terça-feira, 24 de março de 2020

Leitura- A Marcha da Morte


Este livro foi recomendado pois eh um depoimento acerca do sofrimento dos judeus da Bessarábia quando da invasão nazista . Conta com riqueza de detalhes as atrocidades cometidas por alemães e romenos contra milhares de judeus . Inimaginável saber que o ser humano eh capaz de tanta baixeza e sordidez. Não ha preço que pague o que fizeram. O ser humano eh capaz de tudo .Ate de atos que menosprezam a raça humana


Resenha: Michael Stivelman é um homem realizado. Em todos os sentidos: no plano pessoal e profissional, mas sobretudo, no plano humano. A certa altura da vida, olhando a estrada percorrida, ele se sentiu obrigado a dar o testemunho do que viveu e presenciou. Um testemunho pungente, comum a toda uma geração de judeus da Europa oriental que enfrentou o dramático desafio do holocausto.
Era jovem então. Teria direito a todas as ilusões da mocidade — como qualquer jovem de qualquer época. O horror da guerra interrompeu sonhos e esperanças. Dizer que sua terra natal —a Romênia — foi um campo de batalha não é metáfora. Foi uma cruel realidade, mais estúpida do que a a própria guerra, marcada pela violência de russos e alemães, que alternadamente espalharam o terror nas cidades e nos campos, dizimando famílias inteiras.
Neste livro, Stivelman nos dá conta dessa brutalidade. Discriminados duplamente, por serem judeus e romenos, os Stivelman viveram êxodo particular através das planícies geladas, sofrendo toda a espécie de injustiças e privações. Andando de um lado para o outro, ora sob o tacão das botas nazistas, ora sob a mira das armas dos fascistas romenos, eles não podiam compreender o que estava se passando com eles mesmos e com seus irmãos de origem e destino.
Um dia, o pai foi chamado pelos responsáveis daquela marcha absurda. Aparentemente para fazer algum serviço pesado. Nunca mais retornou. Traído por Alex, seu maior amigo de sua infância, Michael assumiu a responsabilidade de proteger a mãe, alquebrada pela doença e pelo desespero.
Temos, assim, uma história cheia de lances comovedores, em que a bestialidade da guerra não conseguiu apagar a solidariedade que aquece e vivifica o coração do homem.
(...) Ao mesmo tempo em que conta a saga que viveu ao lado de sua mãe doente, Stivelman insere valiosas pontuações históricas e geográficas para dar aos leitores o background da região e da época que serviram de cenário ao drama.

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