sábado, 6 de dezembro de 2008

A Ler - Anna karenina/Proust/Ulisses/Pamuk e Patricia Melo


RESENHA

Liév Tolstói escreveu Anna Kariênina entre 1873 e 1877. O autor nutria a idéia de fazer um relato sobre uma mulher adúltera, da alta sociedade, e, ao mesmo tempo, coletava informações para um grande romance sobre o tsar Pedro, o Grande. Durante um tempo, estes dois temas levaram vidas independentes em seu pensamento. Quando a imaginação os uniu, Anna Kariênina começou a nascer.Tolstói distribuiu ao longo do livro os temas que o inquietavam, discutidos pelos personagens: a guerra da Sérvia, a administração agrícola, o regime da propriedade da terra, a relação com os trabalhadores, a decadência da nobreza, a educação das crianças, o casamento, a religião, o serviço militar compulsório, as teorias de Spencer, Lasalle, Darwin e Schopenhauer.Estruturado em paralelismos, o livro se articula por meio de contrates: a cidade e o campo; as "duas capitais" da Rússia (Moscou e São Petersburgo); a alta sociedade e a vida dos mujiques; o intelectual e o homem prático etc.Os dois principais personagens, Liévin, um rico proprietário de terras, e Anna, uma aristocrata casada, só se encontram uma vez, em toda a longa narrativa. Mas nem por isso estão menos ligados, pois a situação de um permanece constantemente referida a situação do outro.Nesta nova tradução, Rubens Figueiredo busca preservar ao máximo os traços do original russo. A freqüente repetição das palavras e as frases longas foram mantidas em sua integridade, ao contrário do que se fez outras traduções disponíveis. Além das notas de rodapé, elaboradas pelo tradutor, este volume conta com uma árvore genealógica dos principais núcleos familiares e uma lista completa de personagens, que facilitarão muito a leitura deste grande clássico.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: ANNA KARIENINAISBN: 8575034731IDIOMA: Português.ENCADERNAÇÃO: Capa dura Formato: 16 x 23 816 págs. ANO EDIÇÃO: 2005AUTOR: Liev Tolstoi TRADUTOR: Rubens Figueiredo


RESENHA

O Bloomsday é um feriado comemorado em 16 de junho na Irlanda em homenagem ao livro “Ulisses”, de James Joyce. É o único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, excetuando-se a Bíblia. O Bloomsday é comemorado na Irlanda e pelos amantes da literatura com diversos eventos oficiais e não oficiais. Também é comemorado todos os anos em vários lugares e em várias línguas. Em comum entre os muitos dedicados entusiastas e simpatizantes envolvidos nestas comemorações há o esforço por relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens de Ulisses pelas dezenove ruas da cidade de Dublin.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: ULISSESTÍTULO ORIGINAL: ULYSSESISBN: 9788560281077IDIOMA: Português.ENCADERNAÇÃO: Brochura Formato: 15 x 23,5 908 págs. ANO EDIÇÃO: 2007AUTOR: James Joyce TRADUTOR: Bernardina da Silveira Pinheiro


RESENHA

Os sete volumes da obra 'Em busca do tempo perdido' constituem um emaranhado complexo de personagens, cenas, detalhes que reaparecerão muito depois e somente aí adquirem seu real significado, articulados pela memória que, ativada por circunstâncias fortuitas, medita livre por diferentes campos, sendo as artes (particularmente a literatura) um dos mais freqüentados. Este primeiro volume também exemplifica isso, pois Swann, um dos principais personagens, é um refinado aristocrata conhecedor de literatura, colecionador de objetos de arte e freqüente nos salões parisienses. O narrador o conheceu quando criança em Combray, cidadezinha imaginária onde ele passava as férias de Páscoa. No segundo, o narrador, já adolescente, desistindo do amor de Gilberte, filha de Swann, parte com a avó em viagem de férias para a fictícia praia de Balbec, com imaginárias ruínas antigas, em seu périplo de conhecimento da arte e de si. Assim, cada volume e todos se transformam em complexo programa de formação estética e humanística. Neste volume, Proust se dedica principalmente à narração de sua infância e adolescência.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: NO CAMINHO DE SWANNTÍTULO ORIGINAL: DU COTE DE CHEZ SWANNISBN: 8525042250IDIOMA: Português.ENCADERNAÇÃO: Brochura Formato: 16 x 23 558 págs. ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2006COLEÇÃO: EM BUSCA DO TEMPO PERDIDOANO EDIÇÃO: 2006AUTOR: Marcel Proust TRADUTOR: Mario Quintana




RESENHA

Istambul - antiga Constantinopla, sede do Império Bizantino - é uma cidade encravada no meio do grande dilema que se apresenta para a humanidade neste início de século - o encontro entre Ocidente e Oriente. A secularização promovida por Atatürk - herói nacional e fundador da Turquia moderna, em 1923 - baniu as roupas típicas, coibiu costumes milenares e transformou progressivamente o panorama local. Para Orhan Pamuk, que nasceu e passou toda a sua vida na cidade, embora os habitantes tenham cumprido as novas regras, no espírito do povo turco essa operação nunca se completou. Entre a modernização crescente e o apego ao passado, entre ter sido um império e conhecer a decadência, criou-se nos habitantes um sentimento de melancolia que permeia toda a cidade, e também este livro. Sem nunca se ater a um gênero específico, 'Istambul' é parte autobiografia, parte ensaio e parte elegia. Nele, Pamuk traça uma história afetiva de sua cidade e revela os personagens, as ruas e os becos, os grandes e os pequenos acontecimentos que definiram sua vida. O centro de tudo é o Edifício Pamuk, construção que no início da década de 50 abrigava, espalhada em seus andares, toda a família do autor. Circulando pelos corredores do edifício, o pequeno Orhan tenta dar sentido a coisas que vê, mas não entende por completo - as ausências do pai, as fotografias espalhadas pela avó, o indefectível piano que todos seus parentes têm nas casas, mas que nunca tocam. Conforme cresce, ele ganha as ruas, em longos e solitários passeios, e começa a se impregnar dessa tristeza coletiva que assombra a cidade. Mas, ao mesmo tempo em que de certo modo o oprime, Istambul fornece um repertório de imagens - as casas na beira do Bósforo, os incêndios das mansões dos paxás, as enciclopédias de curiosidades compradas em sebos - que para ele ganham enorme força simbólica, e que estarão sempre presentes em sua obra. Pamuk tira da cidade a experiência que o conduziu à arte.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: ISTAMBUL: MEMORIA E CIDADETÍTULO ORIGINAL: ISTANBUL: MEMORIES AND THE CITYISBN: 9788535910117IDIOMA: Português.ENCADERNAÇÃO: Brochura Formato: 16 x 23 408 págs. ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2003OUTRAS INFORMAÇÕES: PREMIO NOBEL DE LITERATURA 2006ANO EDIÇÃO: 2007AUTOR: Orhan Pamuk TRADUTOR: Sergio Flaksman










RESENHA

Duas paixões, é bom avisar, cultivadas de modo mais que peculiar. Como leitor, o herói de Jonas, o copromanta corrige os romances que lhe caem nas mãos, quer se trate de Dostoiévski ou Nabokov. E, no terreno da adivinhação, o herói tem seu próprio sistema, baseado no estudo compenetrado das formas do bolo fecal. Corrigir romances, decifrar fezes: meras esquisitices, até o momento em que, ao ler “Copromancia”, conto de Rubem Fonseca, Jonas chega à certeza alucinada de ter sido dolorosamente plagiado por seu ídolo. Para piorar as coisas, a realidade resolve dar uma mãozinha à obsessão, e o escritor passa a freqüentar a biblioteca, fazendo (ou talvez simulando?) pesquisas para seu próximo romance.A partir daí, o enredo mergulha numa espiral vertiginosa de perseguição e loucura. A leitura fervorosa que se transforma em suspeita de plágio (“Nunca se sabe do que um escritor é capaz”) vai aos poucos roubando a substância do herói:os livros de Rubem Fonseca seriam uma transfiguração da vida de Jonas, ou esta seria um reflexo fantasmagórico do que se passa nos livros do autor carioca? No ponto mais baixo dessa espiral, está a figura eqüina e grotesca de Zoé, que Jonas transforma em sacerdotisa da copromancia. Sumo mistério ou simples miséria? Segredos ocultos ou sordidez à mostra? Com esta fábula carioca feita de desvario e solidão,Patrícia Melo inscreve seu herói singular na galeria romanesca de pobres-diabos que é um dos veios centrais da literatura brasileira.

DADOS DO PRODUTO
TÍTULO: JONAS: O COPROMANTAISBN: 9788535912067IDIOMA: Português.ENCADERNAÇÃO: Brochura Formato: 14 x 21 176 págs. ANO EDIÇÃO: 2008AUTOR: Patricia Melo

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