sábado, 29 de maio de 2010

Leituras -Cronicas de Bustos Domecq



Borges e Casares são dois gozadores natos na "pele" de Bustos .

Este alter ego os liberta para fazer suas criticas a críticos literários e aos argentinos de modo geral .Um livro engraçado , as vezes fantástico mas escrito de forma primorosa.


Resenha

"Crônicas de Bustos Domecq / Novos contos de Bustos Domecq", da dupla Borges e Casares, em tradução atenta de Maria Paula Gurgel Ribeiro e com um prefácio iluminador de Davi Arrigucci Jr., irá necessariamente surpreender os seus leitores. E os motivos são vários. As crônicas de Bustos Domecq são peças satíricas cujo alvo é a intelligentsia argentina da época, de acadêmicos a políticos, passando por artistas das mais variadas linguagens, além de alguns personagens internacionais do mesmo tipo. Se lidas por um argentino apresentam um sabor peculiar, pela possibilidade de reconhecimento dos personagens originais, sua leitura fora dos contextos temporal e local adquire um sabor mais plenamente literário, pois tais personagens se transformam em tipos de certo modo universais e atemporais, como o literato afetado, o acadêmico palavroso, o político pomposo, o artista narcísico etc., sem falar de várias questões, comportamentos e crenças modernas e/ou modernistas, que com alguma variação estiveram também em voga no Brasil, e são igualmente satirizados, às vezes de forma feroz, e sempre com um humor tão inteligente quanto cortante.

sábado, 15 de maio de 2010

Leitura - Khadji- Murat


Mais um clássico russo na lista de leituras.

Excelente livro.Literatura de alto nível escrita por um génio.Leitura que flui de forma leve e que torna a guerra um pouco romântica pelo pacifismo de Tolstoi mas que ao fim mostra seu horror.


Como outros excelente escritores clássicos russos Tolstoi não tem a verve gozadora da cultura russa que Gogol nos traz em Almas Mortas que faz com que verifiquemos que temos muito em comum com os russos.





Resenha:


'Khadji-Murát' narra a saga verídica do guerreiro tchetcheno que se alia aos inimigos na geografia
física e social do Cáucaso do século XIX. O autor, neste livro, expõe as contradições auto destrutivas do indivíduo e também concentra em miniatura um painel humano.



Resenha:

Almas Mortas e O Inspetor Geral, de Gógol, constituíram dois marcos extraordinários na história da literatura russa. Ali, até o início do século XIX, as obras formadoras e dominantes da língua haviam sido as do poema e da épica, sobretudo as de Lomonossov e as de Púschkin. Com Gógol, a prosa adquiriu o status de arte e a realidade do país revelou-se, com o espanto de muitos, para além de sua aparente leveza de burla, um retrato amargo, impiedoso e grotesco da sociedade.

Por isso mesmo, a idéia central do romance, sugerida por Púschkin após a leitura de uma nota jornalística, permitiu a Gógol pintar brilhantemente uma enorme variedade de personagens, cuja força reside em seu poder de caracterização do universal pelo específico, o que levou Púschkin a dizer, apesar de toda comicidade ali destilada: “eu não ri, chorei; Deus, como é triste a nossa Rússia”. Assim, a denominação “almas mortas” constitui não apenas a metáfora de um golpe ou de uma prática ardilosa no regime czarista, mas ainda uma expressão de até onde pode ir o decaimento do espírito humano, a contradição em que ele pode entrar com todo o padrão ético e fundamento religioso da existência. Este duplo retrato é o que certamente torna perene a obra, o riso “gogoliano” que, até hoje, chega ao leitor, não só em sua textualidade autoral, como no rastro que deixou na literatura de Turguêniev, Dostoiévski, Bábel, na poesia e no teatro, o que representa, sem dúvida, o signo maior da visão e da força de linguagem deste escritor russo-ucraniano.



segunda-feira, 3 de maio de 2010

Leitura - Deus -Um Delirio


A leitura deste livro nos traz lembranças de uma educação cristã que como diz o autor nos "oprime" com sua tentativa de "educar" com base nos preceitos da bíblia.
O autor de certa forma também um religioso na sua feerica fe ao ateismo procura mostrar que a existência de Deus e da religião mais mal fazem do que o bem.

De qualquer forma a leitura nos traz aspectos interessantes da religião sob varias óticas e que deveriam ser objeto de limitação de atuação legal por parte de autoridades.

Afinal estamos no século xxi e acreditar em certos preceitos biblicos como verdade e não como fé e crença de certa forma agridem o bom senso e em nada contribuem para a melhoria do ser humano.Ao contrario rejeitam novos pontos de vista e a evolução da cientifica que colocam em questão seus principios básicos.



Resenha:
Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder é o respeitado biólogo Richard Dawkins, eleito recentemente um dos três intelectuais mais importantes do mundo (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em Deus, e os terríveis danos que a crença já
causou à sociedade. Agora, neste Deus, um delírio, seu intelecto afiado se concentra exclusivamente no assunto e mostra
como a religião alimenta a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças.

O objetivo principal deste texto mordaz é provocar: provocar os religiosos convictos, mas principalmente provocar os
que são religiosos “por inércia”, levando-os a pensar racionalmente e trocar sua “crença” pelo “orgulho ateu” e pela ciência. Dawkins despreza a idéia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de “criança católica” ou “criança muçulmana” é como falar de “criança neoliberal” — não faz sentido.

O biólogo usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e o darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao “design inteligente”, tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião.

Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade,
Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do
mundo. A própria palavra “Deus” ganha o seu aval na ressalva do “Deus einsteiniano”, e o maravilhamento com o universo
e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...