quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Leitura- Os emigrantes

Excelente este 2o livro de Sebald que leio. Sua literatura nos leva a viagens internas, para paisagens exóticas , de conhecimento da aventura e vida humana. Vidas como as nossas mas com aspectos de profundo estranhamento e dor .No fundo somos todos emigrantes 

 Resenha: Publicado originalmente em 1992, e lançado pela primeira vez no Brasil em 2002, Os emigrantes ganha agora nova tradução. O livro que trouxe renome internacional a W. G. Sebald está dividido em quatro partes, cada uma centrada num personagem que em algum momento cruzou a vida do narrador.
Todas as trajetórias reconstituídas foram em alguma medida transtornadas pela história contemporânea da Europa, em especial pela Segunda Guerra e pelo Holocausto. O dr. Henry Selwyn é um ex-cirurgião que termina seus dias cuidando de plantas e cavalos no interior da Inglaterra. O professor Paul Bereyter retorna a sua cidadezinha alemã, onde foi discriminado durante o nazismo. Ambros Adelwarth encerrou-se voluntariamente numa clínica psiquiátrica nos Estados Unidos, depois de ter trabalhado como pajem e companheiro de viagem de um jovem milionário. Por fim, o pintor alemão Max Ferber dá ao narrador o manuscrito memorialístico que sua mãe escreveu antes de ser deportada para um campo de extermínio.
Simulando um trabalho de investigação biográfica de seus personagens, o narrador revela a contrapelo suas próprias andanças e desajuste com o mundo contemporâneo. Reforçam a sensação de estranheza e melancolia as imagens que, num procedimento característico, o autor espalha ao longo do texto.
Obra de fôlego e originalidade exemplares, Os emigrantes eleva a um patamar de grande literatura a obsessão de Sebald com a reconstrução da memória individual e coletiva de nossa época.

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