segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Leituras- O Andar do Bebado

Para quem não tem formação matemática e estatística um bom livro para entender os conceitos de aleatoridade, risco e probabilidade.

Um bom livro para quem tem formação estatística e que aprendeu a fazer a interpretação e predição através de sinais e indícios de eventos a sua volta .Reforça seu jeito instintivo de entender o mundo e o efeito borboleta na sua vida.


Resenha:
Não estamos preparados para lidar com o aleatório – e, por isso, não percebemos o quanto o acaso interfere em nossas vidas. Citando exemplos e pesquisas presentes em todos os âmbitos da vida, do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à medicina, Mlodinow apresenta de forma divertida e curiosa as ferramentas necessárias para identificar os indícios do acaso. Como resultado, nos ajuda a fazer escolhas mais acertadas e a conviver melhor com fatores que não podemos controlar. Prepare-se para colocar em xeque algumas certezas sobre o funcionamento do mundo e para perceber que muitas coisas são tão previsíveis quanto o próximo passo de um bêbado depois de uma noitada...


domingo, 24 de outubro de 2010

Leitura - O Guardião de Livros


Inicio de leitura do romance de Cristina Norton que comprei na viagem a Portugal.

Como li "A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis " de Lilia Moritz Schwarz me interessei ver como um livro histórico ficaria romanceado pois foi baseado nele que o Guardião foi escrito

Resenha:
Uma escrava muda conta um segredo guardado durante 200 anos; um escravo apaixona-se por quem não deve; uma carioca leva um português a descobrir as delícias do sexo; um cientista judeu a quem são confiados dois livros raros naufraga nas ilhas Malvinas. Estas são algumas das personagens deste romance, que nos narra a vida de Luís Joaquim dos Santos Marrocos, um bibliotecário hipocondríaco que, em 1811, atravessa o Atlântico rumo ao Brasil acompanhado por 76 caixotes cujo conteúdo era verdadeiramente precioso: no seu interior seguia a Real Biblioteca do Palácio de Ajuda, inicialmente esquecida no cais de Belém aquando da saída apressada da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. A chegada ao Rio de Janeiro não foi fácil para Marrocos ao deparar-se com uma cidade onde nada o seduzia, - nem a comida, nem os cheiros, nem o calor - e com uma corte endividada, amante de cerimónias grandiosas e grosseira nos seus costumes diários. Mas tudo mudou quando conheceu Ana de Souza Murça. A autora descreve-nos uma vida rica em acontecimentos inesperados, onde a ironia se mistura com momentos comoventes.
Depois do sucesso de O Segredo da Bastarda Cristina Norton volta a deslumbrar-nos com o seu estilo expressivo e inovador assente numa pesquisa histórica séria. Este romance enfeitiçará e prenderá o leitor.

Leituras - Complo contra a América

1o livro de Philip Roth que leio.
Bom , para inicio de conversa trata-se de escritor no mais alto nível.
Roth desenha a sociedade americana na década de 40 com extrema competência através de uma família judia e recheia o livro com aulas de história numa forma de nos fazer a ficar vigilantes com valores de cidadania que hoje em dia são colocados em 2o plano aqui em nossa terra. São tantas situações , eventos e personagens que só grandes escritores conseguem construir com tanta maestria.

Resenha:

O leitor que acompanhou a produção mais recente de Philip Roth talvez se surpreenda diante desse seu último romance. Afinal, Roth é considerado um realista - e logo no primeiro parágrafo desse livro ficamos sabendo que a ação transcorre no suposto tempo em que Charles Lindbergh foi presidente dos Estados Unidos.
Philip é um menino como tantos outros, apaixonado por sua coleção de selos. O pai é corretor de seguros, a mãe é dona de casa e o irmão mais velho tem dotes precoces de desenhista. Como toda a população do bairro em que vive, a família Roth é judia, e em 1940 parece não haver melhor lugar no mundo para ser judeu do que os Estados Unidos. Porém Franklin D. Roosevelt, ao tentar reeleger-se para um terceiro mandato, é derrotado pelo candidato republicano Charles Lindbergh. O famoso aviador, que se tornou herói nacional ao empreender o primeiro vôo solitário da América à Europa, é um ardoroso defensor da Alemanha nazista, um homem para quem os Estados Unidos deveriam se defender da "diluição nas raças estrangeiras". A vida da família Roth - e, potencialmente, o mundo - nunca mais será como antes.

"É tão bom quanto sua grande trilogia do fim da década de 90. Não é hora de lhe darem um Nobel?" - The Guardian

"Talvez o livro mais triste que Roth já escreveu, e o mais assustador." - Gabriel Brownstein, The Village Voice

"É preciso um leitor paranóide para transformar Complô contra a América em roman à clef para o presente. Contudo, uma das coisas de que trata o livro é, justamente, a paranóia." - J. M. Coetzee, The New York Review of Books

"Uma parábola para os nossos tempos." - Jonathan Yardley, The Washington Post

"Uma das glórias do livro é seu contraponto de grande/pequeno, a maneira como ele se move velozmente para trás e para diante, de capítulo para capítulo, entre episódios de relevância mundial e a forma como o círculo doméstico de Roth reage a eles. Sinuoso e brilhante." - Joan Acocella, The New Yorker

sábado, 2 de outubro de 2010

Leituras - Tempestades Comuns Willian Boyd

Na verdade tive um desapontamento com esta leitura. Na cola da Flip resolvi ler um dos escritos de Boyd .Minha surpresa de deu pois o livro é meio policial. Não que não goste do estilo mas quando estou disposto a tal : Camilleri, Roza e outros a meu ver ficam muito acima de Boyd que não deixa de escrever bem. Mas sob minha ótica "enche muita linguiça" para estória tão simples.


Resenha:
O ritmo ágil e a trama envolvente deste romance trazem à tona a forte influência do cinema na prosa de William Boyd, também escritor de roteiros. O protagonista é Adam Kindred, climatologista. Em um restaurante italiano, Adam conhece o imunologista Phillip Wang, com quem conversa brevemente. Ao deixar o local, este esquece sua pasta, o que leva Adam a procurá-lo para devolver o pertence. Quando chega à casa de Wang, encontra-o agonizando, com uma facada no peito. A partir daí, a vida do protagonista sofre uma reviravolta, pois passa a ser considerado suspeito do crime, o que o leva a adentrar o submundo londrino.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Leituras- O Filho da Mae e Unico Final Feliz

Mais uma leitura de Bernardo de Carvalho para não se esquecer.Como sempre Bernardo mostra todo seu estilo em escrita em que nos leva a situações de vidas sempre extremas .

Resenha:

Em O filho da mãe, Bernardo Carvalho orquestra uma multiplicidade de vozes e pontos de vista, sem nunca perder de foco o motivo recorrente da maternidade, imbricado com o seu avesso: o sentimento de orfandade, de desamparo e desajuste, cuja representação mais crua é a guerra. “As mães têm mais a ver com a guerra do que imaginam”, diz a certa altura uma personagem. O livro, de certo modo, é a demonstração poética disso.

Embora o pano de fundo da história seja a segunda guerra da Tchetchênia, em 2003, Carvalho volta-se neste romance à figura da mãe, ao tema da maternidade. Serão as mães, moduladas e refratadas nas diversas histórias que aqui se entrelaçam, o fio condutor de uma trama singular, cujo resultado vem confirmar a posição do autor entre um dos mais originais e inovadores da literatura brasileira contemporânea.


São Petersburgo, cidade literária por excelência, é o epicentro da tragédia. Mas, como costuma acontecer nos livros de Bernardo Carvalho, a ação se expande vertiginosamente no tempo e no espaço. Do Oiapoque ao Nieva, de Grozni ao mar do Japão, chegam os estilhaços desses dramas nucleares de mães culpadas, filhos extraviados e pais tirânicos ou ausentes. Todas as personagens parecem, em alguma medida, estar fora do lugar, em famílias e países alheios — daí a força que adquire, no contexto, a figura monstruosa da quimera, aberração rejeitada pela natureza e pelo homem.


Romance de alta voltagem emocional, sem prejuízo do viés crítico e da complexidade da construção narrativa, O filho da mãe é um passo à frente na literatura sempre inquieta e surpreendente de Bernardo Carvalho.




JP Cuenca apesar de ser um jovem escritor mostra seu talento criando um estilo proprio meio alucinado mas bem interesante.Um escritor que promete muitas coisas boas.
Resenha:

Este romance de J. P. Cuenca se passa em um futuro próximo na cidade de Tóquio e é centrado na figura de Shunsuke Okuda, um jovem funcionário de uma multinacional. Conquistador inveterado, ele cria uma identidade para cada namorada que conhece nos bares do distrito de Kabukicho. Mas sua rotina é abalada pelo aparecimento de Iulana, uma garçonete por quem fica obcecado. Iulana é apaixonado por uma dançarina e mal fala japonês, mas nada disso impede que os dois mergulhem numa relação conturbada. O maior problema, contudo, é que estão sendo observados.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

-Leitura- O enigma de Qaf


Este é o 3o livro de Eduardo Mussa que leio .O 1o O Trono da Rainha Ginga e o 2o Meu destino é ser Onça muitos bons livros. Eduardo Mussa não decepciona e neste livro publicado em 2004 mostra toda sua criatividade e humor



Resenha:
Este romance com estilo moderno, narrado em três linhas narrativas distantes, cria uma busca fictícia da solução de um famoso enigma da cultura árabe. Alberto Mussa é autor de O trono da rainha Jinga (prêmio da Biblioteca Nacional) e Elegbara.

sábado, 21 de agosto de 2010

Leituras -Esqueleto na Lagoa Verde

Relato jornalistico de fato ocorrido em 1920 com desaparecimento de explorador inglês , António Callado traz a qualidade jornalistica que hoje rareia nos meios de comunicação.



Resenha;
Em 1925, o coronel britânico Percy Harrison Fawcett tentou encontrar no interior do Brasil uma fabulosa cidade perdida no sertão. Não era a primeira vez que procurava a Atlântida tropical, mas foi a última — Fawcett e seus companheiros
de expedição desapareceram na mata. Vinte e sete anos mais tarde, em 1952, o jornalista Antonio Callado esteve na
região do Xingu, em uma viagem organizada pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Graças ao sertanista Orlando Villas Boas e aos índios calapalos, chegaram ao local onde presumivelmente se encontrava a cova com os ossos do coronel desaparecido.

Lançado em 1953, Esqueleto na lagoa verde é um dos mais fascinantes relatos jornalísticos já feitos no Brasil — e a experiência no Xingu serviu de inspiração para o romance Quarup, publicado por Callado em 1967.

Ao reconstituir os passos do explorador britânico, e de outros que procuraram decifrar o sentido de sua obsessão, Callado produziu uma reportagem incomum sobre o sonho de um vitoriano nos trópicos, sobre o encontro com os índios, sobre um país que ainda estava por se descobrir e sobre a própria arte de fazer jornalismo.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Leituras - Acidente em Matacavallos


Conclui a leitura do romance de Mateus Kacowicz um livro para ferias . Mas para o lado de roteiro e descrição jornalistica do que literatura de alta qualidade.Mas para o que se propõe o livro vale a leitura passado no Rio de 1920

Resumo:


Faits divers era a seção dos jornais antigos na qual iam parar as notícias miúdas, de menor importância. Em 1921, uma lavadeira atropelada por um bonde na rua Matacavallos foi povoar as páginas dos faits divers de uns poucos jornais. Mas para a Folha da Capital, esta seria sua notícia mais importante, desencadeando uma série de acontecimentos que iria abalar uma das famílias mais poderosas do Rio de Janeiro do fim da belle époque, com repercussões nas finanças e na política da República Velha.

Leituras-Moby Dick


Bom.Porque ler este clássico?
Porque depois de tantas leituras se senti apto a devorar suas 600 paginas de pura emoção.

Depois de Moby Dick os outros livros ficam chatos e pouco criativos . A beleza deste monumento esta em sua delicada construção é literatura da mais alta qualidade.

Passamos a admirar Ahab e Ishmael um dos mais brilhantes narradores de estorias da literatura mundial .Moby Dick é para ler como Mil e uma Noites .Pena que acabe.





Herman Melville (1819-1891) nasceu e morreu em Nova York. Os relatos das suas experiências como tripulante pelos mares do Sul, em títulos como Taipi, Omoo e White-Jacket, sobre o convívio com nativos das Ilhas Marquesas, renderam-lhe popularidade no início de carreira. Em 1851, publicou Moby Dick, seu sexto livro em apenas cinco anos. A partir daí, ainda que tenha escrito outros títulos, poesias, e novelas curtas, viveu anos de obscuridade, chegando a trabalhar como inspetor de alfândega, de 1866 a 1885.

Sua última novela, Billy Budd (coleção Prosa do Mundo, Cosac Naify, 2003), só foi publicada postumamente. Já a história de Bartleby, o escrivão (Coleção Particular, Cosac Naify, 2005), publicada anonimamente em 1853, e como parte do volume Os Contos da Piazza, em 1856, não foi bem recebida pela crítica, ficando sem reedição até os anos 1920, quando os livros de Melville começaram a ser estudados, seus textos incluídos nas antologias escolares, e sua obra revisitada. É de 1921 a primeira monografia americana sobre sua obra: H. Melville, marinheiro e místico, de Raymond Weaver.

Melville sofria em pensar como seria lembrado na posteridade. Em carta ao amigo e escritor Nathaniel Hawthorne, em 1851, confessa temer ser apenas lembrado como o homem que viveu entre os canibais - referindo-se às suas aventura nas Ilhas Marquesas. Num prólogo à tradução de Bartleby, o escrivão, Jorge Luis Borges lembra que nos vinte anos da morte de Melville, a Enciclopédia Britânica o considerava apenas um simples cronista da vida marítima.

sábado, 19 de junho de 2010

Leitura -O Ultimo Reino

Este 1o livro de Bernard Cornwell sobre o seculo IX na Inglaterra (Englaland) na epoca das Invasões Dinamarquesas , pela qualidade da Literatura lembra Maurice Druon que escreveu sobre a dinastia dos Capetos na França .Excelente livro bom para passar o tempo de forma agradavel , aprendendo um pouco de história



Resenha:

O ÚLTIMO REINO é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes. Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings. Pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado. O ÚLTIMO REINO não se resume a cenas de batalhas bem escritas e reviravoltas cheias de ação e suspense. O livro apresenta os elementos que consagraram Cornwell: história e aventura na dose exata. Uma fábula sobre guerra e heroísmo que encanta do início ao fim.

domingo, 6 de junho de 2010

Leitura A mulher que chora








Nada como a delicadeza da literatura oriental para nos mostrar outras formas de ver a vida. Como Kawabata Su Tong mostra toda abnegação , dedicação e respeito que os chineses evotam nas açoes em suas vidas. Dificilmente em nossa cultura agiriamos como Binu em sua devoção na busca de seu objetivo.

sábado, 29 de maio de 2010

Leituras -Cronicas de Bustos Domecq



Borges e Casares são dois gozadores natos na "pele" de Bustos .

Este alter ego os liberta para fazer suas criticas a críticos literários e aos argentinos de modo geral .Um livro engraçado , as vezes fantástico mas escrito de forma primorosa.


Resenha

"Crônicas de Bustos Domecq / Novos contos de Bustos Domecq", da dupla Borges e Casares, em tradução atenta de Maria Paula Gurgel Ribeiro e com um prefácio iluminador de Davi Arrigucci Jr., irá necessariamente surpreender os seus leitores. E os motivos são vários. As crônicas de Bustos Domecq são peças satíricas cujo alvo é a intelligentsia argentina da época, de acadêmicos a políticos, passando por artistas das mais variadas linguagens, além de alguns personagens internacionais do mesmo tipo. Se lidas por um argentino apresentam um sabor peculiar, pela possibilidade de reconhecimento dos personagens originais, sua leitura fora dos contextos temporal e local adquire um sabor mais plenamente literário, pois tais personagens se transformam em tipos de certo modo universais e atemporais, como o literato afetado, o acadêmico palavroso, o político pomposo, o artista narcísico etc., sem falar de várias questões, comportamentos e crenças modernas e/ou modernistas, que com alguma variação estiveram também em voga no Brasil, e são igualmente satirizados, às vezes de forma feroz, e sempre com um humor tão inteligente quanto cortante.

sábado, 15 de maio de 2010

Leitura - Khadji- Murat


Mais um clássico russo na lista de leituras.

Excelente livro.Literatura de alto nível escrita por um génio.Leitura que flui de forma leve e que torna a guerra um pouco romântica pelo pacifismo de Tolstoi mas que ao fim mostra seu horror.


Como outros excelente escritores clássicos russos Tolstoi não tem a verve gozadora da cultura russa que Gogol nos traz em Almas Mortas que faz com que verifiquemos que temos muito em comum com os russos.





Resenha:


'Khadji-Murát' narra a saga verídica do guerreiro tchetcheno que se alia aos inimigos na geografia
física e social do Cáucaso do século XIX. O autor, neste livro, expõe as contradições auto destrutivas do indivíduo e também concentra em miniatura um painel humano.



Resenha:

Almas Mortas e O Inspetor Geral, de Gógol, constituíram dois marcos extraordinários na história da literatura russa. Ali, até o início do século XIX, as obras formadoras e dominantes da língua haviam sido as do poema e da épica, sobretudo as de Lomonossov e as de Púschkin. Com Gógol, a prosa adquiriu o status de arte e a realidade do país revelou-se, com o espanto de muitos, para além de sua aparente leveza de burla, um retrato amargo, impiedoso e grotesco da sociedade.

Por isso mesmo, a idéia central do romance, sugerida por Púschkin após a leitura de uma nota jornalística, permitiu a Gógol pintar brilhantemente uma enorme variedade de personagens, cuja força reside em seu poder de caracterização do universal pelo específico, o que levou Púschkin a dizer, apesar de toda comicidade ali destilada: “eu não ri, chorei; Deus, como é triste a nossa Rússia”. Assim, a denominação “almas mortas” constitui não apenas a metáfora de um golpe ou de uma prática ardilosa no regime czarista, mas ainda uma expressão de até onde pode ir o decaimento do espírito humano, a contradição em que ele pode entrar com todo o padrão ético e fundamento religioso da existência. Este duplo retrato é o que certamente torna perene a obra, o riso “gogoliano” que, até hoje, chega ao leitor, não só em sua textualidade autoral, como no rastro que deixou na literatura de Turguêniev, Dostoiévski, Bábel, na poesia e no teatro, o que representa, sem dúvida, o signo maior da visão e da força de linguagem deste escritor russo-ucraniano.



segunda-feira, 3 de maio de 2010

Leitura - Deus -Um Delirio


A leitura deste livro nos traz lembranças de uma educação cristã que como diz o autor nos "oprime" com sua tentativa de "educar" com base nos preceitos da bíblia.
O autor de certa forma também um religioso na sua feerica fe ao ateismo procura mostrar que a existência de Deus e da religião mais mal fazem do que o bem.

De qualquer forma a leitura nos traz aspectos interessantes da religião sob varias óticas e que deveriam ser objeto de limitação de atuação legal por parte de autoridades.

Afinal estamos no século xxi e acreditar em certos preceitos biblicos como verdade e não como fé e crença de certa forma agridem o bom senso e em nada contribuem para a melhoria do ser humano.Ao contrario rejeitam novos pontos de vista e a evolução da cientifica que colocam em questão seus principios básicos.



Resenha:
Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder é o respeitado biólogo Richard Dawkins, eleito recentemente um dos três intelectuais mais importantes do mundo (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em Deus, e os terríveis danos que a crença já
causou à sociedade. Agora, neste Deus, um delírio, seu intelecto afiado se concentra exclusivamente no assunto e mostra
como a religião alimenta a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças.

O objetivo principal deste texto mordaz é provocar: provocar os religiosos convictos, mas principalmente provocar os
que são religiosos “por inércia”, levando-os a pensar racionalmente e trocar sua “crença” pelo “orgulho ateu” e pela ciência. Dawkins despreza a idéia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de “criança católica” ou “criança muçulmana” é como falar de “criança neoliberal” — não faz sentido.

O biólogo usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e o darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao “design inteligente”, tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião.

Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade,
Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do
mundo. A própria palavra “Deus” ganha o seu aval na ressalva do “Deus einsteiniano”, e o maravilhamento com o universo
e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.

terça-feira, 30 de março de 2010

Leitura - Estrela Distante


Mais um livro de Roberto Bolano em minha conta . O outro Detetives Selvagens uma das minhas melhores leituras dos ultimos tempos. Este agora Estrela Distante . Dentro da mesma linha de estilo do escritor vemos a descrição do protagonista mas pelo olhar dos outros dai, visões distorcidas as vezes incompreensiveis mas multifacetadas. Mas o que não somos senão visões dos outros?
Estorias fantasticas de personagens muito humanos.Brilhante


Resenha:Alberto Ruiz-Tagle é um jovem poeta esquivo e sedutor que frequenta, nos primeiros anos da década de 1970, as oficinas literárias da Universidade de Concepción, no Chile. Com o golpe militar que se abate sobre o país em 1973, ele some de circulação, como praticamente todos os participantes das oficinas. Logo após o golpe, surge espetacularmente nos céus do Chile um audacioso aviador, Carlos Wieder, que escreve no ar versículos bíblicos e estranhos poemas. O narrador de Estrela distante, ele próprio um poeta iniciante, demora pouco para perceber que Ruiz-Tagle e Wieder são a mesma pessoa.


Intrigado pelas múltiplas facetas desse estranho personagem, o narrador tenta seguir seu rastro e acaba por descobrir ao longo dos anos, e em vários países, sinais do envolvimento do poeta-aviador com os mais sórdidos aspectos da ditadura militar chilena.

Com sua habitual mistura de documento, ensaio, memórias pessoais e ficção, Roberto Bolaño faz deste pequeno
romance um retrato subjetivo da sua própria geração, que tinha em torno de vinte anos quando ocorreu a derrubada do governo Salvador Allende e a implantação de uma das mais sangrentas ditaduras militares do continente. Uma geração ceifada ou traumatizada pela tortura, pelo exílio ou pela morte precoce.

Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile. Instalado na Espanha a partir de 1977, exerceu diversas atividades manuais para sobreviver. Depois do sucesso de crítica de La literatura nazi en América (1996), publicou várias obras em poucos anos. Morreu de insuficiência hepática em Barcelona, em 15 julho de 2003.

domingo, 21 de março de 2010

Leitura - A minha alma é irmã de Deus


Raimundo Carrero é mais uma boa nova. Sua literatura sai como num turbilhão.Torrentes de pensamentos alucinados, confusos , repetitivos e que nos levam pela loucura de Camila.
Um livro denso com uma linguagem se não totalmente inovadora diferenciada e que nos faz refletir , duvidar , questionar e querer ir mais fundo na viagem de Camila




Resenha:
Numa tarde de domingo, no Recife, Camila, uma jovem solitária, conhece o pastor e músico Leonardo. Ele faz parte da seita Os soldados da Pátria por Cristo. Com o pastor, Camila parte para uma vida de aventuras, pregando valores que grande parte da sociedade brasileira desvaloriza: como religião, moral e ética. Mas, ao ser abandonada por seu mentor, ela se perde de seus objetivos e vê a vida naufragar.

terça-feira, 16 de março de 2010

Leitura -Granta 1

Concluída mais uma leitura de Granta desta vez a 1.

Boas surpresas nos contos de Daniel Alarcon, Christopher Coake, Anthony Doerr,Olga Grushin, Dora Horn ,Uzodinma Iweala ( de quem já li Feras de lugar nenhum -excelente livro sobre a Guerra em Africa),Rattawut Lapcharoensap( excelente!), Jess Row ( muito bom) e Akhil Sharma .

Como sempre agradavel leitura para o fim da noite com contos muito bem elaborados.



Granta, publica
contos, trechos de novos romances e reportagens de fôlego, seguindo duas normas principais; os textos precisam ser inéditos. Por suas páginas já passaram escritores do porte de Mario Vargas Llosa, J. M. Coetzee, Primo Levi, Ian McEwan, Margaret Atwood, Susan Sontag, Paul Theroux e Arthur Miller. Mas a revista tornou-se conhecida não só por publicar nomes consagrados, mas também por revelar o que virá a seguir. E nada melhor do que iniciar a publicação de Granta em português dessa forma - com a edição de Os melhores jovens escritores norte-americanos, em que a revista selecionou 21 autores com menos de 35 anos de idade e que, desde já, se sobressaem como novos talentos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Leitura -Cine Prive


Algumas vezes nos deparamos com escritores como : Mutarelli , Ronaldo Correia de Brito, Luiz Rufato entre outros que sãoexcelentes escritores como se trata de Antonio Carlos Viana . Surpresa boa saber que temos novos escritores de qualidade ímpar.

São contos de leveza na escrita mas de alta carga emocional .Seus personagens ricos apesar de contos curtos.Soberbo.

Resenha:
De repente, somos postos diante de um jovem que acabou de matar sua mãe. Ou de um homem alquebrado cujo trabalho é limpar as cabines individuais de um cinema pornô. Ou de uma adolescente pobre que só consegue tratar dos dentes em troca de favores sexuais a um dentista abjeto. Esses e outros abusos da vida humana são os temas privilegiados pelo autor em 'Cine privê'. Com o uso frequente da narrativa em primeira pessoa, Viana adota o ponto de vista de personagens que normalmente estão condenados à invisibilidade.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Leitura- Do outro lado -Katsuo Kirino


Gosto muito da literatura japonesa pois foge totalmente de nosso padrão ocidental. Autores como Yukio Mishima - Cores proibidas e A Casa das Belas Adormecidas -Yasunari Kawabata nos transportam para visões de mundo e culturas diferentes da nossa e nos trazem uma leitura da vida algumas vezes trágicas e outras de rara beleza.

Este é o caso de Katsuo que nos traz através de um romance policial muito bem escrito uma visão atual da sociedade japonesa em sua classe baixa. Uma solidão e falta de perspectiva ( tão comum em nossa sociedade capitalista) compartilhada por todos na condução de suas vidas cotidianas e que as vezes nos levam a embracar em algumas estradas que pensamos redentora




Resenha

Natsuo Kirino nasceu em 1951 e rapidamente se estabeleceu no Japão como um exemplo do tipo de escrita raro, cujos livros se situam muito para lá da categoria de «policiais». É uma autora prolixa, comparada a Murakami, que está a ser descoberta no ocidente através das traduções, e que é muito conceituada no seu país, onde é um absoluto best seller. Na história da literatura japonesa, nada nos prepara para o misterioso realismo tenso de Out, que arrasou a cena literária japonesa e projecta, agora, a sua sombra escura e violenta sobre nós.



De meia-noite às cinco e meia, sem intervalo, Yayoi, Masako, Yoshie, Kuniko e seus colegas permanecem ao lado da esteira transportadora, embalando quentinhas. Apesar de oferecer bom salário para meio-expediente, o serviço na fábrica de refeições de comida pronta é desgastante. Entre o trabalho mecânico da madrugada e os afazeres domésticos da manhã seguinte, as quatro operárias japonesas viveriam o repetitivo e extenuante cotidiano da mulher contemporânea até que um trágico assassinato mudasse suas vidas para sempre.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Leitura - O Albatroz Azul


Este livro de João Ubaldo ao contrario de Sargento Getulio ( renovador na linguagem) e Viva o Povo Brasileiro( obra prima) não consegue tocar o leitor apesar de ser boa literatura .vai no "tranco".






Resenha :

Vida, morte, renovação. Temas universais que são o eixo em torno do qual se desenrola a trama simples deste belo romance. É a história de um homem muito velho que, apesar de detentor da sabedoria trazida por todos os seus anos de existência, ainda busca apreender algum sentido na vida. Um romance magnífico, destinado a incorporar-se ao melhor patrimônio literário de nossa língua, um momento de rara beleza, daqueles cuja mágica se abre ao leitor desde a primeira página.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Leitura- Terra Descansada

A escritora Jhumpa Lahiri nos trás as estorias de imigrantes indianos de forma doce e com muita competencia. Se trata de uma otima escritora que traça um papel bem real de uma parcela de imigrantes indianos de classe media alta. Escrita que nos leva pela estoria de forma sutil e sem percebermos já estamos tomados por ela.





Resenha:
Em Terra descansada Jhumpa Lahiri compõe retratos de imigrantes indianos e de suas famílias nos Estados Unidos, criando um panorama dessas vidas e dos conflitos que se estabelecem entre tentativa de manter as tradições e as tentações do mundo novo. Os pais indianos insistem em manter seus costumes, como o casamento arranjado, os hábitos alimentares e o controle sobre os filhos, numa cultura conservadora, mas recheada de valores coletivos e solidários. Já os filhos veem-se num eterno choque entre a novidade transformadora mas carregada de angústia e o apelo fácil e confortável das tradições.

A filha solitária e americanizada se emociona ao ver o pai indiano criando um jardim no quintal da casa suburbana. O filho brilhante decepciona as expectativas da família ao largar mão dos estudos e do futuro promissor. O viúvo de uma indiana independente e americanizada se entrega à comodidade e à segurança de um segundo casamento arranjado. Os contos de Terra descansada vão além do retrato de um povo desterrado e traçam com delicadeza e lucidez as relações espinhosas entre pais e filhos, maridos e esposas, amantes e amigos. Lahiri tece seus relatos com uma voz que tudo vê, mas que se mantém ausente, numa narrativa que realiza o sonho de Hemingway ao aparecer como que espontaneamente.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Leitura - O Campeonato

Apesar de escritor premiado não gostei do livro porém li até o fim.

Como policial peca pela complicação de algo que se fica bom num conto de Rubem Fonseca fica ruim num longo romance.

Salvam-se alguns personagens bem caracterizados. Mas não me atreverei a outra leitura do mesmo escritor.








Resenha:

Premiado escritor, crítico literário, roteirista e professor, Flávio Carneiro prossegue sua trilogia dedicada ao Rio de Janeiro, na qual dialoga com alguns dos gêneros mais populares da literatura, como o fantástico, no caso de A confissão, publicado em 2006, e agora o policial, nesta nova edição de O campeonato, seu primeiro romance, que volta às prateleiras revisto e atualizado. Na trama, o jovem André não consegue parar em nenhum emprego por conta de sua irrefreável compulsão de ler romances policiais. Ele, então, resolve fazer um curso de detetive por correspondência que o lançará numa bizarra investigação sobre uma competição batizada de O Campeonato. Percorrendo ruas e bares do Rio, André é uma homenagem do autor à cidade, às histórias de mistério e a seus maiores autores, em especial Rubem Fonseca. O protagonista do livro, no final das contas, é o próprio romance policial, objeto de paixão de heróis e bandidos.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Leitura- ,Guia do Mochileiro das Galaxias


Não entre em panico!!!

Umas das melhores estorias de ficção que li.
Havia visto o filme da década de 90 mas não me lembrava da criatividade de Douglas Adams. Seu Robot deprê é genial. As tiradas cientificas , criticas sociais , religiosas e os aliens são geniais




Resenha:

Trinta anos celebrando a genialidade cômica de Douglas Adams...

Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, O guia do mochileiro das galáxias vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado.

Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect.

A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do mochileiro das galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.

Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...