terça-feira, 28 de março de 2023

Leitura- Bandidos -Eric Hobsbawm





Claro que existem vários fatores que influenciam e geram o banditismo. Hoje se tornou uma força econômica enorme que gera empregos , tem tecnologia e usa pessoas que tem uma certa índole para conduzir negócios com atitudes violentas e fora da Lei. Uma análise bem estranha .Vale como documento acadêmico de pesquisa. Banditismo social me parece uma criação da esquerda para reforçar e validar a tese da justificativa de certos atos dos explorados economicamente . Apenas isto


Resenha : Em quase todo o mundo há relatos, narrativas orais e escritas, e músicas sobre eles. Encantadores e assustadores, os bandidos são fonte para um forte e contraditório imaginário sobre o poder, a violência e a justiça popular. Os “fora da lei” são a representação de uma recusa individual às forças sociais e à autoridade, mas ainda assim, muitas vezes, encontram na sociedade reconhecimento e proteção.

O banditismo é considerado uma das formas mais primitivas de protesto social organizado. Mas “de que modo o elemento social do banditismo, que defende os fracos contra os fortes, os pobres contra os ricos, os que buscam justiça contra o governo dos injustos, se enquadra na história política do banditismo, que faz dos bandidos homens poderosos atraídos para o universo do poder?” Esta é a pergunta central do livro, que procura definir quais fatores políticos, econômicos e sociais favorecem que a existência de alguns “fora da lei” se transforme em movimento e, em certos contextos, em verdadeira endemia. O livro Bandidos é a bibliografia básica, o ponto de partida para aqueles que se interessam por conhecer esse fenômeno a partir de um ponto de vista mais complexo que o nosso senso comum costuma estabelecer.

domingo, 26 de março de 2023

Leitura- O Livro do Travesseiro- Sei Shonagon

 Excelente livro escrito no Sex X . Fica clara toda delicadeza , a estética e a sofisticação da cultura japonesa que remonta de antes da época em que este livro foi escrito. A leveza da escrita , a descrição dos rituais e riqueza da estética definem claramente a foram do Japão entender e respeitar seu passado. Enriquecedor



RESENHA: Escrito no século X em Quioto por Sei Shônagon, dama da corte da Imperatriz, O Livro do Travesseiro é a principal obra da literatura clássica japonesa. Composto por mais de trezentos textos curtos — que podem ser lidos em sequência ou com a liberdade do acaso —, a obra compõe um verdadeiro inventário da estética e da cultura do Japão feudal, vistas pelo olhar poético de uma grande escritora. A presente edição e tradução da obra foi realizada durante mais de dez anos por um grupo de professoras da Universidade de São Paulo coordenado por Madalena Hashimoto Cordaro.

Como explicar que um livro escrito no final do século X, início do XI, por uma dama da corte a serviço de sua Imperatriz, em Quioto, numa sociedade tão diversa da nossa quanto o Japão feudal, possa tocar o leitor contemporâneo com tamanho frescor e alegria?

A resposta está no olhar extremamente aguçado de sua autora, Sei Shônagon (c. 966-1017), que conta no Ocidente com um largo número de admiradores — de Jorge Luis Borges, que traduziu parcialmente O Livro do Travesseiro para o espanhol, ao diretor inglês Peter Greenaway, que se inspirou na obra para criar o premiado filme The Pillow Book.

Com uma capacidade de produzir insights inesperados praticamente a cada página, Sei Shônagon ilumina tanto os pequenos fatos do cotidiano no Palácio Imperial, como os fenômenos da natureza, as sutis interações da vida social e a refinada trama de valores estéticos que enlaça e organiza praticamente todas as esferas da cultura.

Verdadeiro recenseamento dos costumes, práticas e mentalidades do período Heian — aquele em que se forma e sistematiza a estética propriamente japonesa —, O Livro do Travesseiro é composto por mais de trezentos textos que, lidos em sequência ou com a liberdade do acaso, compõem um inventário dos afetos, da sensibilidade e do conhecimento de uma época, filtrados pela ótica de uma escritora de talento excepcional.

Sei Shônagon, como é conhecida hoje, recebeu tal nome enquanto atuava como servidora da Consorte Imperial Teishi, esposa principal do Imperador Ichijô (980-1011, no trono desde 986 até a morte). Nascida por volta de 996, filha e neta de poetas renomados, é convocada no ano de 993 pelo Conselheiro-Mor Fujiwarano Michitaka para servir à Corte de sua filha, Teishi, em Quioto, então capital do Império. Sei Shônagon inicia então, possivelmente com 27 anos, suas atividades na Ala Feminina do Palácio Imperial, e começa a escrever os textos que comporão O Livro do Travesseiro. Conclui a obra no ano 1001. Em 1011, morre o Imperador Ichijô, e cerca de dez anos depois, nos anos 1020, Sei falece em Quioto.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Leitura- 451 No 67

 



Leitura- De sonho e de desgraça- David Butter

 


Excelente livro sobre o Carnaval Carioca. Muito mais que uma ótima pesquisa jornalístíca se trata de um livro sobre a cultura carioca e de como nossos mitos populares se formaram. Recomendo a todo carioca de coração 



Resenha : Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi também o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade até então. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil — números aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhão de habitantes.

Foi um carnaval que, por décadas, povoou as memórias próprias e emprestadas de cronistas como Nelson Rodrigues, Mário Filho, Austregésilo de Athayde, Vina Centi e Carlos Heitor Cony – que nasceu em 1926. Foi um carnaval que passou à posteridade como de liberação e de alívio, de desejo e de vingança. Foi um carnaval puxado por pessoas que haviam visto a morte de perto: se não por terem dela escapado elas mesmas, por terem presenciado, no mínimo, a agonia de amigos e parentes. No auge, na Terça-Feira Gorda, o Carnaval de 1919 levou cerca de 400 mil pessoas ao Centro do Rio de Janeiro, de acordo com a estimativa um tanto livre do jornal A Noite.

Com uma pesquisa cuidadosa e inédita, David Butter reconstrói essa história em detalhes. Não há momento mais oportuno do que este 2022 para relembrarmos aqueles dias, feitos de sonho e de desgraça, de tristeza e de esperança.

terça-feira, 7 de março de 2023

Leitura- 50 grandes idéias que voce precisa conhecer - Ben Dupré





 RESENHA : "Resistimos à invasão dos exércitos; não resistimos à invasão das ideias.”

É com essa frase do escritor francês Victor Hugo que Ben Dupré inicia este livro. Não poderia ter escolhido melhor. Afinal, as ideias constroem governos e os derrubam, criam novos comportamentos e tendências, alimentam crenças e desconstroem mitos. Nada é mais forte do que uma ideia, por mais que ela assuste ou encante. Dividido em seis grandes grupos – filosofia, religião, política, economia, artes e ciências –, este livro apresenta os conceitos básicos por trás de cada tema. Em filosofia, por exemplo, aborda diversas correntes do pensamento e alguns dos conceitos criados para dar conta dos grandes dilemas humanos. Já em religião, discute questões básicas e movimentos como o fundamentalismo e o criacionismo. A parte dedicada à política é a maior porque engloba todo tipo de movimento: do liberalismo ao racismo, do fascismo ao feminismo. Os principais movimentos artísticos, as teorias mais importantes da ciência e da economia completam as 50 grandes ideias da humanidade que você precisa conhecer.

segunda-feira, 6 de março de 2023

Leitura- Os Malaquias- Andréa Del Fuego

                                            

Excelente romance de Andréa Del Fuego. Uma escrita limpa que traduz toda estória de forma clara surpreendente e poética

RESENHA: Nova edição do primeiro romance de Andréa del Fuego, vencedor do Prêmio Literário José Saramago de 2011.“Serra Morena é íngreme, úmida e fértil. Aos pés dela vivem os Malaquias.”Após perderem os pais, os irmãos Nico, Júlia e Antônio veem-se diante de nova realidade. O mais velho, ainda criança, passa a trabalhar na fazenda de um poderoso da região; a menina, por sua beleza, é adotada e levada para outra cidade; o caçula, um garoto que não cresce, é acolhido pelas freiras do orfanato.Separados ainda na infância, os três vão seguir diferentes caminhos, a um só tempo fantásticos e reais. A escassez de água, de amor e de unidade, que acompanha a família desde o raio que a originou, torna-se abundância à medida que as páginas do livro revelam novas e extraordinárias personagens — freiras francesas, traficantes de bebês, espíritos ancestrais e pessoas que desaparecem no vapor de um bule a ferver —, entremeadas por um vale mágico, despertado pela chegada de uma hidrelétrica à cidade de Serra Morena, onde pouco a pouco os Malaquias tentam se (re)encontrar.Romance de estreia de Andréa del Fuego, Os Malaquias recebeu em 2011 uma das mais prestigiosas honrarias da literatura, o prêmio José Saramago. Um tributo fascinante à memória, à família, à vida e à humanidade de cada um de nós.“Vale a pena ler Os Malaquias para sabermos de nós próprios. Um dia, depois de tudo, se estivermos à altura da vida, cada uma das nossas histórias fará parte de uma vertigem como a que é descrita nestas páginas. Então, talvez possa haver leitores a se emocionarem, a se sobressaltarem, a se deslumbrarem, como acontece ao longo desta obra magistral de Andréa del Fuego.” — José Luís Peixoto“Os Malaquias é um romance áspero, poético, original. Voltado para a paisagem rural, a que raramente os autores contemporâneos se circunscrevem, seu perfil arcaico e trágico suscita emoções intensas.” — Nélida Piñon

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...