segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Leitura- Ficando Longe do fato de ja estar

Li este livro de Wallace  com base nos comentários e criticas  sobre os livros de  Jonathan Franzem de quem ele era amigo. Os mesmo tipos de ensaio que vemos em " Como ficar Sozinho"  encontramos em "Ficando Longe do Fato..." e se trata de experiência impar , O sarcasmo de Wallace e suas tiradas numa critica feroz ao modo de vida americano e também ao nosso próprio modo de ver a vida e as pessoas.  Mas que filosófico Wallace seria Zen com suas estorias e seus ensaios.Imperdível .

Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo reúne alguns dos mais significativos ensaios de David Foster Wallace.
Embora seja mais conhecido por sua obra de ficção, que inclui, entre outros títulos, o aclamado romance Infinite Jest (1996), Wallace também foi um ensaísta e repórter brilhante, que deixou marcas no jornalismo literário e exerce hoje uma influência comparável à de Hunter S. Thompson.
Com a proposta de fornecer uma porta de entrada ao universo literário do autor, o volume abriga três reportagens - entre elas o famoso “texto do navio”, o relato de um cruzeiro pelo Caribe -, uma palestra sobre Kafka, uma crônica poderosa sobre o tenista Roger Federer e “Isto é água”, o discurso de paraninfo que se difundiu como um viral inspirador pela internet.
Na reportagem que dá título ao livro, Wallace, enviado pela Harper’s a uma feira agrícola em Illinois, se sai com uma crônica hilária sobre o estilo de vida americano. Em “Pense na lagosta”, o autor aproveita a visita a uma feira gastronômica para refletir sobre a legitimidade ética de ferver lagostas vivas para degustá-las. Ao tratar desses e de outros temas, o autor ignora as convenções da apuração jornalística e se concentra nos detalhes mais inusitados. Humor, inteligência, inventividade e um poder de observação assombroso são as marcas desse estilo que influenciou toda uma geração de escritores.

sábado, 8 de dezembro de 2012

leitura - Linha de Sombra


Conrad é um excelente escritor. Neste livro nos mostra  as agruras do amadurecimento. Os terrores e dificuldades que sentimos- quando mais novos - ao enfrentar situações novas -  decorrentes  da falta de experiência tanto na nossa vida pessoal quanto profissional.Através de um quadro  bastante incomum mostra que na maioria das vezes enfrentamos monstros que nos parecem mais sombrios do que a própria realidade que enfrentamos.




Resenha:

Por força de certos caprichos do destino, um jovem marinheiro que pensava ter abandonado a carreira no mar vê-se de repente nomeado capitão de um navio mercante. Em meio aos ímpetos da juventude, vive a aventura de comandar um navio que aprende a amar e uma tripulação digna de “imorredouro respeito”. Porém, logo precisa enfrentar situações estranhas e até mesmo absurdas, como uma calmaria sem fim, uma doença tropical inexplicável que prostra quase toda a tripulação e outros acontecimentos misteriosos. Seria mesmo alguma influência nefasta do falecido ex-capitão, como o delirante imediato afirma?

A linha de sombra, publicado em 1917, versa sobre a transição da mocidade para a idade adulta em uma narrativa emocionante que exalta a nobreza dos sentimentos e o senso do dever mesmo em face da adversidade. Ao retratar profundos dramas e conflitos humanos no pequeno universo de um navio, Conrad reafirma o mar como metáfora para a própria vida e celebra aqueles que tiveram a coragem de desbravá-lo.



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Leitura -Caetes



Apesar de ser o 1o e não tão brilhante como Angustia e São Bernardo esta obra já mostra o que se podia esperar de Graciliano .Um excelente escritor criando um personagem - Valério que se juntaria a Paulo Honório e Luís como grandes personagens da literatura

Resenha:

Primeiro romance de Graciliano Ramos, Caetés foi originalmente publicado em 1933. João Valério, o personagem principal e também narrador, é o guarda-livros da casa comercial Teixeira & Irmão na cidade de Palmeira dos Índios. O enredo se desenvolve em dois planos: a paixão de João Valério por Luísa, mulher de Adrião, dono do armazém onde ele trabalha; e a tentativa de Valério escrever um romance histórico sobre os índios caetés. O cotidiano da classe média da pequena cidade nos é apresentado lentamente, em um texto conciso e sintético, marca de Graciliano em toda a sua produção. O autor destaca-se como o principal romancista da segunda fase do Modernismo brasileiro.

domingo, 18 de novembro de 2012

Leitura - O Horror em Red Hook

Depois de muitos anos resolvi reler H P Lovecraft.
Suas estorias sempre mantem aquela aura de duvida sobre as ocorrências - vide a outra volta do parafuso de Henry James- nos deixando sempre a possibilidade de tratar do horror  como loucura ou como  muito próximos.



Resenha:

Por trás do mundo visível há labirintos tenebrosos que escondem horrores desconhecidos. Feitiçarias antigas e rituais dos mais sinistros se misturam num caldeirão que exala o odor pútrido do mal. Esse é o universo de H. P. Lovecraft. Conhecido como o inventor da moderna tradição da literatura de horror, o autor imprimiu sua marca no gênero nas primeiras décadas do século XX, deixando de lado fantasmas e bruxas e imaginando a humanidade se curvando a um universo caótico e sombrio. Desenvolvendo uma mitologia própria, criou histórias nas quais a realidade e o pesadelo são separados por um fio tênue. Este volume reúne “O horror em RedHook”, “Ele” e “A tumba” – um de seus contos mais famosos –, relatos nos quais a experiência do medo está próxima de uma fascinação temerosa.

sábado, 17 de novembro de 2012

Leitura- Minha Querida Sputnik

Ouvia falar bastante de Murakami mas ainda não havia lido nada  seu  É  um excelente escritor no mesmo  patamar  do francês Houellebecq ambos com estilo parecido  numa temática moderna cheia de referencias ao  consumo no mais alto estilo mas isto não minimiza suas obras .Da mesma forma que Balzac reafirmava a cultura da época ambos fazem o mesmo com uma visão acida da sociedade atual .|Apesar das comparações Mishima e OE estão bastante acima em qualidade literária



Resenha:

Um romance estonteante e belamente estruturado" — Kirkus Reviews

"O romance subitamente se transforma numa estranha homenagem a Michelangelo Antonioni." — The New York Times Book Reviews

"...Esse é, certamente, o melhor e o mais instigante romance de Murakami. Ele força o leitor a confrontar-se com sentimentos que nem sequer desconfiava permaneciam adormecidos dentro de sua própria alma." — The Guardian

O escritor Haruki Murakami, aos 53 anos, é o nome da literatura japonesa mais importante desde Yukio Mishima. Após ter sido publicado no Japão, seu primeiro livro Norwegian Wood foi lançado em vários países e aclamado pela crítica e pelos leitores. Por sua obra The Wind-up Bird Chronicle (1997), já traduzida em 16 idiomas, ele recebeu o Yomiuri Literary Award, mesmo prêmio concedido a escritores como Mishima, Kenzaburo Oe e Kobo Abe.

O escritor ,aos 53 anos, é o nome da literatura japonesa mais importante desde Yukio Mishima. Após ter sido publicado no Japão, seu primeiro livro foi lançado em vários países e aclamado pela crítica e pelos leitores. Por sua obra (1997), já traduzida em 16 idiomas, ele recebeu o , mesmo prêmio concedido a escritores como Mishima, Kenzaburo Oe e Kobo Abe.

Leitura - Dublinenses

Este livro   foi uma preparação para Ulisses de James Joyce. Vale como aperitivo e  posso dizer que é  mais que um aperitivo mas sim uma literatura no mais alto estilo e que da gosto.Não é a toa que Joyce esta incluído entre os melhores escritores de todos os tempos . Com ele entendemos  um pouco da alma Irlandesa e de sua cultura no inicio do seculo





Resenha:
 Joyce adentra o cânone literário europeu como o mais decisivo narrador do modernismo, ao lado de Proust e Kafka, superando-os, no entanto, em uma obra que assimila e amplifica a pesquisa artística das vanguardas modernistas e, ao mesmo tempo, retoma e desenvolve a grande narrativa realista, a partir do ponto em que a deixaram autores como Balzac, Flaubert, Zola, Dickens e James, por exemplo. A experiência narrativa de Joyce adensa-se na direção da consciência de suas personagens, incluindo, misturando e confundindo os diversos gêneros do discurso e pontos de vista. Joyce seria um poeta do finito e da matéria, uma matéria de que a consciência busca se apropriar da forma mais completa possível. É um narrador da percepção sensível, cuja repetição, muitas vezes, como ocorre também em Proust, invade o presente como um bloco de sensação pregressa e memória.




sábado, 3 de novembro de 2012

Leitura -Granta 8


Mais uma Granta adicionada a lista de leituras. Como sempre bons contos . Alguns sofríveis que não vale a pena comentar mas outros como de Julian Barnes , Bruno Bandido e Doris Lessing merecem destaque.


Resenha

Granta 8 em português - Trabalho conta com textos de Julian Barnes, Marcello Fois, Aleksandar Hemon, Bruno Bandido, Doris Lessing, João Anzanello Carrascoza, José Luiz Passos, Mario Sabino, Michela Murgia, V.V. Ganeshananthan e Yiyun Li, e ainda um ensaio fotográfico de Walter Carvalho.
Caminho para a redenção que dignifica o homem para alguns, ou martírio necessário à sobrevivência, para tantos outros. A oitava edição em português da revista literária inglesa Granta aborda um tema comum a maior parte da humanidade: o trabalho. Atividade intrinsecamente ligada à experiência humana, a maioria das pessoas passa mais tempo dedicando-se a um ofício do que a qualquer outra função.
O livro, que reúne 16 textos de autores brasileiros e estrangeiros entre nomes consagrados e novos expoentes literários, oferece um enfoque abrangente sobre o tema, questionando até que ponto a personalidade do indivíduo é moldada a partir do trabalho realizado. Afinal, a atividade profissional desempenhada por cada um reflete as paixões individuais ou é apenas o meio para um fim?
Em "Como me tornei censor", de Bernardo Carvalho, outro trecho de romance também previsto para 2012, o autor descreve os afazeres de um infeliz censor e tradutor de cartas, cujo conhecimento da língua alemã ajuda a interceptar muitas correspondências de judeus que tentam escapar da Europa em plena Segunda Guerra Mundial. Já no conto assinado pelo vencedor do National Book Award, Colum McAnn, o movimento e o barulho das máquinas de impressão de um grande jornal irlandês da década de 1970 é o cenário para a história de um jornalista que tenta impedir que o filho repita sua história e siga a mesma profissão extenuante do pai.
Nas "Notas sobre a preguiça", de Salman Rushdie, o célebre autor faz um elaborado e curioso ensaio sobre a preguiça, desde sua classificação como um dos sete pecados capitais, passando por uma breve análise da obra de Federico Fellini, uma abordagem sobre a paranoia e ainda um questionamento acerca dos personagens de William Shakespeare. Mas tudo isso sem fugir do tema principal, a preguiça, que é o extremo oposto do tema da coletânea, e por isso se encaixa tão bem nesta edição de Granta.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Leitura-Granta 9 -Os melhores Jovens escritores Brasileiros




 Esta edição da Granta traz 20 escritores brasileiros.Vários deles já conhecia e não foram surpresa para mim .Outros ainda desconhecidos do publico tentando obter reconhecimento  e sem obras publicadas . São bons contos mas nada de especial. Leitura rápida e sem surpresas exceto o conto da Tatiana Salem.    

 Resenha:
Os melhores jovens escritores brasileiros
A edição especial de Granta – Os melhores jovens escritores brasileiros reúne textos dos 20 melhores jovens escritores brasileiros com menos de 40 anos. Os nomes foram selecionados por um grupo de sete jurados, a partir de contos e trechos de romance inéditos enviados à Granta. São escritores que contribuirão para mudar o panorama das letras no país.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Resenha - Meridiano de Sanque

É uma  verdadeira felicidade quando se encontra um  grande escritor . Ler Cormac é viajar nas suas imagens e nos seus personagens cheios de riqueza e beleza. São poucos os que conseguem retratar seu País e sua cultura de forma tão nua  e crua  . Com um pureza bruta explica muito da formação americana.
Com base em fatos reais McCarthy constrói um mosaico da cultura americana e um livro para não se esquecer.




Resenha:

Meridiano de sangue é um romance épico. Nele, McCarthy reinventa a mitologia do Oeste americano para criar uma obra ao mesmo tempo grandiosa e arrebatadora sobre uma terra sem lei, em que o absurdo e a alucinação se sobrepõem à realidade.
Desde as primeiras páginas, o leitor acompanha um rapaz sem nome e sem família, abandonado à própria sorte num mundo brutal em que, para sobreviver, precisa ser tão ou mais violento que seus inimigos. Recrutado por uma companhia de mercenários a serviço de governantes locais, atravessa regiões desérticas entre o México e o Texas com a missão de matar o maior número possível de índios e trazer de volta seus escalpos.
McCarthy parte de fatos reais ? a caçada aos índios, o destacamento de assassinos liderado pelo sanguinário John Joel Glanton ? para compor uma obra que transcende a mera ficção histórica. Conduzidos por Glanton e o juiz Holden ? uma figura quase sobrenatural, e um dos grandes personagens da literatura americana no século XX ?, esses homens, que julgam já terem visto todos os horrores possíveis, irão aos poucos se aprofundar no verdadeiro inferno.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Leitura- A Virada

Excelente este livro de Stephen Greenblatt.
Tão erudito quanto Eco -o que se observa  nas centenas de referencias e notas com detalhes factuais  que reforçam a estoria romanceada Stephen nos da uma aula de cultura e conhecimento.
A estoria sobre  um livro  que mudou  e provocou a visão do mundo moderno e da ciência atual ajuda a entender a Idade Media e seus conflitos.

 Resenha:
Stephen Greenblatt, professor de Harvard e um dos acadêmicos mais respeitados do mundo, construiu neste livro tanto uma obra historiográfica inovadora como narrou a história incrível de uma descoberta, em que um manuscrito retirado de mil anos de esquecimento mudou o curso do pensamento humano e tornou possível o mundo tal como o conhecemos hoje.
Segundo o poeta romano Lucrécio, tudo o que existe é fruto de algo que ele chama de virada - um pequeno desvio que tira as coisas de sua trajetória natural para criar o novo. Em uma colisão aleatória de diferentes moléculas, surge a vida; com uma mutação genética espontânea, cria-se uma nova espécie. Caso esses pontos de inflexão fossem visíveis e determináveis, certamente um deles remontaria a janeiro de 1417, quando o caçador de livros Poggio Bracciolini resgatou das prateleiras de uma biblioteca monástica a obra-prima de Lucrécio, o poema Da natureza, até então dado como perdido.
Era um belo poema contendo as ideias mais perigosas: que o universo funciona sem o auxílio dos deuses, que o medo religioso está destruindo a vida humana, que prazer e
virtude não são opostos, mas que estão interligados.
Bracciolini, porém, não tinha como adivinhar a reviravolta que estava por vir. Típico homem de seu tempo, era secretário de um papa corrupto e testemunha de excomunhões arbitrárias e execuções sumárias de hereges na fogueira. Seu fascínio pelos textos antigos parecia antes estilístico que ideológico. Este livro conta sua história, e mostra como sua descoberta deu origem ao que hoje chamamos de modernidade.

Vencedor do National Book Award 2011

domingo, 19 de agosto de 2012

Leituras- Particulas Elementares


 No embalo de Mapa e o Território li este Partículas Elementares. A visão acida de Houellebeq sobre nossa sociedade  vislumbra  apenas uma saida : a  criação de um novo ser humano mais feliz e ajustado. Tudo via Dna reproduzido. 
Na sua analise  Houellebeq devia se mirar nos exemplos de Índia e Brasil de uma lado da moeda e de Chineses e Coreanos por exemplo de outros. Ambas culturas se ajustando  as caracteristicas da sociedade de consumo mas com suas particulares diferenças sem que se ache que o ser humano é um universo isolado do conjunto.. O que da a graça no ser humano são as diferenças e não o padrão ,  qq que seja ele.
 



Resenha:
Michel, pesquisador em biologia, rigorosamente determinista, incapaz de amar, administra o declínio da sua sexualidade, dedicando-se ao trabalho, às compras no supermercado do bairro e aos tranqüilizantes. Um ano sabático dá às suas pesquisas um rumo que sacudirá a face da terra. Bruno, por seu lado, obstina-se na busca desesperada do prazer sexual. Uma temporada no Espaço da Mudança, camping pós-68, tendência New Age, mudará a vida dele? Uma noite, na piscina, uma desconhecida, de boca ousada, faz-lhe entrever a possibilidade prática da felicidade. Através de trajetórias familiares e sentimentais caóticas, os dois, irmãos por parte de mãe, ilustram, de modo exemplar, o suicídio ocidental – a não ser que anunciem a iminência de uma mutação.

domingo, 5 de agosto de 2012

Leitura- Como ficar sozinho

Por conta da visita a Flip li este livro de Franzen. Escolhi o de resenha pois me interessam particularmente estas reflexões acerca da vida e da Literatura.
Não há como ler Franzen e não refletir sobre a própria vida , porque estamos tão sozinhos porque gostamos tanto de literatura , etc .
E ele nos da um excelente motivo tanto para ficar sozinho ,para gostar de boa literatura e de bons escritores principalmente daqueles  que não tem medo de ficar sozinhos.

Resenha:

Em Como ficar sozinho, uma coleção de artigos selecionados a partir dos livros How to be alone (2003) e Farther Away (2012), muitos deles publicados previamente na prestigiosa revista New Yorker, Jonathan Franzen volta ao gênero praticado em A zona do desconforto (2006). Entre o lançamento desses dois livros de ensaios, o autor construiu, na ficção, a reputação de uma das principais vozes da literatura americana contemporânea. Liberdade (2011) é considerado um dos mais importantes romances de ficção norte-americana da década.
São muitos os temas que percorrem esses textos de Franzen. A partir de experiências pessoais, ele aborda o suicídio, a solidão, a demência senil, a invasão (e sobretudo a evasão...) de privacidade, o sistema penal americano e, claro, a literatura. Em alguns deles, o autor faz verdadeiras homenagens aos seus contemporâneos Paula Fox, Alice Munro e David Foster Wallace. Ao mesmo tempo, clássicos como Kafka, Proust e Goethe surgem pontualmente nos textos, estabelecendo conexões entre a vida (real) do escritor e a obra (ficcional) de seus autores preferidos.
Para Franzen, só vale a pena escrever ou ler um livro se o autor se colocar pessoalmente em situação de risco. Coerentemente, é o que faz em Como ficar sozinho. Ele se expõe, admite fragilidades, recusa o conforto do auto engano. E faz tudo isso em nome da literatura, ao intuir que, sem a franqueza desarmada, a literatura relevante é inviável.
A obra está inscrita na melhor tradição do ensaísmo de língua inglesa, em que não faltam elegância estilística, argumentos afiados, perspectiva pessoal e um humor discreto como contrapeso às cenas mais pungentes.

“Por que ficar sozinho? Pelo prazer de ler livros como esse.” - Entertainment Weekly

“O paradoxo bem-vindo de Como ficar sozinho é que o leitor não se sente nada isolado.” - The New York Times

“Coleção multifacetada e reveladora, [que]aproxima o leitor do autor.” - The Economist

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Leitura- Casa de Seda

Para quem gosta de livros policiais e principalmente de Sherlock Holmes este é uma boa foram de relembrar as boas estorias de Conan Doyle. Horowitz capta com habilidade o estilo  deste mestre e nos traz Sherlock de volta. Para quem já leu todas as estorias deste detetive fica uma vontade de retomar suas aventuras novamente.




Resenha:
O detetive Sherlock Holmes está de volta! Os mesmos métodos irresistíveis de dedução, a incrível velocidade de raciocínio, a parceria com Dr. Watson, os mesmos vícios e manias, o clima de suspense e mistério que prende o leitor até a última página. O que muda é o autor que assina esse romance. O mais famoso detetive da história, criado por Arthur Conan Doyle no fim do século XIX, agora ganha vida pelas mãos de Anthony Horowitz. A Casa da Seda é o primeiro caso de Sherlock Holmes escrito por outro autor a obter reconhecimento e autorização oficiais da entidade que administra e protege a obra do escritor, o Arthur Conan Doyle Estate.

Na trama, o leitor se depara com uma Londres gelada. É novembro de 1890 e Sherlock Holmes e Watson estão juntos à lareira saboreando um chá, quando um agitado cavalheiro bate à porta do número 221B de Baker Street pedindo ajuda. Agoniado, ele conta que está sendo seguido há semanas por um homem com o rosto marcado por uma cicatriz. Intrigados pelo relato, Holmes e Watson logo se veem às voltas com uma série de acontecimentos enigmáticos e sinistros, que se espalham da penumbra das ruas de Londres ao fervilhante submundo do crime de Boston. Quanto mais mergulham no caso, mais se deparam com um nome, que é sempre sussurrado — “A Casa da Seda”. Uma misteriosa entidade, um adversário mais mortal que qualquer outro já enfrentado por Holmes. Depois dessa leitura, ninguém terá mais dúvidas. Holmes está mesmo de volta.

domingo, 15 de julho de 2012

Leitura- No jardim das Feras

Excelente livro da reconstituição história da ascenção de Hitler ao posto de chanceler em 1933 a partir dos registros do embaixador Dodd e de sua famila em particular de sua  filha Martha pessoa altamente liberal para os padrões da época.



Resenha:

De forma inesperada, o professor William E. Dodd, da Universidade de Chicago, é convidado para assumir a embaixada dos Estados Unidos na Alemanha em 1933. Junto com a esposa e os dois filhos adultos, ele parte para Berlim, decidido a manter-se neutro em relação ao governo de Adolph Hitler. A animada vida social e o charme dos homens do Terceiro Reich a princípio encantam sua jovem filha Martha. Mas o deslumbramento não dura.
Com o tempo, a família Dodd testemunha a crescente perseguição aos judeus, a censura à imprensa e a implantação de assustadoras leis. Em No jardim das feras, o escritor Erik Larson reconstitui o ambiente cada vez mais opressivo de Berlim pela perspectiva dos Dodd - registrada em cartas, diários e documentos - e revela uma era de surpreendentes nuances e complexidades.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Leitura- O Mapa e o Territorio

Finalmente uma grande leitura. Houellebecq é um excelente escritor que nada fica a dever aos grandes mestres franceses.  Sua escrita nos faz refletir sobre tudo que nos cerca a traz e faz da literatura  uma via para  o foco naquilo que é sua razão : o leitor . Sabe como poucos manter a nossa atenção com uma escrita brilhante e sagaz.


Resenha:
O mais celebrado e polêmico escritor francês de nossa época alcança, com O mapa e o território, sua obra prima. A história da vida do artista plástico Jed Martin é uma perturbadora fábula sobre arte, dinheiro, amor, amizade e morte, em que Michel Houellebecq consegue combinar, com maestria, poesia e violência, desesperança e compaixão.

Lançado após um hiato literário de cinco anos, O mapa e o território coroa a carreira do escritor Michel Houellebecq, rendendo-lhe, por fim, seu primeiro Goncourt, principal prêmio francês de literatura. No entanto, lançou o autor em uma grande polêmica: por utilizar descrições de produtos, lugares e personalidades publicadas originalmente em sites, panfletos e reportagens, o livro incitou uma discussão sobre os limites entre citação e plágio.

Para além de qualquer controvérsia, porém, o romance é repleto de sutileza e fina ironia. Houellebecq delineia, de maneira impiedosa, a sociedade francesa, o mercado de arte e as altas rodas literárias. Mas, apesar da visão pessimista da natureza humana, permanece ao fim da leitura um sentimento de beleza, melancolia e compaixão.

Se Jed Martin, protagonista deste romance, fosse contar sua história, começaria falando de um boiler enguiçado, em um certo 15 de dezembro. Ou de seu pai, arquiteto bem-sucedido, mas que nunca conseguiu demonstrar afeto pelo filho. Evocaria certamente Olga, uma beldade russa que conheceu no início de sua carreira como artista plástico, antes que o sucesso mundial chegasse a partir de uma série de quadros de todos os tipos de personalidades (entre elas o escritor Michel Houellebecq), retratadas no exercício de suas atividades. Possivelmente contaria também como ajudou o comissário Jasselin a elucidar um brutal assassinato. Mas, no fim da vida, nada restou a Jed, apenas murmúrios.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Leitura -O Senhor do lado esquerdo

Concluído mais este livro de Mussa - é o 4o que leio: O Enigma de Qaf , Trono da Rainha Jinga e Meu destino é ser onça - e Mussa não nos decepciona. Excelente escritor que mistura História , Literatura policial e  comedia com muita criatividade e uma escrita fácil. Recomendo a leitura deste e dos demais livros de um dos melhores escritores brasileiros.

Resenha:
Rio de Janeiro, 1913. O secretário da Presidência da República é assassinado numa das dependências da antiga casa da Marquesa de Santos, aqui conhecida como a Casa das Trocas — prostíbulo sofisticado e local secreto para encontro entre casais — que funcionava sob a fachada de uma clínica médica, comandada por um cientista obcecado pelo estudo das fantasias sexuais femininas. Durante a investigação criminal, um perito da polícia científica, freqüentador da Casa, depara-se com um malandro do Cais do Porto, possivelmente envolvido no crime, e começa a travar com ele um duelo para saber quem, entre os dois, é o maior sedutor.
Em O SENHOR DO LADO ESQUERDO, estas e outras situações se entrecruzam como num passeio pela história e pela geografia do Rio de Janeiro, para instituir uma mitologia erótica da cidade e investigar, fundamentalmente, os subterrâneos da sexualidade humana. Alberto Mussa reúne mitologia, realidade e ficção, e vale-se das inúmeras possibilidades do ensaio e do gênero policial para se enveredar pelo território das disputas e dos prazeres do sexo. Com tamanha riqueza de detalhes, tanto na fábula quanto no relato baseado em dados e fontes oficiais, há uma conseqüente – e proposital –  mistura entre real e ficcional. Onde termina o ensaio e começa a ficção?
Menino que cresceu entre os livros da extensa biblioteca do pai, Alberto Mussa teve sua estreia literária como contista, em 1997, com Elegbara. Em seguida, vieram O trono da rainha Jinga, O enigma de Qaf, O movimento pendular e Meu destino é ser onça — obras que habitam uma zona fronteiriça e original entre o romance e o ensaio. Seus livros são traduzidos em sete idiomas e vem recebendo críticas elogiosas da imprensa estrangeira. A prestigiosa revista francesa Le Magazine Litteraire afirmou que Alberto Mussa inscreve-se na linhagem dos escritores que reinventam a historia da literatura, e é comparado a Jorge Luis Borges.  Para a revista Telerama, que o chamou de gênio, Mussa é um escritor que “reinventa a escrita e a narrativa”. Para o Le Monde, O Enigma de Qaf é “um cruzamento de influencias de Borges, de Cortázar e As mil e uma noites”.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Leitura- Fantasma

O mais recente livro de Garcia Roza fica devendo em relação aos iniciais. Livro para preencher o tempo e  para leituras curtas sem compromisso. Este é o 10 livro lido da lista abaixo:

  • O silêncio da chuva (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
  • Achados e perdidos (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
  • Vento sudoeste (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
  • Uma Janela em Copacabana (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2001.
  • Perseguido (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
  • Berenice procura (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2005.
  • Espinosa sem saída (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
  • Na multidão (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2007.
  • Céu de origamis (romance). São Paulo: Cia. das Letras, 2009.


    Resenha:

     A mulher sentada à beira da calçada na av. Nossa Senhora de Copacabana só se sente em casa vivendo na rua: estar entre paredes a oprime, ela tem a sensação de que vai morrer sufocada. É tão fina e educada que todos a chamam de Princesa. Seu “lar” é um trecho do piso de cimento delimitado por pedaços de papelão. Muito gorda, tem dificuldade para se mover. Mesmo assim, não descuida da aparência: alisa bem o vestido sobre as pernas esticadas, penteia-se com esmero e passa batom com pelo menos frequência — sempre que recebe a visita do delegado Espinosa. E o delegado Espinosa visita Princesa várias vezes por dia. Afinal, tudo indica que ela viu quem enfiou uma faca no homem muito branco, talvez um estrangeiro, que amanheceu morto na calçada a alguns metros dela. Mas Princesa costuma sonhar, às vezes até quando está acordada... E como saber, nesta vida, o que é realidade e o que se passa no mundo dos sonhos?

    Isaías é o grande amigo de Princesa. Ele sabe que a amiga viu alguma coisa que não deve ser lembrada. Acredita que precisa proteger a qualquer custo a moça dos perigos que podem surgir da noite — quando ela dorme sozinha na calçada — e do dia, quando os passantes são tantos que é difícil distinguir o inimigo que se aproxima para desferir um golpe. Como Princesa, Isaías é incapaz de lidar com o mundo complicado onde os dois vivem; como ela, é indefeso e vulnerável.



domingo, 3 de junho de 2012

Leitura - Incognito

Este livro de David Eagleman mas se presta a defesa de tese do autor no sentido de se mudar a forma como se julgam as pessoas passando a faze-lo  baseado na Neurociencia na vã suposição que a Neurociencia é a mãe de todas as demais e as respostas certas ao comportamento humano.

Como livro muito fraco e decepcionante - alem de repetitivo -se compararmos com " fantasmas do Cérebro" de de V S Ramachandram que nos explica  baseado  no estagio atual da neuroiciencia o funcionamento de alguns mecanismos da mente humana ,


Resenha:
Um dos cientistas mais respeitados da atualidade, o norte-americano David Eagleman é também um autor em ascensão num segmento que não para de ganhar leitores, o da Neurociência. Incógnito – as vidas secretas do cérebro, seu título mais recente, foi bestseller do The New York Times, eleito melhor livro do ano de seu segmento pela Amazon, recomendação de leitura do Wall Street Journal, entre outros destaques. Com exemplos retirados do cotidiano, das artes, da história e da literatura, o autor apresenta os subterrâneos da mente e suas intrigantes contradições.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Leitura- Vicio Inerente

Bom :literalmente ,  vicio inerente é um vicio no sentido de ler até acabar. As vezes vocês se encontra como DOC em vários pontos da leitura não sabe se fumou um ou se pirou de vez tamanha as elaboradas loucas escritas nas viagens de lsd e fumo do protagonista
O livro é muito engraçado e faz uma ótima caricatura de Sam Spade e dos doidões .Pynchon joga com ambos e faz o herói -como todo bom herói de estória policial - andar para la e para cá até que as coisas vão se resolvendo.

Como livro policial excelente .Esta ou igual ou um passo a frente de vários escritores policiais : Conan , Agatha, Raymond e outros.




Resenha:


Homenagem aos livros de Dashiel Hammet e Raymond Chandler e retrato mordaz da Califórnia no início dos anos 1970, Vício inerente marca a volta de Thomas Pynchon ao cenário de dois de seus romances, Vineland e O leilão do lote 49. Porém, enquanto estes livros registravam o auge do Flower Power, Pynchon agora explora o outro movimento da curva, a hora que o impulso começa a ceder, e que as forças contrárias àquela revolução cultural sui generis mostram a que vieram.
O centro de tudo é o detetive particular Doc Sportello, espécie de Sam Spade depois de uma maratona de LSD e maconha, que é contratado por uma ex-namorada para investigar o sumiço de um poderoso barão do mercado imobiliário. Esse desaparecimento é parte de uma conspiração maior, que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas, policiais corruptos e a temível entidade conhecida como Presa Dourada.
Como sempre, Pynchon faz da trama um meio de destilar seu conhecimento enciclopédico acerca de tudo, da melhor técnica para se montar um penteado afro às particularidades do saxofone na surf music dos anos 1960. Isso também serve de desculpa para abordar, não raro de maneira tocante, questões comuns a todos nós. Nesse misto de erudição e humor, loucura e sensibilidade, Pynchon se firmou como um dos grandes autores da literatura contemporânea.

domingo, 29 de abril de 2012

Leitura - Acabadora


Bom este livro de Michela Murgia sobre aspectos culturais da Sardenha que possui caracteristicas próprias bem diversas da Itália que conhecemos.


Sinopse:

Sardenha, anos 1950. A pequena Maria Listru é o que se chama de filha d’alma. Nascida em uma família sem condições de sustentá-la, aos seis anos de idade é adotada por Bonaria Urrai, uma mulher mais velha, solitária e calada, mas muito respeitada no vilarejo em que vivem. Desde cedo, Maria aprende o ofício de tia Bonaria, costureira. Mas a mulher esconde uma outra vocação, proibida e controversa. Bonaria é uma acabadora, aquela que faz o sofrimento cessar. Para os habitantes de Soreni, ela é aquela que visita as pessoas que estão no fim da vida e ajuda o destino a se cumprir. Acabadora é um livro fascinante. Carregado de emoções, ele nos mergulha em um mundo agreste, regulado por tradições seculares e semeado pela culpa. Um mundo em que Maria terá de decifrar tanto o amor quanto a mo

domingo, 22 de abril de 2012

Leitura - Diario da Queda

 1o livro que leio de Michel Laub. Trata-se de um excelente escritor que para mim foi uma boa surpresa. Escritor consagrado com muitos prêmios que reconstrói a partir de seu avo e seu pai sua própria estoria.


Resenha:
Um garoto de treze anos se machuca numa festa de aniversário. Quando adulto, um de seus colegas narra o episódio. A partir das motivações do que se revela mais que um acidente, cujas consequências se projetam em diversos fatos de sua vida nas décadas seguintes — a adolescência conturbada, uma mudança de cidade, um casamento em crise —, ele constrói uma reflexão corajosa sobre identidade, afeto e perda.



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Este livro da ganhadora do Pulitzer não me empolgou.Boa leitura , criativa mas com gosto de roteiro ultra elaborado e nao de Literatura .Não esta no rol do grandes escritores americanos : John Updike e Roth para citar apenas 2.



Resenha:

“É essa a realidade, não é?
Vinte anos depois, a sua beleza já foi para o lixo, especialmente quando arrancaram fora metade das suas entranhas. O tempo é cruel, não é? Não é assim que se diz?”

Bennie Salazar é um executivo da indústria fonográfica. Sasha é sua assistente cleptomaníaca. E é a partir da história desses dois personagens que Jennifer Egan retrata, em uma narrativa caleidoscópica, a passagem do tempo e a transformação das relações. Da São Francisco dos anos 1970 até a Nova York de um futuro próximo, a autora cria um romance de estilo ímpar sobre continuidade e rupturas, memória e expectativas.

Surpreendente, A visita cruel do tempo combina diferentes pontos de vista sobre histórias que se entrelaçam de maneiras inesperadas. Ao longo dos sabores e dissabores da vida dos personagens, Egan traça um interessante e envolvente panorama sobre crescimento, perda e ambição e sobre o que acontece entre o que esperamos de nossa vida e o que se torna realidade.

sábado, 31 de março de 2012

Leitura- A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis


Finalmente conclui esta excelente reconstituição histórica. Através da História de nossa Biblioteca Nacional viajamos pela do Brasil e Portugal num período que cobre desde o Terremoto até a Independência do Brasil. Pesquisa profunda e de ótimo conteúdo









Resenha:
Primeiro de novembro de 1755, dia de Todos os Santos. A população de Lisboa se apronta para viver mais um pacato dia de feriado, sem imaginar o mal que vinha da terra. Em poucas horas, um terremoto devastador, seguido de incêndio e maremoto, destruiria a capital do Império e, junto com ela, sua célebre Real Biblioteca, fruto dos livros reunidos pelos monarcas portugueses por séculos.
A narrativa de A longa viagem da biblioteca dos reis começa a partir desse episódio e percorre eventos fundamentais da história brasileira, sempre através dos livros. A antropóloga Lilia Schwarcz acompanha a reconstrução do acervo nas mãos do marquês de Pombal, os tempos incertos de d. Maria I, o angustiante momento da fuga da família real - que atravessava o Atlântico pela primeira vez - e as vicissitudes de sua nova vida nos trópicos, até chegar ao processo de independência brasileiro - quando se pagou, e muito, pela Real Biblioteca.
Os livros, porém, permitem mais: são símbolos de poder e de prestígio, carregam dons e possibilitam viajar no tempo e no espaço. Ao evadir-se de Portugal, d. João não esqueceu da biblioteca - que veio em três viagens sucessivas -, assim como d. Pedro I não abriu mão das obras e do lustro que elas garantiam: nada como iniciar uma história autônoma tendo uma Biblioteca Nacional desse porte para assegurar um passado e conferir erudição a um país recém-emancipado.
A longa viagem da biblioteca dos reis refaz muitas jornadas e mostra como, por intermédio de bibliotecários mal-humorados, obras selecionadas, ilustrações raras e muitos sistemas de classificação, pode-se contar uma outra história desse mesmo país.
A edição de A longa viagem da biblioteca dos reis contou com a colaboração da historiadora Angela Marques da Costa e do pesquisador Paulo Cesar de Azevedo, e teve patrocínio da Odebrecht.

domingo, 19 de fevereiro de 2012


Não há como errar na escolha quando se lé a Granta .Excelentes contos e excelentes escritores que nos movem para alternativas de leituras muito interessantes. Em particular o conto de Reinaldo Moraes e Educação de Linn Barber  são particularmente recomendados




Resenha:

Em pouco mais de trinta anos de vida, a Granta inglesa tratou dos mais diversos assuntos: viagens, família, dinheiro, crimes, celebridades. Lançou edições com títulos sugestivos, como "Histórias de amor" e "Aqueles que amamos", mas nunca havia dedicado um volume exclusivamente ao tema do sexo.
"Nunca o sexo, a mais secular obsessão, foi tema da Granta inglesa - até o número 110, publicado no início de 2010, matriz desta nossa versão brasileira. Há mais de trinta anos a revista elege um assunto central para suas edições, do mais tangível - dinheiro, comida, crime, viagens - ao mais difuso e sutil, como os que entrelaçam números dedicados a "Histórias ocultas" (85), "Achados e perdidos" (105) ou "Verdades e mentiras" (66). Finalmente, sexo: com ou sem metáfora, o ato, as variações sobre o fato, como ponto de partida para a criação literária. Oito autores estrangeiros e sete brasileiros dão conta do recado", escreve Isa Pessôa na apresentação da revista que a Alfaguara lança no Brasil em novembro de 2010.
O conteúdo do sexto número da Granta em português, no entanto, é distinto do original. Entre os autores estrangeiros, foram selecionados alguns da edição 110 e incluídos outros, de volumes anteriores, emblemáticos para a revista. É o caso de Lynn Barber, cujo relato Educação foi publicado na Granta 82, e de dois autores novos e promissores, Nell Freudenberger e Gary Shteyngart, incluídos pela revista na lista dos melhores jovens escritores norte-americanos (publicada, no Brasil, na primeira Granta em português).
"Pela primeira vez, publicamos poetas brasileiros em nossa edição - Chacal abre o volume com "VCVC", poema de circularidade lúbrica. Inevitável ainda convidar o pornopopeico Reinaldo Moraes para escrever sobre sexo: ele evoca a São Paulo dos anos 1980 para nos fazer gargalhar com "O Apocalipse segundo Pirandello". Apenas insinuando o tema, em ficções inéditas, aqui estão outros autores de tão potente calibre como Luiz Vilela e Rodrigo Lacerda", completa Isa.
Concebida por Michael Salu e ilustrada por Billie Segal, a capa  da sexta edição de Granta em português reproduz a da Granta inglesa.

Leitura - O Cemiterio de Praga

Umberto Eco traz toda sua erudição para esta nova novela .Personagens reais convivem com seu capitão Simonini de forma divertida para criar um romance histórico que retrata a perseguição aos judeus de forma sistemática. Esclarecedor e instrutivo

Resenha:

 Personagens históricos em uma trama na qual se desenrola a história de complôs, enganos, falsificassões e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos falsos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. A única figura inventada nesse romance é o protagonista Simone Simonini, embora o autor defenda que basta falar de algo para esse algo passar a existir.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Leitura -Acqua Toffana

Este é o 2o livro de Patricia Mello que leio. Comprei barato e valeu a pena.Excelente livro Policial na linha de Rubens Fonseca mas com voo próprio de alta qualidade.




Resenha:
 Autora de sucessos como Inferno, ganhador em 2001 do Prêmio Jabuti, Patrícia Melo está de “casa nova”. Com sete romances já publicados, a escritora, roteirista e dramaturga paulista terá toda a sua obra reeditada pela Rocco a partir deste mês, começando por Acqua Toffana, seu primeiro romance, cujo curioso e misterioso título já instiga o leitor logo de início. Durante o século XVII, espalhou-se o terror na Sicília por conta da acqua toffana – um veneno devastador que ceifou muitas vidas. Uma grande metáfora para a temática do livro: violência urbana, ferida aberta no Brasil e que Patrícia Melo trata com crueza em duas histórias de arrepiar, lancetando a realidade e explorando o avesso demoníaco do homem. Um mergulho pelo labirinto negro da mente criminosa cujo maior e mais refinado talento é matar brutalmente.



Leitura - O mal que ronda a terra

Observamos  que países mais desenvolvidos  aplicaram politicas de bem estar social a partir da 2a grande guerra até a década de 80 para melhoria do padrão de vida de seus povos e que ajudaram seus países a crescer ( similar ao que esta sendo feito no Brasil agora com uma vasta Rede de proteção social) e criar estados socialistas mesmo em economias capitalistas.Posteriormente resolveram adotar uma nova forma de Economia mais liberal reduzindo o poder de o estado .Economia esta  que sem controle se mostrou ineficiente e suicida  fazendo com que o estado fosse obrigado a entrar como agente de socorro e regulador para socorrer empresas e países falidos .
Muito provavelmente o equilíbrio entre Estado e Iniciativa Privada seria uma solução mais adequada para resolver problemas econômicos e sociais  na medida de sua situação econonica de momento criando um pais com riqueza distribuída de forma a que todos possam ter uma vida digna.


Resenha: 

Há algo de errado na maneira como vivemos e pensamos o presente. Tony Judt, um dos mais importantes historiadores e pensadores da atualidade, cristaliza com maestria nosso grande desconforto coletivo. "O caráter materialista e egoísta da vida contemporânea não é inerente à condição humana. Muito do que parece ‘natural' hoje em dia data dos anos 1980: a obsessão pelo acúmulo de riqueza, o culto da privatização e do setor privado, a crescente desigualdade entre ricos e pobres. E, acima de tudo, a retórica que acompanha esses conceitos: admiração acrítica pelos mercados livres de restrições, desdém pelo setor público, ilusão do crescimento interminável. Não podemos continuar vivendo assim", alerta o autor.





domingo, 15 de janeiro de 2012

Leitura- O remorso de Baltazar Serapiao

A Literatura sempre nos surpreende .Valter Hugo Mae é sem duvida um grande escritor .Seu livro de 2006 lançado ano passado no Brasil não é de fácil leitura. Mas nem por isto nos impede de que querer prolongar esta leitura para mergulhar mais intensamente no remorso de Baltasar e em seu mundo.Um livro magnifico que vai estar inscrito na lista das criações mais férteis da Literatura Mundial.















Resenha:
Edição apoiada pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas/Portugal

Prêmio José Saramago de melhor romance - 2007
Vencedor do Prêmio Literário José Saramago em 2007, este livro de valter hugo mãe — poeta, romancista, artista plástico e cantor nascido em 1971 — foi saudado pelo grande escritor português como "uma revolução", um verdadeiro "tsunami literário". Com linguagem exuberante, relata a desastrada existência dos sargas, "nascidos de pai e vaca", e as desventuras de seu primogênito, baltazar serapião, o narrador da história, tragicamente enamorado por ermesinda, de extrema beleza.
     Fruto de uma invenção radical, que combina tempos, ritmos e oralidades arcaicos, primitivos, com um recorte narrativo altamente contemporâneo, o remorso de baltazar serapião é daqueles livros excepcionais que parece ter encontrado uma tecla secreta da linguagem, que a dispara e faz florescer de maneira incomparável. Não foi por outra razão que o próprio Saramago, ao lê-lo, afirmou: "às vezes tive a impressão de assistir a um novo parto da língua portuguesa".aolp

Sobre o autor
valter hugo mãe nasceu em Angola em 1971. Além de escritor, é editor, artista plástico, vocalista da banda Governo e DJ. Passou a infância em Paços de Ferreira, no norte de Portugal, e em 1980 mudou-se para Vila do Conde. Licenciou-se em Direito e cursou pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea na Universidade do Porto. Além de ter publicado vários livros de poesia, é autor dos romances o nosso reino (Lisboa, Temas e Debates, 2004), o remorso de baltazar serapião (Matosinhos/Lisboa, QuidNovi, 2006), o apocalipse dos trabalhadores (QuidNovi, 2008) e a máquina de fazer espanhóis (Lisboa, Objectiva, 2010).

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...