terça-feira, 21 de abril de 2009

Leituras- Watchmen

Para quem gosta de graphic novell esta é muito boa. Leitura rápida para dias de frio e sem compromissos ( veja resenha no outro blog)

Recomendo também o cavaleiro das Trevas de 1987 em 4 volumes ( abaixo sinopse do volume 1 )outra excelente obra.









Título: O CAVALEIRO DAS TREVAS # 1 (Editora Abril) - Minissérie em quatro edições mensais

Autores: Frank Miller (roteiro e arte), Klaus Janson (arte-final) e Lynn Varley (cores).

Preço: Cz$ 12,00 (preço da época)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Março de 1987

Sinopse: O Retorno do Morcego - Frank Miller mostra ao mundo sua visão de Gotham City dez anos depois da aposentadoria de Batman. Mas o crime não cessou na cidade e o Morcego, mesmo com mais de 50 anos, decide voltar à ativa.

Positivo/Negativo: Esta revista que revolucionou os quadrinhos e é considerada o primeiro Elseworld (história baseada na "realidade", mas que não faz parte da continuidade por ser uma extrapolação do roteirista partindo de um "o que aconteceria se...") da DC começa mostrando o futuro sombrio na visão de Miller.

O escritor parte da idéia concebida por Bob Kane quando criou o herói: de que Bruce Wayne é apenas um disfarce vazio e o Batman é a verdadeira personalidade. A partir daí, monta a história para trabalhar com mestria esse conceito.

Após dez anos longe do manto do Morcego, Bruce se arrisca em esportes radicais, entristecido e sem saber quem realmente é. Ele só volta a sentir prazer pela vida quando o Batman reassume o controle, inclusive da narração da história.

O admirável mundo novo de Miller precisa de um Batman para combater a crescente onda de crimes gerada principalmente pelas gangues mutantes. Contudo, o herói não pode viver apenas nas sombras, como um mito, um bicho papão. A mídia televisiva acompanha todo o desenrolar do ressurgimento, fazendo uma constante discussão do que está acontecendo. Por causa dessa cobertura, o Coringa, que aparentemente tinha se acalmado depois do sumiço do Morcego, desperta.

A arte é um caso a parte. Miller estava em sua melhor forma, tanto no traço quanto na narrativa visual. Seguindo uma influência dos mangás, o autor abusa das onomatopéias e faz um traço simplista (infelizmente esta característica fica um pouco prejudicada pelo desenho do autor ser um tanto "sujo" e pela interferência do trabalho do arte-finalista Klaus Janson).

Além disso, para representar seu mundo midiático, ele se vale de uma narrativa visual entrecortada, que forma uma série de interessantes mosaicos.

Pode-se destacar como a melhor seqüência desta edição a que Batman enfrenta o Duas-Caras, sendo que a grande cena do embate é o quadro em preto-e-branco, que mostra apenas a sombra da luta.

Outra passagem relevante é a reconstituição da morte dos pais de Bruce. Infelizmente, essa seqüência influenciou negativamente os escritores que trabalharam com o Batman desde então. Aparentemente, a visão de Miller do crime ficou tão impressionante, que cada roteirista que assume uma revista ou série do Morcego sente uma necessidade quase patológica de recontar esse momento. Daí para frente, isso foi tão explorado, por tantos pontos de vista diferentes, que chega a incomodar o leitor.

Olhando esta revista nos dias atuais, num primeiro momento pode-se estranhar o fato de ela ser carregada de textos. Se a história não fosse tão intrigante, a leitura poderia ser cansativa. Felizmente, não é.

Também é fácil ver como diversos autores foram influenciados pela obra, chegando a copiar conceitos e linguagens. Um exemplo óbvio é o Spawn, de Todd McFarlane, que também seguia essa forte intercomunicação com o que se passa na televisão. Pena que a qualidade não foi copiada...

Leituras- Watchmen




Por conta do lançamento do filme meu filho comprou o livro e recomendou a leitura.




RESENHA

Watchmen’ é uma obra-prima dos quadrinhos, que conquistou lugar de destaque na história da literatura moderna. Foi eleito um dos cem melhores romances em língua inglesa pela revista Time.

Agora, os leitores podem se deliciar com o guia definitivo à essa obra notável: “Os Bastidores de Watchmen”. Neste volume de luxo, o cocriador do quadrinho, Dave Gibbons, abre seus arquivos pessoais para revelar artes raríssimas nunca antes publicadas, caracterizações originais de personagens, planejamento da obra, correspondências, conceitos descartados, rascunhos que mostram como a arte e o roteiro foram encaixados de forma tão perfeita, e muito mais. Recheado com materiais de arquivo e imagens deslumbrantes – apresentadas pelos aclamados designers Chip Kidd e Mike Essl –, “Os Bastidores de Watchmen” é, ao mesmo tempo, um fascinante livro de arte e um guia referencial para a história em quadrinhos que mudou toda uma indústria. A edição brasileira contém páginas exclusivas de notas para o leitor de língua portuguesa.


DADOS DO PRODUTO


TÍTULO: OS BASTIDORES DE WATCHMEN
TÍTULO ORIGINAL: WATCHING THE WATCHMEN
ISBN: 9788576570714
IDIOMA: Português.
ENCADERNAÇÃO: Capa dura | Formato: 21,5 x 28,5 | 280 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2009
ANO EDIÇÃO: 2009
AUTOR: Dave Gibbons
TRADUTOR: Ricardo Giassetti

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Leitura - Cidadezinhas




Descrição:

Em Cidadezinhas, John Updike retoma alguns de seus temas prediletos: a vida nos subúrbios de classe média branca do nordeste americano; a história recente dos Estados Unidos, passando do otimismo ilimitado do pós-guerra para o questionamento generalizado dos valores tradicionais do país e das instituições nacionais; e, acima de tudo, a educação sentimental de um homem que é típico representante da geração, da etnia e da classe às quais o próprio autor pertence.

As marcas registradas de Updike estão em evidência neste romance: os personagens ao mesmo tempo inteiramente verossímeis como pessoas e representantes paradigmáticos de tipos humanos; o entrelaçamento de uma trajetória individual com a história de seu país; a combinação de observação fina, humor sutil e erotismo intenso e, principalmente, a prosa refinada e impecável de um dos principais ficcionistas vivos da literatura de língua inglesa. Como observou Fay Weldon no Washington Post, "nenhum outro romancista cria universos alternativos com uma graça tão delicada, recriando os cheiros e texturas de outros lugares, outras pessoas, outras épocas, traçando a lembrança do desejo sexual com um prazer tão melancólico, conferindo importância ao que é cotidiano e comum".

Tradução Paulo Henriques Britto

AUTOR

John Updike

Nasceu em 1932, na Pensilvânia. Formou-se em Harvard em 1954 e, em seguida, passou um ano estudando belas-artes na Inglaterra. De 1955 a 1957 fez parte da equipe da revista New Yorker, para a qual até hoje contribui com poemas, contos, ensaios e resenhas. Autor de ensaios literários, poesia e ficção, já recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Pulitzer e o National Book Award.


Leitura -O africano



Concluída leitura do Africano chegamos a conclusão que Le Clezio se trata de excelente escritor.

Fica a impressão da leitura deste livro de um que de " Coração nas Trevas " obra-prima de Joseph Conrad , neste a eterna procura por um Kurtz sempre distante e enigmático num clima opressor.
Este a eterna lembrança do pai que só aparece em imagens da criança .Nunca real nem em fotos.Um Pai imaginário que é o que no fundo temos .Nunca o pai real que existiu. O que somos nós senão soma de imagens formadas pelos outros?







Marlow é um experiente marinheiro que numa barcaça fundeada no Rio Tamisa, encontra-se a contar algumas histórias das suas aventuras noutras paragens. Isto quando um dos seus companheiros se refere ao negrume das nuvens que ameaçam chuva. Este é o ponto de partida da história de Marlow sobre o seu desejo em percorrer um certo rio africano (depreendo que fosse o Alto Nilo) e como teve por missão ir buscar um chefe de posto chamado Kurtz, do qual todos falavam com enorme respeito e até admiração.

A história inicia-se com a confissão de Marlow em percorrer o Mundo e principalmente o tal rio africano que desde muito cedo o maravilhou. Por essa razão, e quando soube que uma companhia marítima necessitava de um comandante de um vapor, moveu influências (coisa que nunca tinha feito) para ocupar o lugar. E conseguiu!

Marlow chega à desejada delegação da companhia tomando conhecimento que o barco a vapor se encontra meio afundado no rio, e que o seu anterior comandante fora morto por uma tribo. No entanto, estas situações não demovem Marlow para o cumprimento do cargo para o qual foi contratado: comandante do vapor. Arranja forma de o arrancar ao rio e proceder às reparações necessárias para o colocar de novo navegável. È aqui que nos é ilustrada a oposição entre o espírito de Marlow que (des)espera pacientemente pelos necessários parafusos para arranjo do casco e o espirito dos outros membros da companhia que não fazem nada para além de tricas e invejas politicas para agradar ao administrador. O administrador, pessoa medíocre e que alimenta as tricas e politicas da delegação onde aspirantes se tentam pisar uns aos outros para subir mais um degrau, quer enviar uma missão de salvamento a um chefe de posto de seu nome Kurtz.

O Sr. Kurtz é tido como uma pessoa brilhante e é o chefe de posto que mais marfim consegue enviar para a delegação. Kurtz era para vir com o resto dos auxiliares e com o último carregamento de marfim daquele posto pois estava doente, no entanto por alguma razão desconhecida e já a caminho da delegação voltou atrás e permaneceu no posto. O administrador bem como toda a gente refere maravilhas acerca deste Sr. Kurtz como homem de superior qualidade e de dons oratórios fantásticos. Quando o vapor fica concertado, Marlow, o administrador e mais uns membros da companhia juntamente com alguns membros de uma tribo partem em busca do posto e do Sr. Kurtz. O que encontram é um homem debilitado, ligado às tribos, possuído pelo espirito da selva e que morre no vapor confiando a Marlow o seu tesouro (uma quantidade de documentos sobre a sua chefia do posto, bem como pensamentos sobre as raças e colonialismo).

O tema principal será a busca de algo que é espiritual e que os restantes membros da tripulação na sua vidinha não parecem ter capacidade para “tocar”. No entanto, Marlow desde o primeiro momento é enfeitiçado pelo espírito selvagem africano. Tratar-se-á de uma critica ao Império britânico e nomeadamente à sua politica de colonialismo virada para arrecadar bens matérias sem dar o devido apreço pelas gentes, cultura e mundo africano.Trata-se de um livro complexo (penso que a tradução também deixa muito a desejar: Biblioteca Visão) apesar de pequeno, onde se exige uma grande concentração do leitor. Um tanto ou quanto confuso e que não deixa na boca nenhum trago…nem doce, nem amargo.

Só para apreciadores…

Sobre o Autor:

Joseph Conrad (1857-1924)

Nasceu na Ucrânia, filho de pais polacos, tinha como verdadeiro nome Jósef Konrad Walecz Kozeniowski. O pai um nacionalista polaco foi desterrado para a Ucrânia sendo a razão porque Conrad nasceu nesse país. Ficou órfão aos 11 anos de idade ficando sob a tutela do seu tio. Em 1874 decidiu partir para Marselha e alistar-se na Marinha. Em 1886 tornou-se cidadão britânico, 4 anos depois abandonou a Marinha para se dedicar à escrita. Foi um grande romancista britânico que se inspirou em muitas das suas viagens marítimas, a maioria no Oriente sendo um critico do colonialismo. Morreu em 1924 em Kent.

Algumas obras mais conhecidas: Histórias Inquietas (1898); Lord Jim (1900); O coração das trevas (1902); Tufão (1903); Acaso (1913)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Leitura- O menino do Pijama listrado

Concluída a leitura algumas considerações:

Não convence a tentativa de passar a imagem de um criança de 9 anos contando a história . Trata-se literatura de baixa qualidade no diálogos e imagens.
Literatura típica do sec xx1 :rasteira , mal escrita , rápida e feita pensando num filme.
Recomendo ao Sr John Boyne ler Manuelzão e Minguilim de Guimarães Rosa para aprender escrever como se fosse criança e também como se fosse um velho. Antes de tudo deve-se brilhante que é o que o Sr Boyne não é.
Como este sujeito venceu o Irish awards James Joyce deve estar "rolando na tumba"




RESENHA

A primeira novela deste volume, "Campo Geral", é sobre a infância de um menino da roça, com suas descobertas do mundo e da vida. A segunda, "Uma estória de amor", fala da velhice de um vaqueiro que sempre andou largado pelo mundo e começa a sentir, aos sessenta anos, a saudade da estabilidade doméstica que nunca teve. Sobre esses dois temas, Guimarães Rosa tece uma teia de narrativas, de casos, de histórias do Campo Geral e dos boiadeiros, com a linguagem que lhe é peculiar, é que levou Cavalcanto Proença a considerar este volume como "o mais elaborado dos que compõem até agora a obra de João Guimarães Rosa". Os episódios sucedem-se dentro de uma poderosa lógica narrativa que se vai revelando a cada leitura - porque Guimarães Rosa é um autor para ser lido e relido, degustado, apreciado, descoberto.


DADOS DO PRODUTO


TÍTULO: MANUELZAO E MIGUILIM
ISBN: 8520911773
IDIOMA: Português.
ENCADERNAÇÃO: Brochura | Formato: 14 x 21 | 266 págs.
COLEÇÃO: CORPO DE BAILE
ANO EDIÇÃO: 2001
AUTOR: Joao Guimaraes Rosa











Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...