quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Leitura-=- Balada da praia dos Cães




Um bom livro mas escrito no português de Portugal que as vezes dificulta a compreensão de certas passagens .Cheios de referencias gírias e fatos da época também trazem uma dificuldade adicional. Porém é uma forma altamente criativa de se escrever um romance de suspense policial.

Resenha:
Um romance considerado um marco na história da literatura policial e um fascinante estudo sobre o medo.

Dois presos políticos, o major Dantas C., 46 anos, casado, e o arquiteto Fontenova, 25 anos, conseguem fugir da cadeia militar onde aguardavam julgamento por conspiração revolucionária. Na fuga, colaboram um jovem cabo que prestava serviço no presídio e a amante do major, Mena, ex-estudante universitária. Assim começa Balada da praia dos cães, trazendo uma impressionante história de assassinato baseada em fatos reais e sob o comando de uma figura carismática, o major Dantas C.
O livro foi realizado a partir do relato do homem acusado como coautor do crime e de relatórios policiais, o que proporciona ao leitor uma sensação de proximidade e verossimilhança muito forte.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Leitura- Quando fui mortal

Razoável este livro de contos de Javier. São muit9o criativos , alguns muito bons .Mas no geral o livro  não me agradou .Sei que tem outros melhores


Resenha:


Javier Marías foi vizinho de Vladimir Nabokov nos Estados Unidos. Como o espanhol tinha um ano de idade, entretanto, e foi para lá com o pai, que dava aulas numa universidade americana, não consta que tenha sido influenciado por conversas com o russo expatriado - tampouco visitado por seu fantasma.

Essa história, verdadeira, não está em "Quando Fui Mortal", mas bem que poderia. O que não falta nos doze contos do livro são encontros inesperados cujos desdobramentos são ainda mais surpreendentes. As vidas sobre as quais Marías se debruça e observa, seja como fantasma, seja como mortal, são repletas de pequenos episódios aparentemente desimportantes, mas que na verdade se mostram cheios de encantamento e possibilidades.
Como o fantasma do conto que dá título ao livro, Marías paira sobre seus protagonistas, observados com uma ironia que quase disfarça o olhar carinhoso, revisitando acontecimentos e diálogos e conferindo a eles, assim, mais sentido e vigor. Há muitos mortos no livro, evidentemente, mas o fundamental para o autor não é a morte: é a vida, particularmente a vida pequena e cotidiana.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Leitura- Leão de Chácara

 João Antônio eh dos escritores que junto com Simas e em escala menos João do Rio tratam dos excluídos da sociedade ;Aqueles que vivem a margem porém são a maior parcela da população .Poucos representados encontram em João Antônio uma forma de mostrar como sobreviver e sua existência em eterna luta pela vida  

Resenha :Nos contos de 'Leão de chácara', João Antônio, vai buscar os seus personagens no meio do povo humílimo das grandes capitais (São Paulo e Rio de Janeiro), entre a arraia miúda que aprende a viver nos embates, trancos e barrancos da rua, postos à margem da ordem social, que suportam ou enfrentam de acordo com as circunstâncias. Segundo o autor, as narrativas são sumarentas de vida e porejantes de verdade humana, não aparecem protagonistas marcados por traços pitorescos que os transformem em coloridas figuras do folclore urbano - pelo contrário - são o retrato veraz das camadas sociais a que pertencem, estão recortados com total fidelidade e na plenitude de suas grandezas e misérias.

Leitura- Os poroes da Contra-Venção

 


Excelente livro -reportagem sobre a ligação entre a Ditadura e a violência do Barões da Contravenção. A leitura nos traz algumas lições : 1o Ditaduras ou governos de Direita minam de forma consistente os valores do Democracia pois se baseiam em táticas militares de comando e obediência .2o Os profissionais empregados nestes tipos de governos no momento que o governo eh substituído por algo mais democráticos migram para funções similares onde tem oportunidade de empregar o que tem expertise: violência , conspiração e práticas antidemocráticas. 3o Temos que evoluir muito nossa Democracia ainda impregnada destes elementos , de representantes de evangélicos xiitas e de clãs de famílias e de grupos de pressão , que em ultima analise são os que mantem o poder junto com a casta do Judiciário

Resenha:

Este livro-reportagem é daqueles raros que esgota – destrincha até não sobrar dúvida – o assunto a que se dedica: a histórica e macabra sociedade entre jogo do bicho e ditadura militar. Seus personagens principais, Anísio, o “papai” da Beija-Flor, Castor de Andrade, o benfeitor da Mocidade Independente, e Capitão Guimarães, militar e torturador dos calabouços da ditadura, cresceram e apareceram (não sem muito sangue) no ambiente terrivelmente favorável dessa parceria.

Neste Os porões da contravenção, Aloy Jupiara e Chico Otavio recriam a fauna de terror em que os bicheiros foram buscar os braços que lhes garantiriam segurança, território e organização. E vão muito além de escancarar – o que por si só já representaria um marco jornalístico – as manobras por meio das quais o regime não apenas protegeu, mas permitiu e mesmo estimulou, o desenvolvimento sustentável do crime organizado no Rio de Janeiro e, logo, no Brasil.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Leitura- 451-No 42 Fev 2021

 

Artigo de PPP sobre Fran Leibowitz muito bom o de Epalanga também nos diz muito sobre a brasilidade e o negacionismo. Gostei muito do artigo resenha de Leão Serra sobre jornalismo e escrita Rashomon, excelente. Fantástica a entrevista com Alberto  Manguel , fiquei com vontade de ler seus livros e gostei da resenha do livro de Mishima -que para mim eh dos maiores escritores- VIDA a Venda. A Cruzada das crianças também me interessou . Já li e tenho O que eh arte de Danto e os quadrinhos Os donos da Terra me atraiu.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Leitura -451 No 41 -Jan 2021

 

Resenha :

A resenha dos livros do Coetzee me interessaram bastante . A do Bazar de Alain Mabanckou também me pareceu ótimo livro. Os mangas de Shintaro com certeza comprarei. A entrevista do Raduan me pareceu mais um trabalho dos entrevistadores que do próprio Raduan que pouco fala. Como estatístico gostei muito do Mapa da Enfermidade sobre coleta de dados de doenças epidêmicas  .Os artigos da Monica , Kalaf , Djaimilia e PPP excelentes

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Leitura -Arruaças




A tentativa de criar uma Filosofia carregada de brasilidade e fruto do que temos de melhor anima a leitura do livro. Como diz Simas : "Não gosto do Brasil, gosto da Brasilidade". Resgatar a "Alma Brasileira ! de Vila eh o que nosso amigos pretender neste livro carregado de esperança. O Brasil ainda tem uma chance

Resenha : 

A filosofia popular brasileira está nas ruas, nas experiências cotidianas e ancestrais, nos conhecimentos herdados e aprendidos nas encruzilhadas, nos terreiros e nos feitiços, na ginga dos malandros, nas veredas dos vaqueiros, nas saias das pomba-giras. Saberes que vão tomando o seu espaço, desafiando os conceitos de uma história única e linear e se impondo frente a um conhecimento hegemônico e limitador.


Trata-se, portanto, de uma ativa proposta contra a colonização dos pensamentos e das ideias o que esses três pensadores e professores brasileiros apresentam em Arruaças, um livro povoado de histórias, aprendizagens e encantamentos.

Arruaças nos convida a conhecer a filosofia de boiadeiros, Marias Mulambos, Marias Navalhas, Estamiras, malandros, Zé Pelintras, Pomba¬giras, geraldinos e arquibaldos, pretas e pretos velhos. Do samba macumbado de Clementina de Jesus à filosofia queer de Joãozinho da Gomeia, reconhecemos o cumba como filósofo da linguagem, Tranca-Rua como filósofo das ruas, Mestre Pastinha como o filósofo negro da capoeira – sim, a capoeira é uma filosofia! Por suas páginas desvelamos conceitos tão caros ao nosso pensamento, como a encrenca das prostitutas polacas, ou reconhecemos a filosofia política de Tupinambá e Tibiriçá.

Mas Arruaças não é apenas um livro de filosofia, é um livro maior. É palavra que inscreve a legitimidade de nosso pensamento, porque, como diria o outro (Deleuze), há coisas que dão a pensar mais que a própria filosofia. Na encantaria ou na roda de men
tira em Madureira, nos encontros improváveis entre Kafka e Exu, Madame Satã e Espinosa, o pensamento, a filosofia popular brasileira, vai se desvelando a cada linha, com seus fazeres e sabenças, é Ogum Beira¬-Mar com sua guia de sereia tentando debelar o quebranto colonial.


"Arruaça é também uma guerra em que os modos populares têm, como tática, artimanhas não convencionais. O Brasil das sinhás, sinhôs e de toda carga imantada por eles é aquele que precisa ser rasurado pela brasilidade dos viventes que para aqui se bandearam. Seja nas matas, praias, esquinas, rodas, improvisos, várzeas e recantos onde tocam-se tambores, há inúmeras formas de ir ao campo de batalha. Riscando pólvora na rua, botando o corpo na praça ou se emaranhando nos buracos desse chão, existe um infinito repertório de fazeres que nutrem a existência da brasilidade."

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Leitura- Pedrinhas Miúdas

 



Mais um ótimo livro do Simas que busca construir a história dos excluídos  dos negros forçados a uma diáspora e de todos  aqueles não reconhecidos pelo Estado nem pelo Status quo que foram de certa forma segregados de tudo neste País .Reescrever toda nossa história se torna fundamental para recriarmos nossa IDENTIDADE que eh única no mundo . Da mesma forma construir a visão filosófica deste grupo elevando a mesma aos níveis dos mais importantes filósofos da humanidade. Algumas estórias e resenhas se repetem em seus livros .


 Resenha : Em  seu novo livro, Luiz Antonio Simas recolhe as pedrinhas miudinhas brasileiras em 41 ensaios. Do samba ao forró, de Noel a Jackson do Pandeiro, entre caboclos e políticos, o historiador lembra de onde viemos e dá boas ideias para onde irmos. De preferência para bem longe dos descolados e da mania modernizadora de “profanar o sagrado e tornar provisório o que já transcendeu a esse próprio tempo”. O fio condutor dos diversos temas não podia ser outro: as raízes da cultura sacro-africana, mais do que herança, “fonte inesgotável de saber e encantamento”, como destaca Nei Lopes em seu prefácio.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Leitura- Juca Paranhos 0O Barão do Rio Branco

 


Excelente esta biografia do Barão do Rio Branco .Como brasileiro eh importante entender o  Barão na construção do Brasil e na imagem do  brasileiro. Sua formação ajudou a criar uma estratégia de diplomacia importante para o Pais e que evitou derramamento inútil de sangue. Talvez um dos diplomatas mais importantes do século  xxviii e xxix

Resenha:

Nesta biografia do barão do Rio Branco, Luís Cláudio Villafañe G. Santos se contrapõe à visão convencional de Paranhos Júnior como intelectual distante, absorto em seus infindáveis estudos históricos. Aqui, a complexa e muitas vezes controversa trajetória pessoal do Barão — que buscou ativamente e com grande empenho reforçar a própria posição na diplomacia e na política — é apresentada dentro do contexto das grandes transformações vividas pelo Brasil e pelo mundo entre a segunda metade do século XIX e o início do XX.


“O barão do Rio Branco de nossa admiração não esconde o amante egoísta, o vaidoso que alimentava a claque de seu teatro pessoal, o centralizador que desmerecia a ajuda dos colaboradores, o sedento de glória, o glutão e o esbanjador para quem todo dinheiro era pouco. Reexaminando o muito que se escreveu sobre o barão, assim como a sua correspondência ativa e passiva, e lendo, dia a dia, linha a linha, o que, na época, estampavam os jornais, Luís Cláudio Villafañe G. Santos trouxe para a nossa companhia um Rio Branco confiante no forte saber que lhe moldava os argumentos e as ações. E tão bem contada é a sua vida e tão nítidos os retratos, que ele sai deste livro, nos toma pelo braço e nos convida para jantar no Hotel dos Estrangeiros.” — Alberto da Costa e Silva

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...