sexta-feira, 24 de junho de 2022

Leitura- O Preço da Desonra- Hiroshi Hirata

 




Resenha :Hiroshi Hirata, alardeado no Japão como um dos maiores autores de histórias de samurai, se não o maior, finalmente chega ao Brasil! A simples menção da palavra “samurai” basta para evocar o espírito do guerreiro, seguida por substantivos que parecem estar diretamente conectados a ela, como honra, bravura e perseverança. E, apesar de o samurai ser um combatente perfeito, protegido por sua armadura e com espada em punho, destaque em histórias de heroísmo e com a existência baseada num resoluto código de conduta, há um lado obscuro que envolve esses guerreiros e desafia tudo o que pensávamos saber sobre eles! Em um determinado período do xogunato no Japão, as lutas travadas nos territórios em conflito começaram a ser negociadas e ganharam contornos econômicos, quando honra, tradição e glória foram substituídas pelo comércio puro e simples. Por meio de uma barganha firmada após o resultado de um combate de espadas, o derrotado podia manter a cabeça sobre o pescoço... Desde que pagasse a quantia certa para tanto! Em O Preço da Desonra, Hiroshi Hirata explora essa questão em sete histórias ao mesmo tempo fascinantes e cruéis, capazes de transformar nossas percepções a respeito da mítica figura do samurai, e apresenta um dos seus maiores personagens, o tomador de promissórias Hanshiro. Um clássico gekigá dos anos 1970 revigorado para o formato luxuoso típico da editora Pipoca & Nanquim, com 396 páginas, sobrecapa com verniz de alto relevo e marcador de páginas exclusivo.


Leitura- Na Mesa do Lobo- Rosella Postorino

 


Talvez por ser best-seller este livro eh tão ruim. O gosto da maioria das pessoas eh medíocre como não poderia deixar de ser. Um livro vazio que nada acrescenta a estória real das provadoras

Resenha :

Best-seller internacional, inspirado na história de Margot Wölk e de outras mulheres obrigadas a provarem a comida antes que os grandes oficiais nazistas (e o próprio Hitler) a comessem “Chamavam-na de Wolfsschanze, Toca do Lobo. Lobo era o seu apelido. Ingênua como a Chapezinho Vermelho, vim parar na sua barriga. Uma legião de caçadores procuravam pelo Führer. Se o tivessem em mãos, acabariam comigo também.” Alemanha, 1943: Os pais de Rosa Sauer, uma jovem de 26 anos, se foram. Seu marido Gregor está longe de casa, lutando pelo Reich na linha de frente da Segunda Guerra Mundial. Pobre e sozinha, ela toma a difícil decisão de deixar Berlim, cidade devastada pela guerra, para morar com seus sogros no campo, pensando que lá encontraria refúgio. Mas, uma manhã, Rosa é procurada pela SS, a polícia militar do regime nazista: ela fora recrutada para ser uma das provadoras de comida de Hitler. Três vezes por dia, ela e outras mulheres são levadas à Toca do Lobo, o bunker do Führer, para experimentar suas refeições – potencialmente envenenadas. Forçadas a comer o que pode até mesmo matá-las, as provadoras começam a se dividir em aquelas leais a Hitler e mulheres que, como Rosa, insistem não serem nazistas... mesmo que arrisquem sua sobrevivência todos os dias pela vida do Führer.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Leitura- Tudo é Rio

 



Excelente escritora . Livro que lembra Nelson Rodrigues devido a tramas porém com escrita mais poética e refinada . Esperemos que nao seja a escritora de um único livro

Resenha : Tudo é rio é o livro de estreia de Carla Madeira. Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “Tudo é rio é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.”

A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Leitura- Quando deixamos de entender o Mundo - Benjamin Labatut

 





Excelente livro. Lembra o estilo de Sebald com seu maravilhoso " Os anéis de Saturno" . 

Resenha: Em 2012, o matemático japonês Shinichi Mochizuki publicou artigos provando uma das mais importantes conjecturas da teoria dos números. Quando sua prova foi considerada impossível de entender pelos maiores especialistas da área, Mochizuki terminou por se excluir da sociedade, evocando o autoexílio de outro matemático, o lendário Alexander Grothendieck. Haveria alguma conexão enigmática entre esses dois homens?

Esse é o ponto de partida de "O coração do coração", uma das narrativas que o chileno Benjamín Labatut reuniu neste livro que o tornaria uma sensação mundial. Elementos parecidos figuram nos outros textos: cientistas tão geniais quanto atormentados perseguem suas ambições ao custo da saúde física e mental, enquanto os desdobramentos pessoais e históricos de suas descobertas atravessam o tempo e o espaço.

Baseando-se em biografias e teorias reais, mas recorrendo à ficção para produzir efeitos estéticos e associações de ideias, o autor explora em seus relatos o entrelaçamento entre a vida íntima e o desbravamento científico. Com um estilo em que ouvimos ecos de W. G. Sebald e Roberto Bolaño, o leitor pode sentir que está diante da montagem hábil de "um quebra-cabeça cuja tampa se perdeu" — para aproveitar a metáfora com que Labatut descreve o jovem Heisenberg brincando com as matrizes que o levarão a for mular a mecânica quântica.

Protagonizado não somente por cientistas famosos como Einstein e Schrödinger, mas também por figuras menos conhecidas e igualmente fascinantes, o livro é uma investigação literária sobre homens que atingiram o "ponto de não retorno" do pensamento e nos revelaram em alguma medida o "núcleo escuro no centro das coisas".

sábado, 18 de junho de 2022

Leitura- Uma longa e estranha viagem- Tony Horwitz

 

Gostei do livro: Importante conhecer além da história americana um pouco de sua formação e de entender sua cultura e valores. Recomendo


Resenha: 

O jornalista ganhador do Prêmio Pulitzer, Tony Horwitz, apresenta neste livro o que pode ser descrito como um guia para os desbravadores da história do século perdido, aquele entre a primeira viagem de Cristóvão Colombo e a fundação de Jamestown, nos Estados Unidos, em 1607. Determinado a desvendar os mistérios dessa época, o autor embarca em uma aventura seguindo os passos dos europeus que precederam os peregrinos na América. Nesta combinação de romance e diário de viagem, narrados com muito humor, ele explora o vão entre o que conhecemos e aquilo que foi esquecido, redescobrindo façanhas notáveis de vikings, conquistadores e viajantes franceses. Horwitz escreveu também Latitudes azuis – Incursões audaciosas por onde passou o capitão Cook, lançado no Brasil pela Editora Rocco.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Leitura - 451 no # 58

 

Excelente este numero; Muitas boas resenhas e artigos. Acabei comorando "Quando deixamos de entender o mundo " e Sobrevidas .Vou comprar SAMARCANDA de Maalouf


Indice do No 58

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Leitura- Sobrevidas - Abdulrazak Gurnah


 

Excelente livro. No estilo de romances históricos tipo o Tempo e o Vento mostra a história da Tanzânia misturada com as vida de pessoas simples recortada pela forte cultura islâmica. Recomendo 



Do vencedor do prêmio Nobel de literatura, um romance arrebatador que tem como pano de fundo os efeitos brutais do colonialismo na África Oriental.

Deutsch-Ostafrika, início do século XX. Os colonizadores avançam violentamente pela África, dizimando povos e impondo regras e costumes. No litoral do oceano Índico, Khalifa e Asha estão tentando ter o primeiro filho e logo conhecem Ilyas, que chega à cidade para trabalhar. Ainda menino, ele fora raptado por um askari das tropas coloniais e anos depois descobre que os pais morreram e que sua irmã, Afiya, está vivendo em condições deploráveis. Já Hamza chega em busca de emprego e segurança e lá acaba se apaixonando por Afiya. Num período de lembranças traumáticas, ele integrara a Schutztruppe, lutando contra o próprio povo ao lado dos colonizadores.

Neste romance magistral, Abdulrazak Gurnah joga luz sobre as consequências devastadoras da opressão e do colonialismo sobre todo um continente. Enquanto os personagens vivem, trabalham e se apaixonam, pairam sobre eles o fantasma da guerra e a possibilidade de que novos combates arrasem a vida de todos mais uma vez.

“Um relato compassivo do que há de incomum nas vidas comuns, Sobrevidas combina uma narrativa apaixonante com uma prosa cuja rara precisão emocional confirma o lugar de Gurnah entre os mais destacados estilistas da literatura inglesa contemporânea.” — Evening Standard"

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...