domingo, 27 de dezembro de 2020

Leitura -Austerlitz

 


3o livro que leio de Sebald,.Para mim um dos melhores escritores contemporâneos. Sua prosa lembra Proust e nos faz viajar em suas estórias como se contadas por um amigo. próximo. Excelente

Resenha: O professor de história da arquitetura Jacques Austerlitz explora a estação ferroviária de Liverpool Street, em Londres, coletando material para pesquisas, quando é tomado por uma visão que talvez o ajude a explicar não a “arquitetura da era capitalista”, mas o sentimento incômodo de ter vivido uma vida alheia. A partir dessa experiência, suas andanças pelas ilhas britânicas e pelo continente europeu, sua mania fotográfica e sua memória minuciosa ganham ímpeto bem mais que acadêmico: Austerlitz passa a reconstruir sua própria biografia.
Para cumprir a tarefa — ou seu destino —, o herói do romance terá de ir e vir entre várias décadas, muitos países e os cenários mais díspares: um lar protestante no interior de Gales, um internato britânico, uma biblioteca em Paris, fortificações, palácios, campos de concentração, monumentos e banheiros públicos.
No fim da viagem — que converterá a biografia mais íntima do professor em cifra da história européia no século XX —, está o momento em que tudo começou, com outros nomes, em outra língua, em outra estação ferroviária, quando os horrores da Segunda Guerra começavam a se anunciar.
Explorando temas como a perda, o desolamento e a inquietude mental, e misturando gêneros como as memórias, a história e a literatura de viagem, a prosa de Sebald foi saudada no mundo todo por desafiar os limites da ficção. Como em seus outros romances, o texto de Austerlitz é costurado por fotografias às vezes enigmáticas: objetos, cartões-postais e lugares não identificados não são meras ilustrações da história — por meio delas, o autor parece sugerir algo mais.
Publicado em 2001 e inédito em português, Austerlitz é a estréia de Sebald na Companhia das Letras, que lançará Vertigem(1990), Os emigrantes (1992), Os anéis de Saturno (1995) e Sobre a história natural da destruição (2003).

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