domingo, 27 de dezembro de 2020

Leitura -Austerlitz

 


3o livro que leio de Sebald,.Para mim um dos melhores escritores contemporâneos. Sua prosa lembra Proust e nos faz viajar em suas estórias como se contadas por um amigo. próximo. Excelente

Resenha: O professor de história da arquitetura Jacques Austerlitz explora a estação ferroviária de Liverpool Street, em Londres, coletando material para pesquisas, quando é tomado por uma visão que talvez o ajude a explicar não a “arquitetura da era capitalista”, mas o sentimento incômodo de ter vivido uma vida alheia. A partir dessa experiência, suas andanças pelas ilhas britânicas e pelo continente europeu, sua mania fotográfica e sua memória minuciosa ganham ímpeto bem mais que acadêmico: Austerlitz passa a reconstruir sua própria biografia.
Para cumprir a tarefa — ou seu destino —, o herói do romance terá de ir e vir entre várias décadas, muitos países e os cenários mais díspares: um lar protestante no interior de Gales, um internato britânico, uma biblioteca em Paris, fortificações, palácios, campos de concentração, monumentos e banheiros públicos.
No fim da viagem — que converterá a biografia mais íntima do professor em cifra da história européia no século XX —, está o momento em que tudo começou, com outros nomes, em outra língua, em outra estação ferroviária, quando os horrores da Segunda Guerra começavam a se anunciar.
Explorando temas como a perda, o desolamento e a inquietude mental, e misturando gêneros como as memórias, a história e a literatura de viagem, a prosa de Sebald foi saudada no mundo todo por desafiar os limites da ficção. Como em seus outros romances, o texto de Austerlitz é costurado por fotografias às vezes enigmáticas: objetos, cartões-postais e lugares não identificados não são meras ilustrações da história — por meio delas, o autor parece sugerir algo mais.
Publicado em 2001 e inédito em português, Austerlitz é a estréia de Sebald na Companhia das Letras, que lançará Vertigem(1990), Os emigrantes (1992), Os anéis de Saturno (1995) e Sobre a história natural da destruição (2003).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Leitura- 451 No 40 Dez 2020

Mais uma edição da 451.Achei esta edição com resenhas de livros medianos sem muito expressão . Os melhores de 2020 são uma exceção 
 

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Leitura-Inventário das Sombras

 

Sensacional este livro de mini biografias de escritores.  Jose Castello recria figuras que conhecemos de leituras , reportagens e de resenhas críticas e reconstrói personagens como uma obra ficcional a partir de suas  entrevistas, de pesquisa  com alta  elaboração lírica e ficcional. Brilhante 

 Resenha: Por mais de duas décadas o jornalista José Castello vem entrevistando autores e analisando seus trabalhos. Neste livro ele faz um balanço dessas experiências e as descreve pelo prisma da emoção, traçando as nuances dos seres humanos que estão por trás das grandes obras. O foco de 'Inventário das Sombras' concentra-se em treze escritores, um jornalista e um artista plástico que escrevia com imagens. Castello, no seu livro-registro, escreve sobre seus encontros com Clarice Lispector, Bioy Casares, Robbe-Grillet, Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar, Manoel de Barros, Nelson Rodrigues, Saramago, José Cardoso Pires, acrescentando as lições de João Rath e João Antônio, a trajetória de Caio Fernando Abreu e os aspectos singulares da obra e vida de Dalton Trevisan, Raduan Nasser e Arthur Bispo do Rosário.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Leitura-A História da Amazônia

 

Bom livro sobre a História da Amazônia . Não eh brilhante mas ajuda a compreender um pouco mais esta parte do Brasil sempre esquecida e vitima de incompreensão . Como diz Marcio a Amazônia eh única , como se fosse outro planeta dentro da Terra .Seu eco sistema até hoje não foi aproveitado economicamente e continua -como outro planeta. Continua  sob um eterno olhar colonialista  cujo discurso agora se esconde sobre  sofisticada ótica da  preservação pelos  países  ricos.

Resenha: O livro definitivo sobre a história da Amazônia do período pré-colombiano aos dias atuais, por um dos autores que melhor interpretou a região. A Amazônia, que desde sempre atraiu viajantes e exploradores como um local desconhecido e misterioso, ocupa um lugar privilegiado na obra de Márcio Souza. Unindo suas perspectivas de sociólogo, historiador e crítico literário, ele se dedicou à tarefa de registrar esta História da Amazônia, abrangendo a totalidade de um território geográfico e histórico que se revela coerente em sua diversidade. Cobrindo desde o período pré-colombiano até os dias atuais, Márcio Souza trata de aspectos geográficos e antropológicos, valoriza a pluralidade étnica e vai além de favorecer a compreensão de um povo em sua dimensão geopolítica e cultural.Com esta obra, o autor não apenas preenche uma lacuna bibliográfica, mas reafirma a importância do resgate da memória da Amazônia, buscando aguçar o pensamento crítico dos leitores.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Leitura- Os emigrantes

Excelente este 2o livro de Sebald que leio. Sua literatura nos leva a viagens internas, para paisagens exóticas , de conhecimento da aventura e vida humana. Vidas como as nossas mas com aspectos de profundo estranhamento e dor .No fundo somos todos emigrantes 

 Resenha: Publicado originalmente em 1992, e lançado pela primeira vez no Brasil em 2002, Os emigrantes ganha agora nova tradução. O livro que trouxe renome internacional a W. G. Sebald está dividido em quatro partes, cada uma centrada num personagem que em algum momento cruzou a vida do narrador.
Todas as trajetórias reconstituídas foram em alguma medida transtornadas pela história contemporânea da Europa, em especial pela Segunda Guerra e pelo Holocausto. O dr. Henry Selwyn é um ex-cirurgião que termina seus dias cuidando de plantas e cavalos no interior da Inglaterra. O professor Paul Bereyter retorna a sua cidadezinha alemã, onde foi discriminado durante o nazismo. Ambros Adelwarth encerrou-se voluntariamente numa clínica psiquiátrica nos Estados Unidos, depois de ter trabalhado como pajem e companheiro de viagem de um jovem milionário. Por fim, o pintor alemão Max Ferber dá ao narrador o manuscrito memorialístico que sua mãe escreveu antes de ser deportada para um campo de extermínio.
Simulando um trabalho de investigação biográfica de seus personagens, o narrador revela a contrapelo suas próprias andanças e desajuste com o mundo contemporâneo. Reforçam a sensação de estranheza e melancolia as imagens que, num procedimento característico, o autor espalha ao longo do texto.
Obra de fôlego e originalidade exemplares, Os emigrantes eleva a um patamar de grande literatura a obsessão de Sebald com a reconstrução da memória individual e coletiva de nossa época.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Leitura- Muzungu

 


Muito bom este livro  para adolescentes . Uma estória sobre a amizade de um menino negro e um branco na Africa colonial. 


Resenha : 

Kariuki é filho do cozinheiro de um colonizador branco que controla o povoado em que vive com a família, no Quênia, em plena guerra de independência contra a Inglaterra. Ele se torna amigo de Nigel, neto do bwana, a quem chama de “Mzungu”, “menino branco” em swahili. Contrariando as regras coloniais, que separam brancos e negros, eles descobrem que a amizade e o respeito independem da cor da pele e da origem social.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Leitura-Contos Russos Tomo 2

 





São duas novelas longas que representam bem a Literatura Russa do século XVIII . Ambas muito boas

Resenha: Este livro é o segundo tomo da coletânea de contos clássicos russos elaborada pela editora Martin Claret de maneira que todos os leitores possam encontrar nela textos consoantes a seus gostos e interesses. As obras que o compõem (O primeiro amor, de Ivan Turguênev, e Lady Macbeth do distrito de Mtsensk, de Nikolai Leskov) têm o mesmo objetivo de revelar a máxima verdade sobre o mundo cada vez mais desenvolvido e menos humano, mas seus autores lançam mão de técnicas bem distintas para alcançá-lo: enquanto o realista Turguênev busca ligar a conduta do homem aos misteriosos impulsos espirituais, o naturalista Leskov analisa a sua motivação meramente fisiológica.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Leitura- Écue-Yamba- Ó

 

1o Livro publicado de Alejo Carpentier e 2o que leio .Confesso que não me lembro do : Concerto Barroco .Levemente. Este sobre a estória de Menegildo , Negro empregado das fazendas de cana em Cuba , retrata a vida ainda escrava dos negros das Plantations. Com sua tradições e rezarias e suas cerimonias de iniciação dos cultos e com todo sincretismo religioso parecido com o brasileiro



sábado, 28 de novembro de 2020

Leitura- Michelangelo -Uma vida épica

 

Excelente esta biografia de Michelangelo. Além de mergulharmos na vida do gênio das artes passamos a conhecer suas obras  desde o planejamento até a execução passando pelo detalhes artísticos de cada uma. Trata-se de um livro sobre a Arte , sua filosofia e sobre o momento histórico que vivia a Itália em complemento a biografia de Buonarroti. 


 Resenha: A arte ocidental não seria a mesma sem Michelangelo Buonarroti. Vaidoso, ciumento, obsessivo, tímido, excêntrico e genial, ele transformou para sempre nossa ideia do que pode ser um artista. Se sua vida e a complexidade das obras que produziu podem ser comparadas à saga de um herói da mitologia clássica, igualmente hercúleo foi o esforço empreendido por Martin Gayford nesta biografia. Do jovem artista tentando agradar um protetor rico, passando pelo homem que com apenas 26 anos escolhe um bloco de mármore para retirar dele o Davi, até o reconhecido mestre, já no início da velhice, pintando o enorme afresco do Juízo Final na capela Sistina, acompanhamos a trajetória de alguém que viveu paixões intempestivas, guerras e pequenos apocalipses no epicentro das transformações de uma Europa entre a Renascença e a Contrarreforma.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Leitura-451-No 39 -Nov 2020

 

Esta edição eh de escritores pretos .Comprei os 2 livros recomendados da Ruth Guimaraes: Conto Indios e Contos Negros . Muito boas crônicas de PRP e Djaimilia



Resenha: 




Leitura- Viagem ao redor de meu quarto

 



Muito bem humorado este libelo contra confinamento e prisão. De forma extremamente engraçada  Xavier nos leva num passeio pelos seu quarto e pelos devaneios do "outro" 

Resenha: Confinado em seu quarto após se envolver num imbroglio pré-carnavalesco (devidamente seguido de duelo), um oficial de família nobre vinga-se do aperto castrense e do despeito amoroso escrevendo um pequeno prodígio de leveza verbal e garantindo seu posto — singular, vale dizer — nas letras francesas. Parece bem contado demais para ser verdade, mas assim nasceu esta Viagem ao redor do meu quarto. Redigido na fortaleza de Turim e publicado pela primeira vez em 1795, o livrinho do tenente (e conde) Xavier de Maistre (1763-1852) é um exercício de risonha subversão de hierarquias, sejam elas militares, metafísicas ou literárias. Zombando das circunstâncias, o autor transforma os quarenta e dois dias de castigo em ponto de partida para uma paródia dos relatos de viagem, das dissertações eruditas e dos tratados de filosofia, confrontados aqui ao zigue-zague dos caprichos, ao curso errático dos pensamentos ou ainda às inclinações incontornáveis do corpo. Aos poucos, o sentimento e a fantasia vão tomando conta do cenário com uma irreverência que, sendo graciosa como só o século XVIII sabia ser, mostrou-se cheia de sugestões sediciosas para as gerações seguintes: Nietzsche foi leitor da Viagem, e Machado de Assis havia de saber o que estava fazendo quando inscreveu suas Memórias póstumas de Brás Cubas na linhagem da “forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre”.

“A Viagem ao redor do meu quarto é uma das autobiografias mais originais e atrevidas já escritas.” (Susan Sontag)


sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Leitura- Nada digo de ti que em ti não veja

 






 Mais um livro de Eliane Alves. Sua escrita não tem erro boas estórias e uma literatura popular de qualidade . Já li seus 3 livros todos excelentes

Resenha: Uma cidade com milícia, racismo, fake news, delação premiada, conservadorismo, fanatismo religioso e ruas sujas. Parece 2020, mas esse é o Rio de Janeiro de 1732, ano no qual está ambientado o romance histórico “Nada digo de ti, que em ti não veja”, terceiro de Eliana Alves Cruz e o primeiro da autora premiada pela Pallas Editora.

A narrativa é eletrizante. Entre as temáticas, salta aos olhos a transexualidade, raras vezes presente em uma trama de época, e as fake news tão em voga, através de cartas anônimas que ameaçam revelar alguns dos segredos mais bem guardados dos integrantes das duas famílias ricas que se cruzam nas 200 páginas do título. “Nada digo de ti, que em ti não veja” é também, como adiantou Elisa Lucinda na apresentação, a história de um amor impossível, forte e verdadeiro.

domingo, 8 de novembro de 2020

Leitura -Dez de Dezembro

 




Acho que li uma recomedação  deste livro na 451. Sensacionais os contos. Visão ácida sobre a américa de forma altamente alucinatória. 

Resenha: Uma visão alucinante e sarcástica da vida contemporânea nos contos inventivos e emocionantes de um mestre da narrativa norte-americana.

Premiado, aclamado pela crítica, arrastando para si uma legião de adoradores da melhor ficção, Dez de dezembro é um verdadeiro acontecimento na narrativa breve de nossos dias. Seus dez contos formam um vasto painel da vida contemporânea, apresentando nossas neuroses, comédias de erros, relações amorosas e outros traços da realidade do século XXI. Com este livro que retoma a melhor tradição de contistas como John Cheever, Raymond Carver e David Foster Wallace, George Saunders, autor de romances, ensaios e outros volumes de contos, foi catapultado — merecidamente — para o centro da cena literária de seu país.

Pudera: seus contos, escritos com virtuosismo linguístico e formal e mesmo assim intensamente divertidos, tocantes e humanos, são um olhar a partir do cotidiano de todos nós. Os dramas e as delícias da classe média urbana, a relação entre pais e filhos, as pequenas imposturas que cometemos quando queremos agradar um desconhecido, tudo isso perpassa esse conjunto de narrativas inesquecíveis.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Leitura- Seu paciente favorito

 

Um livro curto e razoável. Nada brilhante .Algumas poucas estórias interessantes mostram que a psicanalise eh uma terapia em extinção . Proposta no Século XVIII não atende aos requisitos do século XXI. Esta ultrapassada como terapia não como Teoria.

Resenha: Um argumento simples resulta um livro extraordinário. Qual caso clínico
teve impacto transformador no seu entendimento ou na sua prática da psicanálise?
Posta a questão para dezessete psicanalistas de prestígio na França, a jornalista
Violaine de Montclos descortina em histórias curtas e densas, o alcance,
a coerência e a intensidade das relações psicanalista-paciente e a atualidade
do saber psicanalítico

Leitura-Agua por todos os lados

 



1o livro de Padura que não gosto. Na verdade eh porque não se trata de romances. Mas sim de estudos para elaboração de romances e estudos e pesquisas sobre personagens cubanos históricos e uma tentativa de vender uma Imagem Cubana que me parece uma pouco propaganda . Achei alguns artigos inclusive muito chatos. Li todos os livros de Padura . Mas este sinceramente eh quase perda de tempo exceto um artigo ou outro . Me pareceu que como faz sucesso querem vender tudo que produziu como se fosse da mesma qualidade e interesse dos romances

Resenha:

O novo trabalho de Leonardo Padura é uma celebração dos elementos que fazem de sua voz uma das mais proeminentes da literatura cubana nos últimos anos. Água por todos os lados apresenta ao leitor algumas das grandes paixões e inspirações de Padura, como a literatura, o beisebol, a cultura local e, de forma geral, sua terra natal: “Sou um escritor cubano que vive e escreve em Cuba porque não posso e não quero ser outra coisa, porque (e sempre posso dizer que apesar dos mais diversos pesares) preciso de Cuba para viver e escrever”.
Nas páginas dessa obra singular, o escritor nos apresenta um lado pessoal de seu processo de criação, revelando locais e tramas em que os personagens ganham vida, seus instrumentos de trabalho e suas inspirações: “Entre uma obsessão abstrata, quase filosófica, e o complicado processo de escrever um romance, há um longo período, cheio de obstáculos e desafios”.
Trata-se, então, de um relato brilhante de como transformar em material narrativo aquilo que no início se mostra apenas uma luz tênue na mente do autor e de como habilmente tecer isso com o vínculo de pertencimento mantido em relação a seu país. “Quando me perguntam por que vivo e escrevo em Cuba, tenho diversas respostas possíveis a oferecer. Prefiro, porém, a mais simples: porque sou cubano e tenho um alto senso do que esse pertencimento significa.”

domingo, 1 de novembro de 2020

Leitura-451 No 37 Set 2020

 



Esta 451 esta boa . Gostei do artigo de PRP da Djaimilia da resenha do O Mapa fantasma sobre epidemia de coléra em Londres da entrevista de Safran Froer apesar de meio bobinha , típica de nova iorquino antenado da vida útil de Ailton Krenak da entrevista de Araquém Alcântara e suas sensacionais fotos , do livro de Marcio de Souza : História da Amazônia , da entrevista de Petra Ferreira e da resenha O homem sem talento de Yoshiharu  

sábado, 31 de outubro de 2020

leitura- Bolivar -O Libertador da América

 


Excelente este livro sobre Bolívar . Além de super bem escrito e com muitos dados históricos e muita pesquisa nas Bibliotecas dos Eua foi escrito por uma jornalista peruana que teve seu tataravô  e trisavô lutando em lados opostos na batalha que Libertou o Peru dos espanhóis . Tive também  o prazer que conhecer um líder que pode se comparar aos maiores do Mundo e ate mesmo Gengis Khan em território abrangido . Bolívar deu 4 voltas na Terra em suas andanças e batalhas de Libertação.


Fantástico 

Resenha: As paixões e as lutas de Simón Bolívar emergem em toda a sua potência nesta grandiosa biografia do homem que comandou as guerras de independência de uma imensa faixa territorial das Américas – hoje correspondente às fronteiras de seis países: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e Panamá.

A escritora e jornalista Marie Arana, norte-americana de origem peruana e colaboradora do Washington Post, traça no livro um dos retratos mais completos já feitos do Libertador da América, expondo com isenção política todas as suas contradições: de filho da aristocracia a jovem libertário, de gênio militar a guerreiro impiedoso, de revolucionário destemido a governante despótico, de herói perseguido no final da vida a mito de povos latino-americanos.

O trabalho rigoroso de reconstituição histórica alia-se em Bolívar à narrativa forte e dramática, que conduz o leitor aos salões das elites, às reuniões dos conspiradores, aos povoados miseráveis e aos campos sangrentos de batalha, trazendo à tona uma parte crucial da história das Américas que ajuda tanto a compreender o seu passado quanto a explicar o seu presente.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Leitura- 451 Agosto2020

 

Nesta 451 além das crônicas de PRP e Djaimilia Ribeiro, excelentes . gostei das resenhas de : Coraline -Neil Gaiman, A Maquina do Ódio de Patrícia Campos Mello, Lições de resistência sobre Luiz Gama de Ligia Fonseca, Nada digo de Ti de Eliane Alves Cruz de quem ja li os livros publicados , Taiyo Matsumoto , Sunny Vol1 e Violaine de Montclos :Seu paciente favorito.Mas de uma forema geral todas as resenhas muito boas

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Leitura- 451 Outubro 2020

 


Nesta 451 boas resenhas de Livros: Nick Drnaso: Sabrina HQ ;Xavier de Maistre: Viagem ao Redor de meu quarto ; Amin Maalouf: Naufragio da Civilizações -que já li; e o artigo de PPR sempre brilhante além da costumeira virtuose da crônica : Djaimillia Ribeiro

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Leitura- Os 12 Cesares

 


Excelente este livro sobre os 12 1os Cesáres. Suetônio nos brinda com informações e fatos destes homens num trabalho histórico formidável . Temos muito a aprender  em todos os sentidos com os exemplos e de como os Homens são extremamente perversos ao ter um poder ilimitado .Nao eh a a toa que tantos eram assassinados. Excelente livro

Resenha:

Embora pouco ou nada se saiba de preciso sobre a vida do autor de Os Doze Césares, parece, efetivamente, que teria nascido na época de Vespasiano e que seu pai servira na décima terceira legião romana como tribuno augusticlavo. Habilitado, pelas condições do seu nascimento, a seguir a carreira das armas e das letras, como era então costume em Roma, preferiu esta àquela. E, de facto, foi um homem de letras aplicado e laborioso. Através das cartas de Plínio o Moço, seu protetor, depreende-se que Suetônio era casado e pai de numerosos filhos. É Plínio quem o anima a abraçar o mister de advogado e de retórico. Mas o seu principal labor encontra-se nas numerosas obras literárias e históricas que escreveu. Quase todas desapareceram, e, entre as poucas que chegaram até nós, conta-se a vida dos Gramáticos e Retóricos Ilustres. Graças à nomeada que ganhou com os seus trabalhos, veio a conquistar a amizade do imperador Adriano, que fez dele seu secretário ou epistolarum register. Nessa situação pôde Suetónio consultar os arquivos do Estado e, inclusivamente, percorrer a correspondência de Augusto.
Malquistado com o imperador por causa da imperatriz Sabina, caiu em desgraça junto de Adriano e foi, depois disso, no retiro a que então se votou, que se consagrou a escrever a vida de Os Doze Césares.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Leitura -História Universal da Infâmia e outras histórias

Já havia lido Borges na adolescência . Resolvi ler este História da Infâmia para recordar sua escrita. Borges eh um erudito .Um Mil e uma noites com alta sofisticação .Para que sua leitura seja aproveitada eh bom ter uma enciclopédia ao lado. Sem isto eh como ler o Inferno de Dante sem referencias . Alguns contos são chatos e me parecem com obrigação de serem kafkianos e estranhos .Mas eh uma boa leitura . Não se trata de um Literato na acepção da palavra mas um excelente escritor de contos e contador de estórias 

 Resenha e resumo :historia universal da infâmia e outros contos :Elogio da Sombra ,O informe de Brodie, O livro de Areia e historia universal da infâmia. 


Antes de tudo, este é um livro divertido e inteligentíssimo, guardando surpresas para o leitor a cada frase. Sendo um exercício de aprendizagem para o autor, que se iniciava na arte da narrativa curta no começo da década de 1930, é ao mesmo tempo um texto de livre experimentação, uma vez que nele Borges se permite ousadias de invenção sobre histórias alheias e próprias, em larga medida inspirado pelas releituras de Stevenson, pela prosa de Marcel Schwob, pelos filmes iniciais de Josef von Sternberg, além da pintura, estimulado, quem sabe, por sua amizade com os pintores Xul Solar e Pedro Figari. Embora as histórias que compõem o volume tenham sido tiradas, em grande parte, de livros de outros autores, o trabalho abissal de reescrita é a novidade, complexa e de grande força expressiva, pois depende da criação incomum de pormenores circunstanciais de longo alcance que, por meio de sua concretude e particularidade, ampliam e adensam os significados dos argumentos que aproveita, imprimindo-lhes um sentido inesperado. São obra de um leitor mais tenebroso e singular que os bons autores, como se anuncia num de seus dois prólogos notáveis.

domingo, 27 de setembro de 2020

Leitura- Tupinilandia

 


Este eh o 3o livro que leio de Samir .Com certeza o pior dos 3 . Uma copia mal desenhada de Jurrasic Park .Podia ter feito uma critica aos conservadores e extrema- direita usando a criatividade dos 2 outros livros que sao  ótimos . Uma perda de tempo .

Resenha: No início dos anos 1980, com o Brasil rumando para a abertura política, um industrialista constrói em segredo um parque de diversões. Batizado de Tupinilândia, o parque funcionaria como uma celebração do nacionalismo e da nova democracia que se aproximava. Todavia, durante um fim de semana em que se testavam as operações do parque, um grupo de militares invade o lugar e faz funcionários e visitantes de reféns.


Duas décadas depois, um arqueólogo especialista em nostalgia, e desde a infância obcecado pelo mito de Tupi­nilandia, recebe autorização para mapear o local, que está prestes a ser alagado pela hidrelétrica de Belo Monte. Ao chegar com sua equipe, descobre um terrível segredo, e a partir daí as duas pontas do romance se unem numa aventura literária pelo passado recente do Brasil e pela memória dos anos 1980.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Leitura- Acqua Alta

 


Não conhecia Donna Leon. Livro clássico de literatura policial. Muito bem escrito e do tipo que prende até você finalizar.

 Resenha: Num chuvoso domingo de inverno, a arqueóloga americana Brett Lynch recebe uma inesperada visita no apartamento que divide com a namorada — a cantora lírica Flavia Petrelli — e acaba brutalmente espancada. O comissário Guido Brunetti, velho conhecido da diva do Scala, assume o caso e, com a ajuda de um pintor e conoisseur, desvenda os códigos internos do mercado de antiguidades e uma complexa rede de negociações espúrias. Por trás de tudo, paira a sombra da Máfia siciliana, que parece influenciar todos os setores da economia italiana.

A ficção policial de Donna Leon novamente vai além de vítima e criminoso, tirando proveito do contexto sociopolítico e dos mistérios e charme de sua cidade cenário, agora envolta nas brumas que dão o tom sinistro a essa história de violência e dissimulação.

domingo, 13 de setembro de 2020

Leitura- O Naufrágio das Civilizações

 




Já havia lido As Cruzadas vistas pelos Árabes. Este livro junta numa tese tudo que  vinha discutindo e pensando sobre o Mundo .Excelente reflexão sobre o momento atual e futuro . Além do mais suas analises nao tem viés conservador ou progressista mas sim humanista.Altamente recomendado

Resenha:

Autor do bestseller As Cruzadas vistas pelos árabes revisita o século XX e demonstra, neste livro altamente oportuno, como as civilizações se lançaram à deriva e se encontram, agora, diante de um iminente naufrágio.
Os Estados Unidos, embora continuem sendo a única superpotência, estão perdendo toda a autoridade moral. A Europa, que ofereceu aos seus povos e ao resto da humanidade o projeto mais ambicioso e reconfortante do nosso tempo - a União Europeia -, está desmoronando. O mundo árabe-muçulmano mergulha numa crise profunda, agravada por um islamismo cada vez mais radical. As tensões identitárias, em grande parte fomentadas pelas ondas nacionalistas, nunca foram tão exacerbadas. Grandes nações "emergentes" ou "renascidas", como a China, a Índia e a Rússia, irrompem no palco mundial numa atmosfera nociva, na qual reina a lei do mais forte e do cada um por si. Sem falar das graves ameaças, intensificadas pela aventura ultraliberalista, que pesam sobre o planeta (devastação do meio ambiente, abismo social, pandemias) e só podem ser enfrentadas por meio da cooperação global.

Neste livro abrangente e poderoso, Maalouf atua como espectador e escritor comprometido, às vezes recontando eventos importantes dos quais foi uma das raras testemunhas oculares, destacando-se então como historiador acima da própria experiência. Por mais de meio século, o autor observou o mundo, viajando pelos seus quatro cantos. Estava em Saigon no final da Guerra do Vietnã, em Teerã durante o advento da República Islâmica do Irã, viajou com o entourage que repatriou o aiatolá Khomeini após seu exílio e estava em Nova York quando as Torres Gêmeas vieram abaixo – evento após o qual o mundo não seria o mesmo.

O livro contém um posfácio especial à edição brasileira, com as últimas reflexões do autor sobre a pandemia de Covid-19.

KINDLE



sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Leitura- Nove Vidas

 



Bom livro mas não empolga .Muito burocrático como jornalismo. O que se salva sao algumas estórias pessoais pouco exploradas

Resenha:

Há anos que a Índia é objeto de fascínio do Ocidente. Se por um lado a nação se torna um gigante cada vez maior no ranking das economias mundiais, de outro ela continua a atrair milhares de pessoas em busca de experiências transcendentais ou algum tipo de revelação. O escritor William Dalrymple também tem um longo namoro com o país: escreve sobre ele há mais de vinte anos, e divide seu tempo morando entre Nova Delhi e a Escócia.

Em Nove vidas, ele faz uma nova abordagem dos relatos de viagem: em vez de escrever sobre a sua experiência nos lugares que visitou, ele busca personagens extraordinários e deixa que eles contem suas histórias. A partir desses encontros, ficamos conhecendo figuras muito mais curiosas que os tradicionais gurus de ioga. É o caso, por exemplo, do cantor de épicos do Rajastão, um pastor que, apesar de analfabeto, sabe de cor os 4 mil versos centenários de A epopeia de Pabuji. Ou da monja jainista que ainda adolescente cortou todos os laços com a família e abriu mão de qualquer tipo de apego para vagar pelo mundo descalça, dedicando-se a sua fé.

Seja na conversa com uma prostituta do templo — oferecida por seus pais quando criança para servir à deusa Yellamma e hoje ameaçada pela aids — ou com artesãos que estão seguros de que as estátuas de bronze que fabricam são encarnações dos deuses, Dalrymple tem sempre um olhar respeitoso e fascinado pela cultura indiana, sem qualquer julgamento moral das formas mais heterodoxas de crenças que sobrevivem num país tão diverso e enigmático.



domingo, 6 de setembro de 2020

Leitura- A Soma de Tudo

 







Resenha:



Excelente este quadrinho de Lourenço  Mutarelli de quem li varios livros. Mutarelli eh hoje um dos maiores escritores brasileiros. O quadrinho de sua época áurea é fantastico .Diomedes é demais

Leitura- Romances de Patrick Melrose

 




Recomendado a partir de um Livro de Ulanin este romance concorrente do Booker Prize eh excelente . Vale a pena buscar os demais.Acido seco e corrosivo. o capitulo sobre a época de drogado de Patrick eh inesquecível como relato de uma vida degradante e que busca a aniquilação

Resenha: 

Por quase vinte anos, o escritor Edward St. Aubyn retratou a vida de Patrick Melrose e o memorável universo de decadência, amoralidade, ganância, esnobismo e crueldade que marcam as relações e o modo de vida de uma classe social ultra-privilegiada. Como uma espécie de espelho da vida trágica do próprio escritor, os romances são um exercício literário brilhante de exorcizar seus demônios. Este primeiro volume reúne três dos cinco livros que compõem o ciclo de ficção vivamente aclamado pela crítica: Não importa, Más notícias e Alguma esperança.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Leitura- Amada

 


Este eh um livro obrigatório da literatura norte americana. Toni Morrison retrata de forma altamente sofisticada a vida dos negros americanos por secessão e todo sofrimento antes durante e depois da guerra civil. Nos permite viver a dureza e crueza de suas vidas de forma altamente realista . a construção literária eh de dificil leitura algumas vezes mas flui bem

Resenha:

Livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, o romance, republicado agora no Brasil pela Companhia das Letras, ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica, com Oprah Winfrey no papel principal.

A história se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil, quando a escravidão havia sido abolida nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinnati. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história.
Amada tem uma estrutura sinuosa, não-linear: viaja do presente ao passado, alterna pontos de vista, sonda cada uma das facetas que compõem esta história sombria e complexa. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Leitura-O Romance Luminoso

 Sensacional este romance de Mario Levrero. Com certeza um dos maiores escritores latino-americanos. Lembre demais a escrita de Roberto Bolano .Com a mesma criatividade e maestria na escrita nos faz querer

mais e mais de sua escrita maravilhosa. Altamente recomendado

Resenha:No ano 2000, Mario Levrero recebeu uma bolsa da Fundação Guggenheim para terminar de escrever O romance luminoso. O livro tinha sido iniciado em 1984, na mesma época em que o autor, endividado, se mudou de Montevidéu para Buenos Aires à procura de trabalho. Com a bolsa, em vez de se dedicar ao romance, no entanto, Levrero se lançou à escrita febril de um diário da escrita do romance, diário este que se tornaria, ele mesmo, o seu magistral O romance luminoso. O livro narra em detalhes as confusões cotidianas de um homem de sessenta anos. Estão aqui todos os tiques de um narrador obsessivo tomado por fobias e superstições. Para o autor uruguaio, a possível transcendência só poderia surgir da repetição de manias que atribui à vida real sua condição de permanente adiamento. Assim, a procrastinação e a busca deste livro “luminoso” são a própria matéria de que são feitas as horas, e a aventura literária se insinua através de idas e vindas da espera simbolizada pelos relatórios irônicos do andamento do projeto ao “Sr. Guggenheim”, por visitas amorosas, madrugadas insones em frente ao computador, a busca pelo significado dos sonhos, passeios pelas ruas de Montevidéu e advertências, prefácios, prólogos e epílogos.

“Um dia enfim abri O romance luminoso e fui com ele até a derrota final, incapaz de deixar de lado esse tão fascinante herói da escrita.” — Enrique Vila-Matas

“Enquanto seus contemporâneos continuavam publicando versões rotineiras do grande romance latino-americano, Levrero construía uma literatura nova; uma obra que via com ceticismo os caminhos do boom e que se opunha a toda pressão normalizadora. Ele não queria fundar ou confirmar ou refutar mitologias: queria escrever, somente, solitariamente.” — Alejandro Zambra

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Leitura- Como ser conservador

 



Tenho lido livros para entender a onda conservadora que invade o mundo atual . Roger eh um dos maiores pensadores do conservadorismo e seus livros ensinam como entender o conservadorismo e suas bases filosóficas . Ficam mais claras as politicas ações e linhas de pensamento dos governos de direita -apesar de Roger não gostar deste termo. E de que nem sempre os governos de direita adotam apenas politicas conservadoras mas varias que as vezes se confrontam com elas

Resenha:

O filósofo político inglês Roger Scruton construiu sua reputação ao empregar a sua inteligência na reflexão e divulgação do pensamento conservador. É um pensador que sabe conjugar de forma exemplar um raciocínio profundo com um texto sofisticado e preciso.
O tema central deste livro é o conservadorismo. E é a partir da apresentação teórica e prática do pensamento conservador em suas várias dimensões na vida em sociedade que Scruton examina e explica como ser um conservador. E o faz com uma habilidade grandiosa para expor teoria e análise de maneira clara e concisa sem simplificá-las ou vulgarizá-las. Essa maestria permite ao leitor encerrar a leitura com a percepção de que aprendeu algo valioso e com o sentimento de que pertence a uma tradição, mesmo que ainda tenha que descobri-la. Trata-se de obra de suma relevância para o Brasil neste momento de indizível interesse pelas ideias conservadoras.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Leitura- Qualquer coisa serve


Este livro do filosofo conservador Theodore Dalrynple eh bastante interessante e criativo e uma forma conhecer as idéias e os conceitos do conservadorismo liberal. Não me atrai como pensamento exceto que em certos pontos tem alguma lucidez mas se mostra -no fundo- preconceituoso e retrogrado . 

Resenha: Com esta antologia de ensaios escritos entre 2005 e 2009 para o New English Review, Theodore Dalrymple propõe aos leitores uma pausa para a reflexão sobre o apodrecimento moral da cultura moderna e o efeito pernicioso do politicamente correto na sociedade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Leitura- Atlas de Nuvens

Excelente livro . Super bem escrito . Poderia ser um pouco menor pois das estórias  que se encadeiam, duas  são excessivamente longas , mas nada que tire o brilhantismo do livro

Resenha :

Neste que é um dos romances mais importantes da atualidade, David Mitchell combina o gosto pela aventura, o amor pelo quebra-cabeça nabokoviano e o talento para a especulação filosófica e científica na linha de Umberto Eco, Haruki Murakami e Philip K. Dick. Conduzindo o leitor por seis histórias que se conectam no tempo e no espaço — do século XIX no Pacífico ao futuro pós-apocalíptico e tribal no Havaí — Mitchell criou um jogo de matrioskas que explora com maestria questões fundamentais de realidade e identidade.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Leitura -Analectos

Confucio devia servir de exemplo aos governantes e executivos do setor publico e privado bem como para qualquer cidadão. Palavras e conceitos como elevada moral , ética , benevolência  retidão e sabedoria  tão em falta nos dias de hoje ajudam a melhorar nossas vidas e o País

Resenha:
Os ensinamentos de Confúcio (551-479 a.C.) tão lidos na China ao longo do tempo como a Bíblia foi no Ocidente estão reunidos em Os analectos, trabalho de compilação realizado por seus discípulos. O grande pensador chinês, mais do que uma filosofia, criou uma diferenciada visão de vida, na qual o ponto central é o homem moralmente ideal. Os vinte livros que compõem o Lun yü, comumente conhecido como Os analectos, reúnem um conjunto de elevados valores éticos que conduzem o homem na busca da excelência moral, a partir do cultivo de princípios como benevolência, sabedoria e coragem.Confúcio teve ainda em a vida a reputação de sábio. Embora fosse de descendência nobre, nasceu em circunstâncias bastante humildes no reino de Lu, na atual província de Shantung. Após um afastamento de dez anos, retornou à cidade natal, onde passou o resto da vida ensinando a um grupo de talentosos e devotados discípulos sobre o conceito central de sua vida, o chün tzu: um homem cujo caráter contém a virtude da benevolência e cujos atos estão de acordo com os ritos e a retidão.Esta edição se baseia na tradução do chinês para o inglês por D. C. Lau que, juntamente com um grupo de especialistas, reuniu e analisou os ensinamentos de Confúncio. Esse trabalho conjunto resultou em uma versão comentada, que conta ainda com um glossário de nomes de pessoas e lugares citados ao longo do texto e três apêndices: o primeiro, sobre a vida de Confúcio, acompanhado de uma cronologia, o segundo, sobre os discípulos responsáveis pela compilação do texto, e o terceiro, sobre a historiografia de Os analectos.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Leitura - O Castelo

2 o livro de Kafka que leio: o 1 o foi A Metamorfose . Este livro mostra toda a angustia e nonsense de um ambiente que oprime o protagonista, quem narra a estória e quem lê .Todos ficam ao sabor das mais inusitadas experiências e situações aparentemente sem significado . Só tem sentido para aqueles que defines as regras
que regulam todo andamento da estória . Muito bom livro .Mas poderia ser um pouco mais curto.
Resenha:
O agrimensor K. chega a uma aldeia coberta de neve e procura abrigo num albergue perto da ponte. O ambiente sombrio e a recepção ambígua dão o tom do que será o romance. No dia seguinte o herói vê, no pico da colina gelada, o castelo: como um aviso sinistro, bandos de gralhas circulam em torno da torre.
O personagem, K., nunca conseguirá chegar até o alto, nem os donos do poder permitirão que o faça. Em vez disso, o suposto agrimensor - mesmo a esse respeito não há certeza - busca reivindicar seus direitos a um verdadeiro cortejo de burocratas maliciosos, que o atiram de um lado para outro com argumentos que desenham o labirinto intransponível em que se entrincheira a dominação.
O castelo - Fausto do século XX consolidado como um dos pontos mais altos da ficção universal - mostra a extensão completa do termo kafkiano.

sábado, 25 de julho de 2020

Leitura- A marcha da insensatez


Excelente livro de Barbara Tuchman. Muita pesquisa e informação . Poucas pessoas baseiam suas teorias com tanto detalhe e informação histórica. Livro com muita profundidade e muito coerente;
Resenha: Coerente, minuciosa e extremamente inteligente, a historiadora Barbara W. Tuchman, duas vezes laureada com o Prêmio Pulitzer, destaca neste livro um dos maiores paradoxos humanos: a insistência dos governos em adotarem políticas contrárias aos próprios interesses.


A Marcha da Insensatez aponta quatro conflitos históricos em que ações equivocadas tiveram consequências desastrosas para milhares de pessoas: a Guerra de Troia, a reforma protestante, a independência dos Estados Unidos e a Guerra do Vietnã. Tais episódios mostram a impotência da razão ante os apelos da cobiça e os interesses individuais.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Leitura- No seu pescoço



2o livro de Adichie que leio .Trata-se de grande escritora que consegue retratar sua cultura e as injustiças e opressão 
que perseguem tanto o povo africano - na Africa e no mundo -quanto as mulheres em uma cultura ancestral extremamente machista. 

Resenha:
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie vem conquistando um público cada vez maior, tanto no Brasil como fora dele. Em 2007, seu romance Meio sol amarelo venceu o National Book Critics Circle Award e o Orange Prize de ficção, mas foi com o romance seguinte, Americanah, que ela atingiu o volume de leitores que a alavancou para o topo das listas de mais vendidos dos Estados Unidos, onde vive atualmente. Ao trabalho de ficcionista, somou-se a expressiva e incontornável militância da autora em favor da igualdade de gêneros e raça.
Agora é a vez de os leitores brasileiros conhecerem a face de contista dessa grande autora já consagrada pelas formas do romance e do ensaio. Publicado em inglês em 2009, No seu pescoço contém todos os elementos que fazem de Adichie uma das principais escritoras contemporâneas. Nos doze contos que compõem o volume, encontramos a sensibilidade da autora voltada para a temática da imigração, da desigualdade racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares.
Combinando técnicas da narrativa convencional com experimentalismo, como no conto que dá nome ao livro — escrito em segunda pessoa —, Adichie parte da perspectiva do indivíduo para atingir o universal que há em cada um de nós e, com isso, proporciona a seus leitores a experiência da empatia, bem escassa em nossos tempos.

sábado, 18 de julho de 2020

Leitura- Trilhas Longinguas de Oku




Excelente livro de viagem do maior poeta de Haikai japonês Bashô. Parece com o Viagem com um Burro nas Cevenas de R L S 
só que com muito mais lirismo. delicadeza e poesia . 


Resenha: Trilhas longínquas de Oku é o mais famoso relato de viagem do mais importante haicaísta de todos os tempos no Japão, Matsuo Bashō. Esta é a primeira edição brasileira completa e bilíngue, realizada diretamente a partir do texto em japonês clássico, por uma especialista em literatura japonesa. Ela é fruto de anos de experiência em tradução e pesquisa sobre Bashō e sua obra, e coroa a carreira de uma das mais proeminentes tradutoras em atividade no Brasil. Este grande clássico da literatura japonesa nada mais é senão o diário da peregrinação que o velho (para os padrões então vigentes) poeta faz pelo norte e noroeste da maior ilha de um Japão feudal em fins do século XVII, quase sempre a pé e enfrentando grandes dificuldades, cansaço e perigos. E no percurso vai compondo os mais belos haicais inspirados pelas paisagens e locais de renome.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Leitura- A morte de Ivan Ilitch




Tolstoi eh gênio . Esta novela e a o Servo e o amo são as melhores que já li na vida . Literatura em alto nível sem idade nem tempo

Resenha: Em agosto de 1883, duas semanas antes de falecer, o escritor russo Ivan Turguêniev escreveu a Tolstoi: Faz muito tempo que não lhe escrevo porque tenho estado e estou, literalmente, em meu leito de morte. Na realidade, escrevo apenas para lhe dizer que me sinto muito feliz por ter sido seu contemporâneo, e também para expressar-lhe minha última e mais sincera súplica. Meu amigo, volte para a literatura!

O pedido de Turguêniev alude ao fato de que Tolstói havia então abandonado a arte e renegado toda sua obra pregressa para se dedicar à vida espiritual. Embora não se possa dizer com certeza em que medida as palavras de Turguêniev repercutiram em Tolstói, é certo que A morte de Ivan Ilitch, publicada em 1886, foi a primeira obra literária que ele escreveu após seu retorno às letras- e que se trata de um dos textos mais impressionantes de todos os tempos. Considerada por Nabokov uma das obras máximas da literatura russa- e por muitos uma das mais perfeitas novelas já escritas-, A Morte de Ivan Ilitch ganha agora nova edição em língua portuguesa, com tradução e posfácio de Boris Schnaiderman, e, em apêndice, texto de Paulo Rónai sobre o autor e sua obra.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Leitura- 451 .No 35 Jul 2020

Mais uma edição da 451. Me motivou a comprar e ler Bashô . Como sempre Djaimila Ribeiro. As resenhas do Livro sobre o vento e Voltaire gostei bastante


Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...