resenha : Relato franco da experiência de mais de cinquenta anos de carreira de Drauzio Varella, este livro é o retrato honesto de uma trajetória dedicada a um exercício de constante aprendizado.

A medicina não é uma ciência exata. Seu exercício está sujeito a fatores imprevisíveis que variam de paciente a paciente — tendo sempre a finitude humana no horizonte. Essa parcela do imponderável é matéria para o relato de Drauzio Varella, oncologista que se tornou nacionalmente conhecido como um dos primeiros médicos a fazer uso dos canais de comunicação de massa para propagar informações sobre saúde e conscientizar sobre bons hábitos.

O autor narra com sensibilidade e franqueza episódios de sua vida a partir do fio da medicina. Por sua prosa fluida, acompanhamos momentos críticos, como a pandemia do HIV e a epidemia de tuberculose nos presídios em que atendia voluntariamente, e outros celebrados, como a bem-sucedida campanha de combate ao uso de drogas injetáveis no Carandiru, que capitaneou.

Estas memórias ultrapassam o registro biográfico ao fazer uma reflexão sobre a prática médica, que figura nestas páginas como arte que exige humildade, estudo, empatia e habilidade para atravessar os reveses do acaso.


Leitura- Reveillon e outros dias - Rafael Gallo

 



Não dá para definir  se Gallo se trata de escritor ou de uma pessoa realizando um pequeno  exercício de escrita sem pretensões. Os contos são bons , eh verdade , mas falta algo de substancial na sua literatura e que nos toca .As vezes resvala para uma certa escrita muito rala e as outras se mostrar mais profunda . Falta a ele mais profundidade e inspiração poética e jeito de escritor


Resenha: Um senhor idoso, recém-viúvo, está em uma festa de ano-novo com seu filho surdo e mudo, que deixará o país na manhã seguinte. Prestes a perder o papel de pai, um dos últimos que lhe resta, o velho mergulha em uma profunda reflexão, buscando encontrar algum sentido na vida e na morte. Este é o ponto de partida de “Réveillon” e da jornada do leitor através das mais diversas experiências humanas, nas quais as relações do homem com seus semelhantes e seu ambiente são percebidas sob um olhar crítico e desmistificador. De um acontecimento corriqueiro, como a disputa por uma poltrona no ônibus (“O lugar de cada um”) aos momentos mais dramáticos, como o primeiro momento a sós de um casal após a moça ter sofrido um estupro (“Violentada”), o autor nos entrega um testemunho vivo de como as interações humanas podem funcionar de maneiras complexas e distintas das que aparentam na superfície. A linguagem literária é outro ponto forte do livro. Exemplos notáveis são “Balas”, narrado em primeira pessoa por um ex-presidiário, que com seu linguajar marginal e seu poder de análise nos remete a uma transposição do homem simples filósofo, de Guimarães Rosa, ao meio urbano moderno. Outro conto a ser destacado é “Espiral”, em que o amor patológico entre uma mãe e seu filho é narrado conforme o título, em movimentos circulares que se aproximam vertiginosamente de um centro de grande concentração dramática. O livro se encerra com “A lâmpada que nunca queima”, a história de um jovem que inventa o tal objeto, mas vê seus planos ruírem frente aos interesses do mercado. O leitor terminará sua jornada não com um triste niilismo, mas sim com a perspectiva de que novos caminhos sempre podem ser traçados na busca por uma existência mais plena, da qual faz parte o amor.

sábado, 10 de dezembro de 2022

Leitura - Artemages de Saramago - Leyla-Perrone Moisés

 



Excelente livro de crítica literária sobre Saramago . Vale a Leitura


No ano do centenário de José Saramago, uma das maiores críticas literárias do país compõe esta indispensável coletânea de ensaios para homenagear a obra e o legado do escritor português.“Artemages”, segundo José Saramago em Manual de pintura e caligrafia, era como as pessoas do Alentejo chamavam as artes mágicas. Único escritor de língua portuguesa a receber o Nobel de literatura, ele usava de elementos fantásticos em obras realistas para retratar a sociedade contemporânea e suas nuances e contradições.Neste livro-homenagem, Leyla Perrone-Moisés reúne textos inéditos e materiais já publicados em revistas e jornais para construir um guia para a obra de Saramago. São ensaios que abordam clássicos como Ensaio sobre a cegueira, O evangelho segundo Jesus Cristo, Memorial do convento, Todos os nomes, A caverna, entre outros, e evidenciam a magia incontestável do autor.“Ao me lançar nessa dispensável aventura de comentar seus romances, devo declarar que o faço para prolongar o prazer de sua leitura, mais do que para pretender elucidá-los”, declara a autora na introdução, unindo a admiração que guarda por Saramago à sua exímia experiência como crítica literária. Um presente ao leitor mas também ao escritor, em uma celebração terna ao seu legado incontornável.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Leitura- Mulheres - Ozamu Dazai

 


Resenha : A vida do escritor japonês Osamu Dazai foi muito conturbada. Envolveu-se com gueixas, foi expulso de casa, viciou-se em álcool e morfina, tentou o suicídio diversas vezes, acabou suicidando-se. Por causa disso, uma mangá muito famoso o transformou em ficção: Osamu Dazai é o protagonista de Bundo Stray Dogs.
Não só, porém, a conturbação é o que faz brilhar a aura do autor. Na verdade, isso é o que menos importa no fim das contas. A grandeza de Dazai está em seu mérito literário. Declínio de um homem, seu romance mais celebrado, inclusive tendo sido adaptado também para dois mangás, e publicado pela Estação Liberdade em 2015, é um sucesso absoluto. Em pouquíssimo tempo, já recebeu várias reimpressões.
Mulheres mantém a qualidade. São catorze contos, todos eles narrados por mulheres. A façanha, embora arriscada para um escritor homem, é exercida com maestria por Dazai, generoso ao deixar que sua voz seja tomada por essas vozes femininas.
Em Mulheres, uma mulher tenta justificar o roubo cometido. Mais do que isso: questiona se a sociedade deve julgá-la por aqueles pouquíssimos segundos do ato criminoso, quando ela age fora de si e contra uma mega corporação, ou por seu comportamento exemplar de toda a vida. Uma jovem escreve uma redação bela e original aos olhos de todos, embora ela mesma não ache grande coisa; querem que a publique, ela o faz a contragosto, recebe elogios, é aclamada, mas depois tentam controlar sua escrita. Ela expõe o ridículo das palavras de ordem, dos manuais, das oficinas literárias, se é que não da pretensão de superioridade dos homens sobre as mulheres.

Leitura-451 #63





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                                                FOLHA DE ROSTO

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Leitura- Bouvard e Pecuchet - Flaubert

 



Ja li 2 livros de Flaubert. Acho ele meio pedante no sentido que gosta de demonstrar seu conhecimento e erudição.  Sao tramas simples com excesso de complementos alegóricos. Para mim se assemelha a um desfile de escola de samba: muito luxo e alegorias para mostrar a estória .

Resenha : Com suas frases lapidadas exaustivamente, suas palavras precisas, o romance Bouvard e Pécuchet, do francês Gustave Flaubert, atravessou o tempo sem perder seu impacto e sua força expressiva. Publicado originalmente em 1881, permanece sendo “literalmente uma obra de vanguarda”, como dizia Roland Barthes.

A nova tradução, publicada agora pela Editora Estação Liberdade, mantendo-se fiel às edições críticas francesas, traz notas explicativas e os roteiros manuscritos que o escritor deixou para o final da primeira parte do romance, bem como para a segunda parte, como o famoso “Dicionário das idéias feitas”. Conta também com um ensaio de Guy de Maupassant, escrito por ocasião do lançamento da obra, e com uma apresentação, assinada pela especialista Stéphanie Dord-Crouslé, sobre a construção do livro e sua revolucionária estrutura narrativa.

Nesse romance, Flaubert coloca em cena dois personagens crédulos, os escreventes Bouvard e Pécuchet, que, caminhando na rua, na hora do almoço, sentam num mesmo banco de praça e acabam se tornando grandes amigos. O sonho desses dois “homenzinhos”, como o escritor a eles se referia, era conseguir largar o trabalho insano de copistas para se dedicarem aos estudos, aos altos conhecimentos, científicos ou não, do mundo.

Um dia, um deles recebe uma bela herança, suficiente para passar o resto da vida sem trabalhar em escritório. Combinam, então, trocar a vida parisiense pela vida no campo, onde poderiam se dedicar aos estudos e às experiências, procurando pôr em prática, nesse laboratório da natureza, tudo que aprenderiam nas grandes obras de referência.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Leitura- Satantango - Laszlo Krasznahorkai





Excelente livro deste hungáro. Proust , Kafka e Beckett se misturam num livro enlouquecedor. Linguagem única e muito opressiva num livro extremante marcante pela  mensagem direcionada aqueles que creem em messias , mitos , ídolos e outros "iluminados".


Ler O Tango de Satanás (1985), a obra de estreia de László Krasznahorkai, é entrar de corpo e alma numa pluviosa experiência hipnótica, e sentir que, como teia de aranha em recantos escuros, uma fina fuligem existencial se deposita na mente. Neste livro, uma pequena comunidade isolada e ao abandono na planície húngara, batida pelo vento e pela chuva incessante, confronta-se com o regresso do misterioso Irimiás – demónio ou messias, trapaceiro ou salvador da aldeia? –, que se julgava morto e que dividirá para conquistar. Dança de esperanças e fracassos, O Tango de Satanás é uma meditação sobre a crença em falsos profetas no rescaldo de utopias falhadas, os passos que damos à beira do abismo e as histórias que contamos para sobreviver e iludir. Em 1994, deu origem ao filme de culto homónimo, realizado por Béla Tarr.

László Krasznahorkai (n. 1954) é um dos maiores escritores contemporâneos, traduzido em várias línguas. «Mestre húngaro do apocalipse», segundo Susan Sontag, e «autor intenso e intransigente», segundo W. G. Sebald, estudou direito e literatura em Budapeste e foi editor nos anos 80, antes de se dedicar exclusivamente à escrita. Trocou a Hungria comunista por Berlim, em 1987, e viajou pelo Japão e pela China, nos anos 90, década em que viveu também em Nova Iorque, na casa de Allen Ginsberg – que o terá aconselhado quando escrevinhava Guerra & Guerra à mesa da cozinha. A sua obra visionária, constituída por romances, ficção breve e guiões, é um ambicioso projecto, profundamente influenciado por Kafka e Beckett, que analisa a realidade até à loucura e que, num estilo arrebatador, reflecte sobre a decadência e o homem eternamente dilacerado entre a criação e a destruição. Da sua fértil colaboração com o cineasta Béla Tarr, resultaram várias adaptações cinematográficas (O Tango de Satanás e As Harmonias de Werckmeister) e o argumento original d’O Cavalo de Turim.

sábado, 22 de outubro de 2022

Leitura- História dos Dervixes- Idries Shah

 


Resenha : Existe um gênero, dentro do imenso repertório de histórias presentes em todas as culturas e em todos os tempos, ao qual os sufis se referem como “histórias de ensinamento”. Ao longo da sua vida, Idries Shah (1924-1996) criou e coletou centenas dessas histórias, que narrou em palestras, em programas de rádio e de TV, e nas dezenas de livros que escreveu.

Histórias dos Dervixes reúne 82 histórias selecionadas por Idries Shah a partir de fontes orais e escritas - do século VII ao século XX. Shah comenta cada uma delas e apresenta, no apêndice, em ordem cronológica, autores e mestres citados neste livro.

Leitura- O livro que mudou minha vida - Varios

 

Comprei este livro principalmente pelas  resenhas de livros e seus motivos . Atendeu o objetivo.

Resenha : Livros mudam a história, marcam sociedades, promovem guinadas culturais e reviravoltas políticas. Mas, para que isso aconteça, devem primeiro mudar vidas ― vidas individuais, de gente como nós, que bem conhecemos a sensação de se deixar absorver por uma grande ideia, por uma bela narrativa, pela beleza das palavras. Nestas páginas, nomes importantes do meio intelectual e artístico brasileiro revisitam as grandes obras de suas vidas para, nesta mistura de memória e emoção, prestar um tributo à força transformadora dos livros. Para tempos como os de hoje, em que a enxurrada de informações e de telas tem um poder de distração inédito, este é mais do que um gesto do intelecto: é sobretudo um ato de resistência e uma declaração de amor.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Leitura - 451 No 62







Muito fraca esta edição da 451. Pouca ficção literária e muita ficção política. 


Resenha : 

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...