quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Leitura- 451 # 52


 Uma 451 que me remeteu a adquirir vários livros .Principalmente os indicados por Kalaf Epalanga : Paulina Chiziane -Premio Camões , Damon Galgut -Booker Prize , David Diop Booker International  e Abdulrazak Gurnah- Nobel. O ultimo Ancestral de Ale Santos afrofuturista, Os Tais Caquinhos de Natercia Ponte, O Lugar de Annie Ernaux , Notas sobre o Luto de Chimamanda Ngozie , Um Andídoto para Solidão do excelente David Foster Wallace e Kanikosen de Kobayashi . Fora estes coloquei na Lista o 5o volume das Mil e Uma Noites e Os Àrabes

sábado, 25 de dezembro de 2021

Leitura- Visitantes de Ghuam




Livro de um amigo da Faculdade de Estatística do IBGE que hoje mora em Valença .Companheiro de juventude que não tenho contato por bastante tempo , desde 1976.Recebi notícias dele pelo Sidnei frequentador do Face . Não gosto de tecer comentários de livros de amigos , de escritores não consagrados que escrevem por amor a Literatura ou querendo dar seu recado as pessoas. Leio com prazer .Comentários só pessoalmente ao autor se estiver interessado. O estilo da escrita eh muito bom e fluente . A armação da estória e a forma de narrar  prendem a atenção naturalmente. O assunto não eh pessoalmente de meu agrado . Mas para vender uma ideia e um ponto de vista eh muito bom .  


Resenha :Esse livro mistura experiências místicas autobiográficas com outras inspiradas pelo autor, apresentando algumas cenas românticas e eventualmente até eróticas, em alguns capítulos assume aspectos de um suspense autêntico trazendo a baila verdadeiras aventuras físicas e extrafísicas, onde alguns atributos psicológicos como a convivência com o poder e com o amor é discutida filosoficamente, em outros momentos Ivo, esbarra com dificuldades diárias e a saga toma um aspecto de romance policial. Ivo o principal protagonista deste livro, narra a história a partir de uma viagem extrafísica de uma semana, que em nosso tempo, ocorre em apenas alguns poucos segundos. A partir desse verdadeiro salto quântico mental, gradualmente suas lembranças começam a retornar, ao longo dos meses subsequentes. Por outro lado, coincidentemente, ele passa a encontrar pessoas que vivenciaram a mesma experiência e aos poucos uma verdadeira comunidade, vai se formando em uma diversidade de locais do planeta. Em contra partida essas pessoas começam a ser atacadas por forças vibracionais de baixa frequência que visam impedir o desenvolvimento desse mega projeto espiritual criado em outra dimensão por seres angélicos com o objetivo de acelerar a evolução da humanidade e a elevação vibracional do planeta.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Leitura Canaã

 



Resenha :
O romance Canaã tornou famoso o nome de Graça Aranha no início do século XX. Lançada em 1902, a obra marcou o momento literário com uma nota ruidosa. Por seu tom avançado de cunho social, e até mesmo socialista, o livro constituiu então uma grande novidade. Trata-se de uma tese sociológica ligada ao problema da imigração européia no Brasil, no desenvolvimento da qual o autor usou a fórmula do naturalismo, em seu objetivismo, na descriação realista de tipos, episódios e ambientes. Canaã retrata a saga dos imigrantes europeus no Brasil no ínicio do século XX e seu sonho de encontrar a ”terra prometida”. Obra fundamental para a compreensão da cultura brasileira.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Leitura- O Homem de Casaco Vermelho

 

Excelente livro . Me lembrou demais o livro do Rui Castro que li: Metrópole a Beira Mar . Vale como uma viagem cultural a Belle Époque.

Resenha :Sob todos os pontos de vista, O homem do casaco vermelho é um livro que comprova que a realidade pode de fato ultrapassar a ficção.
Somente Julian Barnes seria capaz de semelhante façanha: a partir da análise do retrato pintado de um médico francês – célebre em seu tempo, porém desconhecido do público atual –, elaborar um esplêndido e abrangente mosaico da cultura francesa e inglesa do começo do século XX. O homem do casaco vermelho não tem apenas um protagonista, o pioneiro da moderna ginecologia Dr. Samuel Jean de Pozzi, e sim uma verdadeira constelação de estrelas das letras, das artes cênicas, das artes plásticas e, evidentemente, da medicina que quebraram todos os paradigmas criativos e comportamentais da época, desbravando caminhos que ainda trilhamos hoje em dia. Sarah Bernhardt, o maior mito do teatro de todos os tempos, foi uma das suas muitas amantes; Adrien e Robert Proust (pai e irmão do escritor) foram seus colegas médicos, enquanto o próprio Marcel foi seu amigo, assim como Oscar Wilde, o conde Robert de Montesquiou, Joris-Karl Huysmans e Jean Lorrain, todos precursores no combate à homofobia. Por intermédio de John Singer Sargent, autor da pintura que dá título ao livro, e do próprio Dr. Pozzi (grande colecionador), Julian Barnes aborda um dos seus temas preferidos: a arte, cuja análise ele transforma em radiografia de toda a sociedade. E ao analisar as vidas e as obras de outros escritores célebres, como Guy de Maupassant, Barbey d’Aurevilly, Gustave Flaubert e os irmãos Goncourt, ele compõe um esplêndido e irretocável painel da vida cultural da Belle Époque, no qual não faltam os toques dramáticos do modismo dos duelos e dos assassinatos de médicos por pacientes insatisfeitos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Leitura- Meu nome eh vermelho

                                                

2o livro de Pamuk que leio. Eh realmente um grande escritor. O livro poderia ser um pouco mais curto. Porém sua riqueza esta na abordagem dos vários protagonistas que contam a estória. Fantástico apesar de longo Resenha :Meu nome é Vermelho alia narrativa policial, uma história de amor proibida e reflexões sobre as culturas do Ocidente e do Oriente. A trama se passa em Istambul, no fim do século XVI. Para comemorar o primeiro milênio da Hegira (a fuga de Maomé para Meca), o sultão encomenda um livro para demonstrar a riqueza do Império Otomano.

Para provar a superioridade do mundo islâmico, porém, as imagens devem ser feitas com técnicas de perspectiva da Itália renascentista. As intenções secretas do sultão logo dão margem a especulações, desencadeando uma onda de intrigas, e um dos artistas que trabalhava no livro é assassinado.
Ao mesmo tempo, desenrola-se o caso de amor entre o Negro, que voltara a Istambul após doze anos de ausência, e a bela Shekure. Construída por dezenove narradores - entre eles um cachorro, um cadáver e o pigmento cuja cor dá nome ao livro -, a história surpreende pela exuberância estilística, que reflete o encontro de duas culturas.

"Mais do que explicar diferenças radicais entre duas culturas, [Pamuk] explora os sentimentos de pessoas que vivem essa divisão." - The New York Times

"Leitura fascinante e de profunda reflexão." - Stilelibro, Itália

"Um romance de extraordinária riqueza [...] e de beleza espantosa." - Frankfurter Allgemeine Zeitung, Alemanha

domingo, 28 de novembro de 2021

Leitura - 451. No 51

 

Deste numero ressalto :  

1. Jose Falero e Os supridores - estórias dos sem cidadania

2. O Artigo de Paulo Robert Pires sobre Vagalume que me inspirou na leitura de 2 livros seus : História do Samba e Ecos Noturnos 

3.Ingleses no Brasil : pretendo comprar ;Relatos de 1500 a 1600 

4. Biografia de Hanna Arendt : Seu Pensar sem corrimão na minha lista .O perdão na visão de Hanna revê e mostra o pensamento judeu  do mundo

5. A Não poeta que já li: que me deu dicas de como vemos a estórias dos outros e suas leituras



terça-feira, 23 de novembro de 2021

Leitura- Capitães de Areia



 Resenha : Capitães da Areia, a história crua e comovente de meninos pobres que moram num trapiche em Salvador e clássico absoluto dos livros sobre a infância abandonada, assombrou e encantou várias gerações de leitores e permanece hoje tão atual quanto na época em que foi escrito.

Leitura- Ecos Noturnos

                                                        



Para quem ama o Rio o livro eh um prato cheio. Não aquelas histórias de elite mas os caminhos percorridos pelo povo simples . E o melhor só o que ocorre nas madrugadas. Leitura obrigatória para quem ama o Rio. São crônicas diárias da Tribuna escritas por Vagalume

Resenha :Reúnem-se aqui as 45 crônicas da serie “Ecos Noturnos”, publicadas entre março e maio de 1904 por Francisco Guimarães, o Vagalume, no jornal A Tribuna. Nascido numa família de trabalhadores negros, na segunda metade da década de 1870, ele vem sendo lembrado pela publicação, em 1933, do livro Na roda do samba. Muito antes, no entanto, Francisco Guimarães já construía uma bem-sucedida carreira na imprensa carioca, iniciada na redação do Jornal do Brasil nos primeiros anos do século xx. Foi o sucesso de sua primeira experiência profissional que o levou a assumir na folha concorrente a serie em que adotou, pela primeira vez, o pseudônimo com o qual se consagraria. As crônicas de Vagalume, voltadas para aspectos pouco conhecidos da vida noturna da capital federal, tematizam o universo dos salões suburbanos, dos distritos policiais, dos botequins e restaurantes baratos, dos teatros populares e dos espaços de trabalho daqueles que exerciam seus ofícios à noite. Em sua narrativa, esses diferentes espaços se alternam e se misturam, compondo um mosaico notívago do Rio de Janeiro, bem como forjando uma perspectiva singular sobre a jovem capital federal que a mantem distante das imagens de modernidade e elegância com que ainda costuma ser representada.

sábado, 20 de novembro de 2021

Leitura-Contos Fluminenses

                                                           


Como sempre Machado eh brilhante .Escreve como que conversa e conta uma causo. Leitura flui simplesmente .

Resenha : Esta primeira coletânea de contos de Machado de Assis, publicada em dezembro de 1869 pela editora Garnier, mostra em seus sete contos o lado mais romântico de Machado de Assis, em histórias que descortinam os jogos de sedução, as influências das famílias e da sociedade na escolha dos parceiros, as paixões escondidas e os amores ridículos. Com seu talento ímpar, Machado prende o leitor até o final, sem resoluções óbvias e clichés, deixando claro que desde o início de sua carreira ele se tornaria o grande autor da literatura brasileira.


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Leitura- O Quinze


Voltei a Raquel de Queiroz depois de muitos anos. Seu 1i romance eh obra rara e se liga na linha de Graciliano e Jose Lins . Excelente romance

Resenha :

Lançado originalmente em 1930, O Quinze foi o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz. Ao narrar as histórias de Conceição, Vicente e a saga do vaqueiro Chico Bento e sua família, Rachel expõe de maneira única e original o drama causado pela história seca de 1915, que assolou o Nordeste brasileiro, sem perder de vista os dilemas humanos universais, que fazem desse livro um clássico de nossa literatura.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Leitura- O Caminho Estreito para os Confins do Norte

 


Bom romance mas nada espetacular para um ganhador do Man Booker . 1o a estória eh similar as Pontes do Rio Kwai . Evidente que a narrativa é bem elaborada .Boa leitura 



Resenha Aclamado com o Man Booker Prize 2014, um dos mais prestigiosos prêmios literários do mundo, e considerado um dos melhores livros de 2014 por jornais como Guardian, Financial Times e The Washington Post, O caminho estreito para os confins do Norte, de Richard Flanagan, é lançado no Brasil pela Biblioteca Azul. O romance narra a história de Dorrigo Evans, um jovem que vai para Melbourne estudar medicina e se alista no exército. Capturado pelo exército japonês, é obrigado a trabalhar na construção da Estrada de ferro de Thai-Bhurma, também conhecida como a Ferrovia da Morte. A narrativa não linear alterna o presente, no qual Evans é um cirurgião estabelecido assombrado pelas lembranças da guerra, e passado, quando viveu uma história de amor que marcou sua vida. O médico, que parecia ter um futuro promissor e um relacionamento sério com sua namorada Ella, tem sua vida transformada ao se apaixonar pela misteriosa Amy, a esposa de seu tio. O livro mistura elementos históricos e ficção. O relato da guerra é inspirado na vida do pai do autor, um dos sobreviventes dos trabalhos forçados na “Linha”. Idealizada pelo Império japonês para dar suporte às tropas na campanha da Birmânia, a ferrovia tem 415 km de extensão e mais de 14 mil homens morreram durante a construção.

domingo, 31 de outubro de 2021

Leitura : Na roda do Samba

 

O livro conta a história do Samba desde 1840 a 1930 . Francisco Guimaraes eh muito bom contextualizando á época. Muito detalhado serve como entendimento das raízes do samba e de como era nossa cidade sob o olhar as pessoas mais simples e que criaram nossa cultura popular .Uma aula de carioquice .

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Leitura- Memórias do SubSolo

 
Muito bom este livro de Dostoievski .Parece o embrião de Crime e Castigo . Perfeita descrição de uma alma atormentada , mesquinha e sem perspectiva

Resenha :
Memórias do subsolo (1864), considerada por muitos a primeira novela existencialista, é um dos textos mais marcantes e influentes de Dostoiévski. Publicada na primeira metade de 1864, inaugurou uma nova fase na produção literária de Dostoiévski. Nas amargas reminiscências do rancoroso homem subterrâneo, o autor afasta-se sensivelmente das obras de sua chamada “primeira fase”, tão caras à crítica e ao público russos. O “romance social” cedia terreno a uma nova experimentação na prosa dostoievskiana, ao tipo de criação artística que seria mais tarde interpretada como a prefiguração do existencialismo do século XX. De Franz Kafka a André Gide; da psicanálise de Freud ao existencialismo de Sartre; do teatro pós-moderno ao cinema americano: muitos foram os que beberam—e ainda bebem—do manancial subterrâneo de Dostoiévski.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Leitura - Narrativa da vida de Frederick Douglass

 

Este já é o 3o ou 4o livro sobre auto- narrativas de escravos que leio. Muito bom livro descrevendo toda dureza de uma vida sob escravidão . Difícil entender , como o próprio autor diz como uma pessoa consegue conciliar a prática de religiosa e ter escravos. Esta é uma das facetas hipócritas do ser humano que concebe : religião e nazismo , religião e ditadura , religião e inquisição , religião e guerras  é desta forma que segue a humanidade com a maldade na alma: pratica crimes e recebe absolvição de padres e pastores .

Resenha: 

Um texto clássico sobre escravidão e liberdade nos Estados Unidos, esta autobiografia mostra a força de um dos principais abolicionistas do país.
Publicada pela primeira vez em 1845, Narrativa da vida de Frederick Douglass detalha de forma poderosa a vida do abolicionista norte-americano desde seu nascimento na escravidão, em 1818, até a fuga para o norte em 1838, passando por toda brutalidade que sofreu, mas também por seu caminho de aprendizado e letramento. Reconhecido como um dos maiores defensores do fim da escravidão no século XIX, Douglass repetidas vezes arriscou a própria liberdade para se manifestar contra o regime da época.
Além do texto autobiográfico, esta edição contém o famoso discurso do autor sobre o Dia da Independência dos Estados Unidos, “O que é o Quatro de Julho para o escravo?”, um artigo publicado após um episódio de racismo no norte do país, “Preconceito de cor”, e um breve ensaio sobre a história do racismo, “A linha de cor”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Leitura - A Diplomacia na Construção do Brasil

 


Depois que li a biografia do Barão do Rio Branco me interessei pelas questões diplomáticas na manutenção de nosso território . Muito se deve a perspicácia e negociação portuguesa que ergueram praticamente 95% do Brasil de hoje. Não podemos tirar o mérito dos feitos após a Independência e 2o reinado que evitaram dezenas de guerras entre o Brasil e países sul-americanos. Um bom livro histórico

Resenha:
Testemunha e protagonista das últimas cinco décadas da diplomacia brasileira, Rubens Ricupero desvenda a trama de infuências nacionais e internacionais desde 1750 até os dias de hoje e nos oferece um livro decisivo para a compreensão de nossa história - utilíssimo para estudiosos das ciências sociais em geral e indispensável para os que se dedicam às relações internacionais.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Leitura -451 no 50


Resenha : Muitas boas resenhas nesta edição. Comprei no Kindle a Narrativa da Vida de Frederick Douglass ex-escravo . Gostei da resenha do Epalanga e de seus comentários sobre Turner , o massacre do Zong e o livro A Interessante narrativa da vida de Olaudah Equiano. .A resenha Canção do Carrasco sobre o livro de de Ricardo Ueda que o resenhista associa As Benevolentes um dos maiores livros que li. A biografia de Said tb eh excelente .A resenha de Conceição Evaristo sobre Anne Frank eh por demais sútil para ser compreendida pela maioria dos leitores. Exercícios de ser criança de Manoel de Barros comprei e vou  comprar Shangai de Riichi e Homens Cordiais de Samir Machado  

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Leitura- A Questão Finkler

 


Li este romance por conta do Booker Prize. Achei o livro chato, pretensioso e de baixa qualidade .As vezes penso que ganhou o prêmio por ser tipicamente judeu em sua essência . Tentou transmitir uma crítica ao comportamento judeu .Ocorre que mostrou como deve ser chato se sentir judeu o tempo  todo ,  fazendo de sua vida em cada momento e ação  um eterno questionamento judeu. Era como se eu vivesse toda minha existência me questionando pensando e agindo como se fosse brasileiro...è muito estranho e deve ser horrível viver assim... 


Resenha: Aclamado por crítica e público, chega ao Brasil o polêmico e premiado A questão Finkler, de Howard Jacobson. Este romance extraordinário, engraçado e implacável mostra um dos melhores escritores contemporâneos em toda a sua genialidade.
Quando lançado, muitos críticos consideraram que a história de Jacobson era um desrespeito à cultura judaica e que sua escrita era de baixa qualidade. Por outro lado, a maioria considerou o livro uma obra-prima, repleta de ironia e sarcasmo e que o autor teve enorme êxito ao fazer os judeus rirem de si mesmos.
O ex-produtor da rádio BBC e depressivo Julian Treslove e Sam Finkler, filósofo, escritor e celebridade televisiva, são velhos amigos. Sam é judeu; Julian, não. A despeito do relacionamento cheio de altos e baixos e dos estilos de vida muito diferentes, eles jamais perderam o contato um com o outro – nem com o ex-professor Libor Sevcik, um judeu tcheco sempre mais preocupado com o que acontece no mundo do que com os resultados das provas.
Um dia, após um jantar, Treslove é assaltado em uma inusitada situação. Depois disso, toda a sua noção de quem e do que ele é sofrerá uma lenta e inelutável mudança.

A questão finkler é uma história contundente de amizade e perda, exclusão e pertencimento, e de sabedoria, humanidade e maturidade.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Leitura- O Simpatizante

 Eh um livro fabuloso. De muita reflexão . Não eh uma literatura tradicional acadêmica mas sim uma literatura política no mails alto grau .Uma  forma de arte que faz refletir e pensar sobre  questões sociais dos povos considerados de 2a classe . que no fundo são aqueles que não são nem americanos nem europeus com exceção do Canada e Austrália. O resto eh o resto mesmo para estes países. Todos uma pequena escória para eles

 Resenha :O simpatizante é um épico de amor e traição. O leitor acompanha um agente duplo comunista sem nome, que se infiltrou no exército sul-vietnamita e conseguiu se refugiar nos Estados Unidos depois da Queda de Saigon. Pessoa de confiança de um general que se recusa a admitir a derrota para os vietcongues, esse “homem de duas mentes” observa o esforço dos refugiados vietnamitas para sobreviver em uma melancólica Los Angeles enquanto secretamente reporta a seus superiores comunistas no Vietnã. É um romance arrebatador, uma audaciosa reflexão sobre o extremismo político.


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Leitura - Memórias do sobrinho de meu tio

 Excelente livro para se entender os meandros do funcionamento da política da época. Engraçado e satírico obra típica de Macedo que de certa forma criou a visão carioca gozadora .Visão que foi- se perdendo com o embrutecimento do carioca e com a queda da cultura dos cafés  e botequins de se jogar conversa fora . 

Resenha : As Memórias do Sobrinho de Meu Tio, história da ascensão financeira e política de um "filho família" oportunista, no Brasil do Segundo Reinado, foram escritas por Joaquim Manuel de Macedo em fins de 1867 e início de 1868. O escritor, que acabara de se reeleger deputado pelo Partido Liberal, retoma aqui o narrador de A carteira de meu tio (1855) - bem como seu avesso crítico, o honestíssimo compadre Paciência - e discute a política de conciliação do gabinete de Zacarias de Góis de Vasconcelos; a Guerra do Paraguai, que então parecia interminável; a emancipação dos escravos, anunciada na fala do trono de 1867; os métodos corriqueiros de apadrinhamento, o processo eleitoral e o exercício, em proveito próprio, de cargos públicos. Livro cuja importância, no interior da obra macêdiana, já foi sublinhada, dentre outros críticos, por Antônio Candido, Astrogildo Pereira e Temístocles Linhares, as Memórias do Sobrinho de Meu Tio chamam a atenção para sua dicção satírica - exercitada igualmente em boa parte da dramaturgia do autor e em textos como A luneta mágicaUm passeio pela cidade do Rio de Janeiro e Memórias da rua do Ouvidor -, e para a capacidade de Macedo de, ao lado da popularização de um modelo prosaico-sentimental de romance de costumes, desenvolver uma espécie de autocaricatura do próprio gênero que pratica.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Leitura- O Capote

 Resenha: Gogol -e um dos escritores russos que mais gosto. Os 3 contos iniciais são simplesmente fabulosos. Sua forma ácida de critica a sociedade russa é sem par

Todos nós saímos do Capote de Gógol. A famosa frase de Dostoiévski alude ao papel fundamental desempenhado pela obra de Nikolai Vassílievitch Gógol (1809-1852) no desenvolvimento da literatura russa a partir do século XIX. Humorista, dramaturgo, prosador e polemista, seria sobretudo graças a suas narrativas breves que o autor de Almas mortas e O inspetor geral atrairia a atenção da crítica e influenciaria para sempre os rumos da prosa russa e universal.
Organizado e traduzido diretamente do russo por Paulo Bezerra, que também assina o posfácio, este volume apresenta ao leitor um panorama geral da obra gogoliana, ao trazer, ao lado de algumas de suas histórias mais conhecidas (O capote, O nariz e Diário de um louco), duas narrativas folclóricas, do ciclo ucraniano (Viy e Noite de Natal).
Se nas primeiras o cenário é São Petersburgo e os pequenos funcionários da burocracia czarista e, nas segundas, o universo rural com suas lendas e personagens míticos, em todas prevalece o humor, o tom fantástico e a genialidade narrativa de Gógol nesta sequência de verdadeiras obras-primas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Leitura- Declínio de um homem

 

Muito bom escritor . Traduz toda sua tristeza e sofrimento em estórias excelentes. Escrita leve e fluida 


Resenha: A curta passagem pela vida do escritor japonês Osamu Dazai — suicidou-se aos 38 anos de idade — não o impediu de se transformar num autor bastante popular. Declínio de um homem , editado pela primeira vez no Brasil, vendeu mais de 10 milhões de exemplares desde sua publicação original, em 1948. A obra sintetiza em cenas e passagens notoriamente biográficas muitas das angústias que tanto alimentavam a personalidade autodestrutiva do autor, a saber: a dificuldade de entendimento com seus familiares, sua anti-ssociabilidade niilista, seu patológico apego ao álcool — vício do qual nunca conseguiu se livrar —, sua autoestima inexistente, enfim, sua evidente sensação de deslocamento em relação ao mundo — como se tivesse sido enviado à existência por mero descuido.


Resenha: O livro é estruturado em três cadernos, nos quais o autor, por meio do personagem alter ego Yozo — um jovem estudante provinciano que tenta sobreviver na capital Tóquio — relata em primeira pessoa diversos episódios sobre as hostilidades da vida que ele tem de enfrentar. Yozo é um depressivo contumaz cuja tristeza se espraia nele como uma metástase, contaminando suas energias e impedindo-o de recuperar uma alegria de viver que, na verdade, nunca sentiu.


Se a princípio o jovem Yozo até se esforça para “ser aceito” pelos outros, esse esforço mascara uma dificuldade que lhe é atroz: sem a personalidade própria dos carismáticos, o rapaz recorre ao estratagema de fazer “palhaçadas”, de modo a parecer divertido aos olhos de outrem. As momices, que podem incluir até esforços físicos — levar um tombo, por exemplo — muitas vezes funcionam, mas, quando desmascaradas, traumatizam ainda mais o personagem. Afastado da família, e com dificuldades financeiras, ele sobrevive escrevendo histórias e fazendo desenhos de qualidade duvidosa — e com incursões na pornografia — para alguns periódicos populares. Nem mesmo as mulheres que se apaixonam por ele o fazem minimamente feliz, de modo que, com o passar do tempo, as manias de Yozo se tornam cada vez mais perturbadoras, pintando-o como um “jovem Werther japonês”.

O êxito editorial de Declínio de um homem talvez possa ser explicado pela maneira catártica com que Dazai escreve: diferentemente de seus pares mais tradicionais da literatura japonesa, em geral caracterizados pela sutileza e por tons etéreos, Dazai escreve com as vísceras, não se importando em trazer à tona fantasmas interiores mais obscuros. Sua escrita angustiada o coloca numa posição especial dentro do mapa da literatura nipônica.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Leitura- Doramar ou a Odisséia

 




Na verdade não iria ler este livro. Mas foi muito recomendado. Não gostei.; Achei uma literatura pesada parecendo aquelas de Gorki carregadas de propaganda . Me pareceu com a obrigação de escrever sobre as mazelas que o povo sofrido ainda não superou. Não optou pela Literatura . Mas sim pela visão ideológica da mesma. 


Resenha: Quem se deslumbrou com a maestria narrativa, a sólida e delicada construção de personagens, a linguagem apurada e a temática brasileira de Torto arado, romance que converteu Itamar Vieira Junior em um dos nomes centrais da nossa literatura contemporânea, vai encontrar neste Doramar ou a odisseia ainda mais motivos para celebrar a ficção do autor.

Num diálogo permanente com nossas questões sociais e a tradição literária brasileira, Itamar enfeixa um conjunto de histórias a um só tempo atuais e calcadas na multiplicidade de culturas que formam o país. Parte dos textos deste volume foram publicados em A oração do carrasco (2017), finalista do Prêmio Jabuti em 2018. A estes, foram acrescidos outros, inéditos em livro. Lidos na sequência, atestam a vitalidade de um escritor que encontra inspiração em personagens que desafiam os limites que lhes foram impostos. Assim, contos como "A floresta do Adeus", "Voltar" e a história que dá título a este volume falam de personagens femininas que enfrentam as condições mais adversas. Outros, trazem luz sobre nosso passado escravocrata, evocam a cultura afro-brasileira ("Farol das almas", "Alma"), a ancestralidade indígena ("O espírito aboni das coisas"), a marginalidade e a loucura ("Manto da apresentação", sobre o artista Arthur Bispo do Rosário). E há espaço inclusive na imaginação de Itamar para uma história como "Na profundeza do lago", em que algo de gótico se insinua pelas franjas da trama.

domingo, 26 de setembro de 2021

Leitura-Dez dias num Manicômio

 

Bom livro reportagem. Interessante ver uma reportagem escrita em 1887 num manicômio e comparar com uma outra se escrita hoje. Comparada sobre todos os aspectos: tratamento , forma de se escrever , forma de se abordar , etc .  Algumas coisas não se modificaram em mais de quase 130 anos. Excelente repórter de muita coragem 

Resenha: Uma garota foi declarada louca e tranca ada no manicômio... e esse era seu plano o tempo todo. A garota era Nellie Bly, destemida repórter que queria investigar como as pacientes eram tratadas e acabou denunciando a tortura e o abandono não só das doentes mentais, como o de muitas mulheres sãs, que a sociedade tachava como “indesejáveis”. Foi a primeira reportagem da jornalista que ― quando se dizia que redações “não eram lugar para mulher” ― foi aonde quis (deu até a volta ao mundo em 72 dias!), fez história e detonou preconceitos.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Leitura - O amor dos homens avulsos

 


Este livro eh de um escritor que se suicidou aos 29 anos ; Victor Heringer . Se trata de romance de temática homossexual . Eh um bom livro. Nada especial ,exceto a forma de construção da prosa , extremamente criativa. Leitura rápida 


Resenha: No calor de um subúrbio carioca, um garoto cresce em meio a partidas de futebol, conversas sobre terreiros e o passado de seu pai, um médico na década de 1970. Na adolescência, ele recebe em casa um menino apadrinhado de seu pai, que morre tempos depois num episódio de agressão. O garoto cresce e esse passado o assombra diariamente, ditando os rumos de sua vida. Essa história, aparentemente banal, é desenvolvida com maestria ficcional e grandeza quase machadiana por Victor Heringer. Dono de uma prosa fluente e maleável, além de uma visão derrisória da vida, o autor demonstra pleno domínio na construção de cenas e personagens. E emociona o leitor com sua delicada percepção da realidade.

Leitura- Euclides da Cunha

 


Mais uma biografia de um grande brasileiro .Autor de um  livro sem comparação no Brasil. Vida pessoal complicada por seu nomadismo  sempre ausente . Mas tinha personalidade difícil e acabou gerando um desenlace fatal.  


Resenha: 

Alguns biógrafos sugerem um Euclides herói, embora maltratado pela vida. Este livro abandona os mitos e dá destaque ao gênio sem separá-lo de suas misérias. Frederic Amory dedicou-se como poucos a entender a personalidade e as ideias do autor de Os Sertões. Para isso ele confrontou, de modo rigoroso e objetivo, as problemáticas fontes de informação sobre o escritor. Esta biografia aprofunda e esclarece aspectos da vida e da obra de Euclides da Cunha até então pouco estudados.

"Como biografia, Euclides da Cunha: Uma Odisseia nos Trópicos é um dos trabalhos mais bem realizados do gênero, dentro e fora do Brasil. Comprovam tal realização o caráter abrangente que o biógrafo dá à totalidade da vida de Euclides, a autoridade com que discute os seus aspectos mais controversos – a relação de Euclides com o positivismo, a questão racial no seu pensamento crítico, a sua vida familiar – e a acessibilidade e sofisticação de uma narrativa que prende a atenção dos leitores. É trabalho de mais de uma década de profundas pesquisas e reflexões sobre a vida do nosso escritor maior e que estabelecerá definitivamente um marco importante nos estudos euclidianos." – Leopoldo Bernucci

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Leitura- O Trono da Rainha Jinga



Já li praticamente todos os livros de Musa. Esta já havia lido e quis relembrar. Não eh dos melhores mas tem uma boa reconstrução do Rio do Sex XVII.


Resenha:

Uma onda de violência assola o Rio de Janeiro do século XVII, sendo atribuída a uma irmandade secreta de escravos criminosos. Ao mesmo tempo, são contadas as aventuras de um dos personagens pela África, onde conhece a famosa rainha Jinga. Cada capítulo é narrado por um personagem diferente, são diversas visões que se encadeiam até o desfecho.

domingo, 12 de setembro de 2021

Leitura- 451 no 49

 

Vários boas resenhas de livros . Achei maçante o artigo sobre Mario de Andrade : erudito , chato e extenso demais 

sábado, 11 de setembro de 2021

Leitura- Cartas de uma Imperatriz

Excelente este livro de cartas da Imperatriz Leopoldina. Nobre de vasta formação e da família mais nobre ,  acabou isolada no Brasil desempenhando seu papel de princesa dentro do Regime Monárquico vigente no mundo , dominado pelos homens e desempenhando seu papel de parideira de príncipes e princesas. Para piora morreu jovem e corneada as claras pelo Imperador. Triste fim 

Resenha: Em 1817, a jovem Leopoldina, descendente dos Habsburgos, uma das mais importantes famílias da nobreza européia, desembarcava no Rio de Janeiro, onde lhe esperava o seu marido, D. Pedro, com quem ela havia se casado por procuração, ainda em Viena, na Áustria. Era o primeiro encontro dos dois. A jovem, cheia de sonhos, criada na mais completa lealdade aos ideais absolutistas, sabia que, além do amor que já sentia pelo jovem português, teria uma missão a cumprir naquela terra nova, sem o glamour das cortes da Europa. “Meu destino é o Brasil, e cumprirei com prazer o mais rápido possível”, escreveu numa carta à sua irmã Maria Luísa, que havia sido esposa de Napoleão Bonaparte.
As cartas desta jovem princesa austríaca que, em solo brasileiro, acabou tendo um papel fundamental no episódio da Independência, surgem agora reunidas em Cartas de uma imperatriz. O livro reúne 315 cartas, que foram selecionadas a partir de um universo pesquisado de 850 peças em arquivos brasileiros, austríacos e portugueses, e cinco ensaios abordando o período histórico no Brasil e na Europa, a formação intelectual e moral de Leopoldina e a sua participação nos rumos da vida brasileira no começo do século XIX.
Os historiadores István Jancsó e André Roberto de A. Machado, em “Tempos de revolta, tempos de revolução”, apresentam uma reflexão sobre a presença portuguesa no Brasil e os rumos da monarquia absolutista numa Europa em transformação. Já a historiadora austríaca Bettina Kann, da Biblioteca Nacional da Áustria, que assina dois artigos, faz uma análise da situação política na Áustria e o ambiente em que a jovem se formou. A historiadora Andréa Slemian, tomando como referência a leitura das cartas, traça um painel de sua vida no Brasil, estabelecendo a dinâmica existente entre privado e público, mulher e princesa. Para completar, a psicanalista Maria Rita Kehl tece preciosas considerações sobre a personalidade de Leopoldina, a partir da leitura das cartas.
A pesquisa, a seleção e a transcrição deste vasto material foram feitas pela historiadora Bettina Kann e Patrícia Souza Lima, historiadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escritas em alemão, francês, português e inglês, elas cobrem o período que vai de 1808, quando Leopoldina tinha apenas 11 anos, a 1826, ano do seu falecimento.
Entre os vários destinatários, como seu pai Francisco I, sua tia Maria Amélia, destacam-se as que foram enviadas a sua irmã Maria Luísa, que era uma espécie de confidente de Leopoldina. Nestas cartas, a jovem relata, entre outras coisas, o momento em que recebeu, ainda em Viena, um retrato de D. Pedro, e se apaixonou por este jovem “tão lindo como um Adônis”. Já em sua última carta à irmã, pouco antes de sua morte após um aborto, encontramos uma mulher abatida e desesperançosa: “Há quatro anos, minha adorada mana, como a ti tenho escrito, por amor de um monstro sedutor me vejo reduzida ao estado de maior escravidão e totalmente esquecida pelo meu adorado Pedro”.
Esta edição inclui ainda um caderno iconográfico (com obras selecionadas de artistas-viajantes que estavam no Brasil na época, como Johann Moritz Rugendas, Thomas Ender, que acompanhou Leopoldina na Missão Austríaca, e Debret, além de duas aquarelas da própria Leopoldina e alguns fac-símiles das cartas), a árvore genealógica da Imperatriz e de D. Pedro I, cronologia histórica, glossário de nomes, bem como um índice de todas as cartas e um índice onomástico. Um material rico não só para estudiosos, mas também para os leitores, a quem se oferecerá um testemunho vivo da vida européia e brasileira no começo do século XIX.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Leitura- As Barbas do Imperador

 Não é bem uma biografia de PII . Mas serve como complemento de um biografia real ainda a ser lida. Porém é um bom livro sobre o reinado de PII . Vale a leitura para entender um pouco mais o Brasil e os porques de nosso e mundial  imaginário tropical. Resenha: Misto de ensaio interpretativo e biografia de d. Pedro II, As barbas do imperador, de Lilia Moritz Schwarcz, foi um marco na historiografia brasileira, apresentando uma visão nova e reveladora de nosso passado. O livro materializava o mito monárquico ao descrever, por exemplo, a construção dos palácios, a mistura de ritos franceses com costumes brasileiros, a maneira como a boa sociedade praticava a arte de bem civilizar-se, a criação de medalhas, emblemas, dísticos e brasões, a participação do monarca e o uso de sua imagem em festas populares. Promovendo um diálogo fértil entre sua argumentação e a riquíssima iconografia da época, a autora mostrava de que maneira a monarquia brasileira se tornou um mito não apenas vigoroso, mas extremamente singular.


Nesta edição em quadrinhos de As barbas do imperador, Schwarcz volta à parceria com o premiado ilustrador Spacca, na dobradinha que já rendeu o best-seller D. João Carioca. Agora, Spacca conduz o leitor a um verdadeiro passeio pelos temas do livro, transpondo a linguagem do ensaio e da biografia ao universo das hqs de forma vibrante e esclarecedora. Dezenas de personagens da nossa história circulam pelos desenhos de Spacca, que recriou com fidelidade toda uma época, convertendo documentos, retratos, pinturas e obras arquitetônicas numa narrativa de tirar o fôlego. Ao fim, uma seção de extras amplia a discussão do livro, com textos sobre a Guerra do Paraguai, a escravidão e a fotografia no império, além de uma galeria de personagens do livro e uma alentada cronologia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Leitura- O peso do pássaro morto


 

Livro muito bem elaborado em uma escrita de poesiaprosa ou prosapoesia muito criativa  que transmite bastante o sentimento de perda. Valeu a dica  Vamos esperar o próximo



Resenha :Em “O peso do pássaro morto”, acompanhamos uma mulher que, dos 8 aos 52 tenta, com todas as forças, não coincidir apenas com a dor de que é feita. Um livro denso e leve, violento e poético, “simultaneamente claridade de vidro e ponta aguda de faca”, diz- -nos a orelha de Micheliny Verunschk. Afiado, O peso é feito de palavras e do vazio que elas desenham na página. No silêncio, no corte, o livro comprova que a dor e a poesia estão nos detalhes. Não poderia ser de outro jeito um livro que nasce com a morte de um canário, nas mãos, “minha mãe pediu pra cortar a unha dele. E ele morreu, de susto”, conta Aline. A morte vive em cada palavra d’O peso, onde vive também Aline, paulistana de 1987, formada em Letras e em Artes Cênicas, editora e colunista do site cultural OitavaArte. O peso do pássaro morto e ela se tocam, sobretudo, em um jeito de ver o mundo, “sem querer entender tanto”. Em dias tão pouco propensos ao feminino, o romance de Aline Bei dá corpo a uma coleção de dores sobre a força e a solidão de ser mulher, hoje.


sábado, 28 de agosto de 2021

Leitura- A palavra que resta

 


Muito bom este romance de Stênio . Vamos esperar os próximos esperando que não seja  o escritor de único romance como tantos outros.

Resenha: Neste primoroso romance de estreia, acompanhamos a trajetória de Raimundo, homem analfabeto que na juventude teve seu amor secreto brutalmente interrompido e que por cinquenta anos guardou consigo uma carta que nunca pôde ler.
Aos 71 anos, Raimundo decide aprender a ler e a escrever. Nascido e criado na roça, não foi à escola, pois cedo precisou ajudar o pai na lida diária. Mas há muito deixou a família e a vida no sertão para trás. Desse tempo, Raimundo guarda apenas a carta que recebeu de Cícero, há mais de cinquenta anos, quando o amor escondido entre os dois foi descoberto. Cícero partiu sem deixar pistas, a não ser aquela carta que Raimundo não sabe ler — ao menos até agora.
Com uma narrativa sensível e magnética, o escritor cearense Stênio Gardel nos leva pelo passado de Raimundo, permeado de conflitos familiares e da dor do ocultamento de sua sexualidade, mas também das novas relações que estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, ressignificando seu destino mais de uma vez.
“A magnitude deste romance está, primeiro, na invenção de um enredo poderoso sobre a dor da exclusão — a exclusão da miséria, do analfabetismo, da solidão, do preconceito. E se completa com a força da linguagem que molda a história, palavra a palavra, na tradição dos grandes narradores brasileiros.”

— Socorro Acioli, autora de A cabeça do santo

Leitura-= Nós , Uma antologia de literatura indígena


Recomendado por roteiristas do Grupo Globo esta Antologia é para crianças.  Eh bem feita , mas bem simples e superficial , apesar de trazer informações sobre os povos e os escritores ou contadores de cada estória. Em sua maioria são indígenas formados em universidades e com mestrado ou Doutorado. Não tem contos transmitidos por antigos pajés ou anciões o que traz claramente um viés na adaptação das estórias .Existem melhores antologias de contos indígenas.


Resenha: Nesta belíssima antologia ilustrada, o leitor vai conhecer dez histórias contadas ou recontadas por escritores de diferentes nações indígenas. A menina Yacy-May era tão especial que fez com que o sol se apaixonasse por ela, deixando a lua enciumada. O peixe-boi surgiu a partir da união de Guaporé, filho do grande chefe dos peixes, com Panãby’piã, filha do governante dos Maraguá, e sinalizou a paz entre os humanos e os peixes. A velha misteriosa Pelenosamo tem um dia a casa invadida por uma garota curiosa, que resolve investigar o que ela fazia com os galhos secos que sempre levava recolhia e não dividia com ninguém. Essas são algumas prévias das histórias reunidas nesta antologia, contadas ou recontadas por escritores das nações indígenas Mebengôkre Kayapó, Saterê-Mawé, Maraguá, Pirá-Tapuya Waíkhana, Balatiponé Umutina, Desana, Guarani Mbyá, Krenak e Kurâ Bakairi.Tratando dos mais diversos temas — dos mitos de origem às histórias de amor impossível —, as narrativas conduzem o leitor por situações e desenlaces muito próprios, sempre acompanhadas por um glossário e um texto informativo sobre o povo indígena de origem de cada autor. Esta é uma chance preciosa para todos aqueles que desejam entrar em contato com as raízes mais profundas de nossa cultura, ainda pouco valorizadas e respeitadas, por puro desconhecimento.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Leitura- Arrancados da Terra

 

Excelente este 1o livro que leio de Lira Neto. A diáspora dos Judeus portugueses de Lisboa a Amsterdam, Recife e New Island eh fantasticamente bem documentada e descrita .Excelente trabalho de pesquisa que conta sob outra ótica esta época de domínio Holandês no Brasil. De tabela realça a crueza da Inquisição , uma zona negra da estória do cristianismo. Altamente recomendado Resenha: 

A grande travessia dos pioneiros que formaram a primeira comunidade judaica das Américas, no Recife, e ajudaram a construir Nova York, contada por um dos maiores biógrafos da atualidade.
Em setembro de 1654, um grupo de 23 refugiados desembarcou em Nova Amsterdam, colônia holandesa na costa oriental da América do Norte. Eram homens e mulheres, adultos e crianças, possivelmente sobreviventes de uma odisseia iniciada meses antes nas praias de Pernambuco. Exaustos, esfarrapados e sem dinheiro, fugiam da Inquisição, reavivada nas capitanias do Nordeste depois da vitória luso-brasileira na guerra contra a ocupação holandesa.
Os primeiros judeus da ilha de Manhattan, assim como seus parentes e antepassados sefarditas ibéricos, enfrentaram uma sucessão dramática de dificuldades e privações até encontrar a terra prometida no Novo Mundo. Seguindo a trilha de religiosos e intelectuais ilustres, mas também de lavradores e mascates quase anônimos, Lira Neto conta sua incrível saga de fé, resistência e esplendor cultural, e faz assim também uma história narrativa e colorida da ocupação holandesa do Nordeste. Com prosa fluida e rigor histórico, o autor da trilogia Getúlio entrelaça as biografias desses judeus pioneiros à crônica de grandes acontecimentos que ajudaram a moldar o Brasil e a América.

“Uma narrativa fluente e erudita que resgata da ignorância de quase todos e do esquecimento de uns poucos a saga seiscentista do grupo de judeus de origem portuguesa que singrou de Amsterdam ao Recife e de lá à futura Nova York, abraçando os dois Atlânticos.” — Evaldo Cabral de Mello

domingo, 15 de agosto de 2021

Leitura - Maome

 





Mais uma leitura e um excelente livro de Karen Armstrong . Apesar de um pequenino viés religioso-como seria natural mas condescendente com as religiões -exceto talvez com a católica- Karen nos apresenta uma detalhada biografia de Maomé e da construção de sua religião. Uma construção político- religiosa de uma solução para integração dos povos árabes.

 Resenha : Dante Alighieri colocou Maomé no Inferno e Voltaire dizia que o Corão era "o pesadelo da razão". Esses autores encarnam dois momentos de uma longa história de incompreensão entre as maiores tradições culturais da humanidade. Ocidente e Oriente viveram inúmeros momentos de hostilidade recíproca - que não raro se agudizaram até o limite do confronto -, mas Jesus sempre foi considerado parte integrante da religião islâmica, na qualidade de profeta precursor da revelação final.
No século XX, a situação de desconhecimento do Ocidente em relação à religião muçulmana começou a mudar, com o surgimento de biografias como as de Montgomery Watt, Martin Lings e, especialmente, com o estudo de Maxime Rodinson, que destaca a liderança política e militar do Profeta.
Em Maomé - uma biografia do Profeta, Karen Armstrong procura ir além dos autores que a precederam. Ela lembra que, de um ponto de vista histórico, o Profeta do Islão é o mais conhecido dos fundadores das grandes fés e que o estudo da sua vida nos permite compreender melhor a natureza do fenômeno religioso. A experiência espiritual de Maomé, numa caverna do monte Hira, por exemplo, é comparada às visões e aos êxtases de santa Teresa de Ávila.
Armstrong demonstra também que um conhecimento aprofundado dos personagens envolvidos na eclosão da fé muçulmana é essencial para o estabelecimento de relações mais tolerantes e fraternas entre civilizações que, há séculos, vêm se defrontando num conflito interminável.
Esta minuciosa e erudita biografia aborda questões centrais para as decisivas - e às vezes acaloradas - discussões contemporâneas acerca do cenário geopolítico internacional, como a polêmica dos chamados "versículos satânicos" e as diferentes interpretações da jihad. Com esta obra, traduzida inclusive para o árabe, Karen Armstrong dá uma importante contribuição para o reconhecimento de formas mais harmoniosas de convívio entre civilizações - condição que se apresenta imperiosa para o futuro da humanidade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Leitura- 451 No 48

                                                  




Esta 451 afora os artigos não tem boas resenhas. A exceção fica por conta de : A mulher da Dunas de Kobo Abe , Sergio Sant`anna : O Conto não existe Danna Haraway , O Manifesto das Espécies companheiras

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Leitura - Inteligência Artificial

 

Razoável este livro .Não eh o que esperava .Excesso de propaganda estatal para variar . Difícil acreditar na Ditatura chinesa . Temos que dar desconto .A maioria eh discurso programado com base na técnica americana de gestão .Palavras e expressões motivadora .O termo " Gladiadores " chega a ser cômico. Só Chinês e americanos creêm nisto


Resenha: Kai-Fu Lee, um dos criadores da Inteligência Artificial como a conhecemos hoje, é ex-presidente da Google China e considerado um dos maiores especialistas em inovação tecnológica no mundo. Em Inteligência artificial, ele explica tanto para leitores leigos quanto para aqueles que já dominam o assunto, como o desenvolvimento sem precedentes da IA já está alterando as nossas vidas e expõe quais são as mudanças que podemos esperar nos próximos anos.

De forma emocionante, Kai-Fu Lee conta como o diagnóstico de um câncer em estágio avançado fez com que ele repensasse sua relação com o trabalho, seu legado e os próprios rumos da inteligência artificial.

Apesar de muitos especialistas afirmarem que a IA irá acabar com muitas das profissões que existem hoje, o autor argumenta que, assim como outras grandes revoluções ocorridas na história da humanidade, a IA apenas mudará a forma como trabalhamos, fazendo com que as pessoas tenham cada vez mais tempo para se dedicarem ao lazer e a atividades ligadas às artes e ao entretenimento.


sábado, 31 de julho de 2021

Leitura - O Descobrimento do Brasil

 

Bom livro sobre a viagem da esquadra sob a ótica náutica elaborada pelo contra-almirante da Marinha . Além de cartas náuticas traz a carta de Pero Vaz . Desenvolve a  tese que a descoberta foi proposital.


Resenha: A obra visa a dar aos leitores perspectivas náuticas da epopeia de Pedro Álvares Cabral. DPHCM,1998

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Leitura- As armas Secretas

 


Creio que esta era uma falha em meu rol de leituras; não ter lido Cortázar . Os contos são elaboradíssimos de uma profundidade literáaria única. Ademais são extremamente criativos .

Resenha: 

Volume que reúne cinco contos, considerado pelos grandes críticos e especialistas na obra do escritor argentino um de seus mais importantes livros. São relatos fantásticos, que trazem duas obras-primas: o conto “O perseguidor”, que é a história de um músico de jazz negro, inspirado no saxofonista Charlie “Bird” Parker; e “As babas do diabo”, que foi levado para o cinema por Antonioni, produzindo o inesquecível Blow-up.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Leitura- Amores Improváveis

 





Não gostei deste livro. Apesar das críticas achei fraco .Pareceu um livro para atender o pedido do editor sem criatividade literária. 


Resenha: No fim do século XIX, em uma cidade à beira da mata e rodeada por fazendas de café, a adolescente Emiliana Vivacqua, filha de imigrantes sardos, desperta para a sensualidade ao conhecer o lavrador e criador de porcos Felício Theodoro, descendente de africanos, índios Puris e europeus, um homem casado e pai de três filhos.

Em Amores improváveis, o jornalista e escritor Edney Silvestre, conta a história de quatro irmãs e seus amores. A obra tem como pano de fundo a travessia do Atlântico por imigrantes vindos para substituir a mão de obra escravizada, o golpe militar da Proclamação da República em 1889, o florescer de São Paulo como metrópole de diversidade étnica no início do século XX, a construção da Madeira-Mamoré na Amazônia, os primeiros sinais da liberação feminina ― e uma trágica consequência para quem ousou desafiar as convenções.

Leitura- Nostalgias Canibais - Odorico Leal

Gostei da criatividade dos contos. me pareceu um tanto o quanto pretencioso na escrita . Mas os contos são bons e merecem uma nova fornada R...