quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Leitura - Memórias do sobrinho de meu tio

 Excelente livro para se entender os meandros do funcionamento da política da época. Engraçado e satírico obra típica de Macedo que de certa forma criou a visão carioca gozadora .Visão que foi- se perdendo com o embrutecimento do carioca e com a queda da cultura dos cafés  e botequins de se jogar conversa fora . 

Resenha : As Memórias do Sobrinho de Meu Tio, história da ascensão financeira e política de um "filho família" oportunista, no Brasil do Segundo Reinado, foram escritas por Joaquim Manuel de Macedo em fins de 1867 e início de 1868. O escritor, que acabara de se reeleger deputado pelo Partido Liberal, retoma aqui o narrador de A carteira de meu tio (1855) - bem como seu avesso crítico, o honestíssimo compadre Paciência - e discute a política de conciliação do gabinete de Zacarias de Góis de Vasconcelos; a Guerra do Paraguai, que então parecia interminável; a emancipação dos escravos, anunciada na fala do trono de 1867; os métodos corriqueiros de apadrinhamento, o processo eleitoral e o exercício, em proveito próprio, de cargos públicos. Livro cuja importância, no interior da obra macêdiana, já foi sublinhada, dentre outros críticos, por Antônio Candido, Astrogildo Pereira e Temístocles Linhares, as Memórias do Sobrinho de Meu Tio chamam a atenção para sua dicção satírica - exercitada igualmente em boa parte da dramaturgia do autor e em textos como A luneta mágicaUm passeio pela cidade do Rio de Janeiro e Memórias da rua do Ouvidor -, e para a capacidade de Macedo de, ao lado da popularização de um modelo prosaico-sentimental de romance de costumes, desenvolver uma espécie de autocaricatura do próprio gênero que pratica.

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